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segunda-feira, 1 de abril de 2024
#1964+60 - A EXIBIÇÃO DO FILME "O DIA QUE DUROU 21 ANOS" PELO ICL. BOA MANEIRA DE MOSTRAR A IMPORTÂNCIA DE UM CINECLUBE.
ICL - Instituto Conhecimento Liberta. Neste domingo, dia 31/03/21, será exibido o documentário:
“O Dia Que Durou 21 Anos” + Debate com o diretor do filme Camilo Tavares com mediação de Chico Pinheiro
Este filme premiado se tornou uma grande referência, e revela nuances da conspiração que levou ao Golpe Militar de uma forma que você ainda não viu!
Entenda mais sobre como o governo americano participou diretamente da articulação do golpe e criou todo o cenário de “ameaça comunista”.
Conhecer mais sobre aquele tempo, é uma forma de não deixar que a história se repita…
Não podemos deixar que essa ferida se abra novamente, por mais que a democracia venha sofrendo constantes ataques.
Foi tudo muito bem escolhido, o filme, o dia, o horário, o apresentador e as estratégias de comunicação para despertar o interesse e motivar a participação. Para quem quer ter uma ideia do que é cineclube e sua importância, esse momento do ICL serve como uma boa demonstração.
O Instituto Conhecimento Liberta (ICL), fundado por Eduardo Moreira, faz um trabalho muito bem feito para divulgar e capturar a atenção de uma parcela importante da sociedade brasileira visando a participação do maior número de pessoas na exibição do filme documentário "O dia que durou 21 anos" como parte da programação especial do ICL referente aos 60 anos do golpe de 1964 e a instalação gradativa da ditadura empresarial- militar que se seguiu.
Disse também, lembrando a icônica canção anti-ditadura “Cálice” de Chico Buarque e Gilberto Gil, agradeço por tudo que o ICL está fazendo em favor da democracia, da educação e da justiça social em nosso país e, solicito que o ICL promova mais programas sobre a ditadura militar, mas trazendo o papel do cinema, da MPB, da literatura, do teatro, das artes visuais no enfrentamento e resistência.
O programa sobre cinema pode trazer cenas de alguns filmes anti-ditadura e análises de especialistas em cinema e politica. O programa sobre MPB, com canções interpretadas por novos artistas das canções que marcaram época e análises de especialistas em música e politica. O programa de literatura com leitura dramatizada de poemas e trechos de romances, contos, crônicas e novelas anti-ditadura. O programa sobre teatro com cenas curtas de peças censuradas e análise de especialistas em teatro e politica e o de artes visuais com visualização de obras anti-ditadura e análises com especialistas em artes visuais e politica.
E assim, vamos construindo e reconstruindo a ideia de país que nossos melhores artistas traduziram por meio de suas obras.
QUEM NÃO CONSEGUIU ASSISTIR ONTEM, PODE CONFERIR ABAIXO.
O ICL também produziu o documentário “1964 – Uma Ferida Aberta na Democracia” o qual reconstrói a história do golpe militar no Brasil, evento que arrastou a sociedade brasileira para um de seus períodos mais sombrios: foram mais de 20 anos de ditadura marcados por violações dos direitos humanos, perseguições políticas, torturas e mortes de opositores. Um golpe que até hoje tem reflexos no cenário político brasileiro. Conheça os personagens principais e os fatos marcantes desse evento, através do depoimento de historiadores e pessoas que vivenciaram de perto os horrores de um regime violento e brutal. Saiba por que é tão importante não deixar que esta história se repita.
UMA MENSAGEM NA GARRAFA. NOTINHA SOBRE UM FILME
Um filme-prova definitiva sobre o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu: "O dia que durou 21 anos" de Camilo Tavares. Temos no filme todos os documentos secretos e gravações originais da época que mostra/demonstram a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. O documentário destaca a participação da CIA e da Casa Branca na ação militar que deu início à ditadura. Temos todas provas que faltavam. O filme é de 2012. Ou seja, 12 anos atrás. O filme é mais-que-um-filme, é uma prova viva com documentos históricos sobre o golpe, a ditadura e o apoio dos EUA. O que fizemos de lá para cá quando foi lançado o filme? quase nada. E ainda tivemos a tentativa quase conseguida de um golpe mais uma vez... No dia 8 de janeiro de 2023 o Brasil foi surpreendido por um ataque, quando autonomeados patriotas invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Temos um sério problema com a memória e o resultado sempre nos é jogado na cara.
Estamos em 2024 e devemos lembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. Os militares com apoio significativo da sociedade civil (setor empresarial, Instituições cristãs, meios de comunicação, etc.) apoio o golpe que se tornou civil-militar. Entre 1964-1985, vivemos no país uma ditadura tutelada pelos militares com severos limites da participação civil. A censura passou a ser uma estratégia importante nos governos militares. Por que é preciso lembrar as consequências de 1964?
Porque o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu, prendeu e torturou, matou e fez desaparecer corpos, exilou e perseguiu, censurou e destruiu carreiras... Deixou uma herança inflacionária das mais absurdas nos anos 80. Concentrou renda de maneira cruel. Enricou os mais ricos e empobreceu os mais pobres. Desmontou o sistema público de educação e beneficiou as privatizações do ensino público. Atrasou a democracia e mal acostumou o país a não acreditar em suas potencialidades. Dizia um filósofo alemão em 1959:
"O gesto de tudo esquecer e perdoar, privativo de quem sofreu injustiça, acaba advindo dos partidários daqueles que praticaram a injustiça."
Th. Adorno. "O que significa elaborar o passado?"
ATENTEMOS!!!
Romero Venâncio (UFS)
MPB recusou o ‘cálice’ da ditadura e produziu canções de resistência contra o golpe militar deflagrado há 60 anos
Vigorosas, as músicas da época permanecem fortes na memória de quem viveu nos anos de chumbo e lembram página infeliz da História do Brasil.
Por Mauro Ferreira - Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'.
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