quinta-feira, 18 de abril de 2024

#Playlist - As canções do choque existencial da cultura do bem viver com a cultura neoliberal nas décadas de 1970, 1980, 1990.

 BR 3 com TONY TORNADO e TRIO TERNURA

POISÉ PRA QUÊ - SIDNEY MILLER
O poeta nos faz compensar nossa vida cotidiana. Mais do que isso, questione o tipo de escolha de desenvolvimento social, onde você trabalha, compra e consome. Pra quê? Com certeza deixamos de valorizar o privilégio da vida. Pois É, Pra Quê? (Composição: Sidney Miller/1968) Intérprete: MPB4
O automóvel corre, a lembrança morre 
O suor escorre e molha a calçada 
Há verdade na rua, há verdade no povo 
A mulher toda nua, mais nada de novo 
A revolta latente que ninguém vê 
E nem sabe se sente, pois é, pra quê? 
O imposto, a conta, o bazar barato 
O relógio aponta o momento exato da morte incerta, a gravata enforca o sapato aberto, o país exporta 
E na minha porta, ninguém quer ver 
Uma sombra morta, pois é, pra quê? 
Que rapaz é esse, que estranho canto 
Seu rosto é santo, seu canto é tudo 
Saiu do nada, da dor fingida desceu a estrada, subiu na vida 
A menina aflita ele não quer ver 
A guitarra excita, pois é, pra quê? 
A fome, a doença, o esporte, a gincana A praia compensa o trabalho, a semana
 O chope, o cinema, o amor que atenua 
O tiro no peito, o sangue na rua 
A fome a doença, não sei mais porque 
Que noite, que lua, meu bem, prá quê? 
O patrão sustenta o café, o almoço 
O jornal comenta, um rapaz tão moço 
O calor aumenta, a família cresce 
O cientista inventa uma flor que parece 
A razão mais segura pra ninguém saber 
De outra flor que tortura, pois é prá quê? 
No fim do mundo há um tesouro 
Quem for primeiro carrega o ouro A vida passa no meu cigarro 
Quem tem mais pressa que arranje um carro 
Prá andar ligeiro, sem ter porque S
em ter prá onde, pois é, prá quê?




Marcos Valle


Capitão de Indústria - Paralamas do Sucesso.  Compositor: Marcos Valle Compositor: Paulo Sergio Valle 






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