informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
domingo, 7 de abril de 2024
Obrigado Ziraldo!!
Eduardo Marinho
· Não há que lamentar pela morte do Ziraldo. Há que agradecer pela sua existência e desejar "boa viagem, Ziraldo". Agradecido por tudo o que ocê fez, na sua genialidade artística e sensibilidade social. Todo mundo morre, poucos vão além dos noventa anos, a morte é uma realidade, não uma tragédia, uma desgraça que sempre pode ser evitada. Todos nascem e morrem, sem exceção nenhuma, planta, bicho e gente - que também é bicho, embora não se assuma.
Boa viagem, Ziraldo, gracias por tudo. Bons encontros e boas atividades por aí. Quem sabe um dia nóis sincontra. Por essa porta todo mundo passa.
Chico Alencar ☀️ @depchicoalencar
Maluquinho pelo ZIRALDO, pelo seu gosto de viver, pelo seu compromisso democrático e pela sua arte, sempre!
Em 1969, ano particularmente duro no regime militar, surgiu no Rio de Janeiro "O Pasquim", tablóide que, com sua irreverência, humor e anarquia, daria uma nova roupagem e linguagem ao jornalismo brasileiro, uma forma mais coloquial à publicidade e causaria um forte abalo nos níveis da hipocrisia nacional. A TV Câmara conta no documentário "O Pasquim - a Subversão do Humor", através dos principais personagens desta história, como ele invadiu o Brasil, enfrentando a censura e a cadeia com o riso aberto, como se fosse mais uma das farras da turma de Ipanema . Em O Pasquim, Jaguar, Ziraldo, Sérgio Cabral, Luiz Carlos Maciel, Marta Alencar, Miguel Paiva, Claudius, Sérgio Augusto, Reinaldo, Hubert lembram como se escreveram esta página da nossa história e Angeli, Chico Caruso, Washington Olivetto e Zélio como ela foi determinante para as páginas seguintes. Ninguém ficou rico com a publicação, embora ela tenha vendido nos seus melhores tempos, entre 1969 e 1973, até 250 mil exemplares. Um volume acima do razoável, se lembrarmos que os jornais de tiragem nacional rodam hoje, mais de 30 anos depois, com toda a informatização, a facilidade de distribuição e as fortes campanhas de assinantes, cerca de 300 mil exemplares. A verdade é que o comportamento da chamada Patota do Pasquim era tão anárquico quanto ao conteúdo do jornal. E o que ganharam gastaram entre prisões, brigas, festas e altas doses etílicas. Bem que os militares e a elite brasileira planejaram sufocá-lo diversas vezes e de formas variadas, mas, quando conseguiram, ele já havia disseminado uma nova forma de comportamento nos meios de comunicação. Como diz Jaguar, a imprensa tirou o paletó e a gravata, ou, como diz Olivetto, publicou a escrever e nos comunicar com língua de gente, do povo.
ACESSE TODAS AS EDIÇÕES DIGITALIZADAS DE O PASQUIM
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