O que vale falar sobre esta data se, antes de tudo, não propomos mudar nossa consciência sobre a forma de falar? Somos comunicadores da Pascom, somos verdadeiros comunicadores, então precisamos nos atentar às formas da pronúncia correta, às maneiras de nos referirmos aos Povos Originários.
Possivelmente você pensou: “Ah mas na escola a gente aprende é assim”, exato, a geração nascida até meados dos anos 2015 ainda tinha essa referência na escrita pelos anos seguintes, mas em 2022 uma Lei promulgada mudou a forma de nos referirmos aos Povos Originários. Ficou para trás o Dia do Índio para dar espaço ao Dia dos Povos Indígenas, a mudança não foi por acaso, a mudança do nome da celebração tem o objetivo de explicitar a diversidade das culturas desses povos.
A intenção ao renomear a data é ressaltar, de forma simbólica, não o valor do do indivíduo estigmatizado “índio”, mas o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira. Engana-se quem acha que essa proposta de mudança foi tranquila. O governo, à época, vetou integralmente a proposta, afirmando que não havia interesse do público em mudar o termo, mas os parlamentares a favor conseguiram derrubar o veto e se propuseram a mostrar que não é apenas uma data, mas uma possibilidade de conscientizar a todos sobre a pluralidade dos Povos Originários marcada por inúmeras etnias.
E como a Pascom pode dar visibilidade a uma data tão importante? É só criar conteúdo sobre este tema para as redes sociais de sua comunidade paroquial. “Mas a Pascom pode falar sobre esses assuntos?” Não só pode como deve falar. Nós realizamos a comunicação de uma Igreja que faz parte da sociedade, temos a responsabilidade de formar os fiéis que seguem nosso perfil, que acompanham nossas publicações. Prepare um conteúdo que fale sobre os Povos Indígenas e suas culturas, fale sobre seus costumes na alimentação, sobre seus costumes na tradição da família, sobre suas canções, suas brincadeiras, sua presença na área rural e na cidade, suas lutas, suas dificuldades, sua religiosidade, sua forma de viver em comunidade…fale sobre como a Igreja se preocupa em pautar este assunto, como Papa Francisco defende os espaços dos Povos Originários, suas terras tão devoradas pela ganância dos homens, tudo em nome de um capitalismo selvagem que coloca o lucro acima do ser humano.
E lembre-se sempre, é Dia dos Povos Indígenas, e não Dia do Índio.
Fonte:
https://pascombrasil.org.br/agenda-de-abril-para-os-pasconeiros/
Documentário Brasil Tupinambá - Dir.: Celene Fonseca
Programa CONSTRUINDO CIDADANIA - 19.04.2024
A SITUAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL.
🎤ConvidadoS: Frei Mateus Bento dos Santos, frade capuchinho, assistente social, coordenador da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de São Paulo e do Regional Sul 1 (CNBB), membro do CIMI-Conselho Indigenista Missionário.
Rafael Martins, Missionário leigo , Membro do CIMI - Conselho Indigenista Missionário - Equipe São Paulo.
Pe. Corrado Dalmonego, Missionário e indigenista, trabalha com o povo Yanomami em Roraima
Transmissão:
Facebook: https://www.facebook.com/events/722276926647581/?ref=newsfeed
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=DHkO8hjgbAM
Shaneihu Yawanawá - KÊNE KÊRANE - Video CLIPE Oficial - CD Kanarô
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sábado, 18 de abril de 2015
A Queda do Céu, filme brasileiro sobre o povo Yanomami, terá estreia em Cannes
Longa de Eryk Rocha estará na mostra Quinzena dos Cineastas
Omelete - MATHEUS FIORE - 16.04.2024, ÀS 10H58.
O Festival de Cannes é o mais prestigiado do cinema europeu, e acaba de ganhar mais um filme brasileiro para a programação de sua edição de 2024. O filme A Queda do Céu, longa que fala sobre o povo Yanomami, será exibido na Quinzena dos Cineastas.
A mostra paralela de Cannes promove a descoberta de novos diretores. A Queda do Céu é um documentário dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Rocha, que é filho do histórico diretor Glauber Rocha, já esteve em Cannes em 2004, quando disputou a Palma de Ouro de melhor curta-metragem por Quimera e, em 2016, recebeu o Olho de Ouro de melhor documentário com Cinema Novo, seu sétimo longa.
Leia a sinopse oficial do filme: A partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme A Queda do Céu acompanha o importante ritual fúnebre, Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para segurar o céu. O filme faz uma contundente crítica xamânica sobre aqueles chamados por Davi de povo da mercadoria, assim como sobre o garimpo ilegal e a mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros que os Yanomami chamam de epidemias “xawara”, e traz em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, dos espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe.
A Queda do Céu ainda não tem previsão para estrear nos cinemas brasileiros.
https://www.omelete.com.br/filmes/a-queda-do-ceu-cannes
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