terça-feira, 23 de abril de 2024

#1964+60 - 27 de abril, sábado, acontece às 19 horas primeira live 2024 do canal da Ação Cultural no youtube com o tema “ A CENSURA ÀS ARTES E PERSEGUIÇÃO AOS ARTISTAS SERGIPANOS APÓS O GOLPE MILITAR DE 1964”

 Para tratar do tema contaremos com a participação de Luiz Eduardo Oliva, advogado, professor, jornalista e escritor.

Ser artista em época de ditadura militar no Brasil e em Sergipe não foi fácil, ufa!  Da mesma maneira, o público que gostava de arte também sofreu, já que ficavam presos as opções das obras artísticas permitidas para apresentação pela censura política. 

Já nos tempos atuais, ser artista e público amante da boa arte também não é fácil, em razão das escolhas  de governos estaduais e municipais que destinam quase nada ou muito pouco em matéria de orçamento para a arte  popular e de base  comunitária,  e muito dinheiro para a promoção de grandes eventos e grandes espetáculos de cunho mais comercial.

Como as dificuldades aumentaram de forma assustadora com a ascensão de governos liderados por homens como Trump, Bolsonaro e Milei, entre outros, vale a leitura de Wagner Moura, comentando o filme Guerra Civil, que trata disso, o qual estreou recentemente nos EUA e no Brasil, sendo campeão de bilheteria lá e cá. 

“Todos os líderes que possuem tendências autoritárias, as primeiras coisas que tentam calar é o jornalismo, a universidade e os artistas. Porque são três forças que fazem pensar e que nos conectam com a realidade”.  Assim, a fim de  colaborar no sentido do enfraquecimento da força cultural e política  de lideranças com tendências autoritárias e regressivas, vale a pena conhecer como foi viver como artista e público das artes em tempos de falta de   liberdade de opinião,  de expressão e de organização, ou fazer  (Memória de um tempo onde lutar por seu direito, é um defeito que mata) verso de uma canção  criada por  Gonzaguinha, lançada em 1973, no auge do regime militar no Brasil, quando dezenas de milhares de pessoas “desapareceram” em meio às  torturas, homicídios e  suicídios em consequências de depressão. 

E Sergipe ficou fora disso?

Claro que não! E já que o nosso estado não é uma ilha e sofre  os reflexos dos acontecimentos nacionais,  é necessário saber o que aconteceu também com a arte sergipana do período ditatorial, a fim de diminuir o número de pessoas, em especial jovens,  que não  viveram e nem estudaram suficientemente o período dos chamados “anos de chumbo”, ficando assim propensos a acreditar em falsas  narrativas voltadas à criação de uma fantasia política que busca distorcer os fatos e formar base de apoio cultural e político para retorno a uma espécie de ditadura como a que existiu no Brasil de 1964 a 1985. Mas pior: por meio do voto e da mobilização popular.

Bora então participar e chamar gente para a live do próximo sábado!?

 

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