quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Cinema e educação Por Gildo Alves Bezerra *

Fonte da foto acima,  aqui

 

Para falar de cinema e educação  

Devemos partir de outra concepção 

de educação.

E vamos relacionar linguagem e realidade 

Com ensino e aprendizagem

Para a aprendizagem se tornar mais significativa 

Cinema e negritude 

Para formar nova juventude...

Protagonista seja na vida ou como artista.

Então, devemos relacionar cinema, educação, juventude negra, aprendizagem e protagonistas enquanto educandos (as) com a transformação social. 

E nunca esquecer que queremos a igualdade racial... Nas condições socioeconômicas e político-social. 

Para termos justiça social precisamos que negros e indígenas entrem nos orçamentos públicos dos municípios, Estados e da União.  E logo, sejam protagonistas na construção de políticas públicas antirracistas que visam a equidade racial e democracia participativa de negros e indígenas nos diversos espaços de poder e ampliação da representatividade deles na sociedade brasileira pondo fim ao "mito da democracia racial".

Faz mister inserir o cinema,  literatura, à música, pintura... como ferramenta pedagógica para tornar a aprendizagem mais significativa.  

Em particular sobre o Cinema  (Souza, 2011 p 09) nos diz " Na sala de  aula, como em qualquer espaço educativo,  o cinema é um rico material didático. Agente socializante e socializador,  ele desperta interesses teóricos,  questionamentos sociopolíticos, enriquecimento cultural.  E cada vez mais, tem-se intensificado o número de programas educativos e formativos em que o cinema é utilizado como um dos aparatos tecnológicos da educação. "

Sobre Cinema vejamos o convite que Strecher (2013: 02) nos faz " vamos parar para pensar: o que é cinema? O que são essas imagens que nos envolvem como se fossem realidade,  mas são apenas luz e sombras projetadas numa tela? Será que é pelo fato de as imagens no cinema não serem estáticas, como a fotografia ou na pintura, que temos a impressão de serem reais".

Vejamos o que  Droguett em Pimentel (2011:15) que fala da educação por meio dos sentidos nos diz " Os sentidos fazem sentido, produzem conhecimento e impulsionam à ação na tentativa de transmitir saberes sobre o ser humano e mundo". 

E mais " A educação dos sentidos a partir do cinema o revela na sua função correlata à formação,  e a filmografia,  no seu interesse de desenhar a origem,  à evolução e destino da arte, única  via de acesso ao sentir e saber verdadeiros".

"A partir do enredo do filme Narradores de javé, podemos levantar uma série de questionamentos acerca de conceitos de desenvolvimento e construção da história ". ( Santana Júnior, 2011:61)

Simão Neto (2011: ) diz " A proteção da diversidade cultural é uma preocupação de todas sociedade,  já que a diversidade cultural é uma característica essencial da humanidade, construindo,  desse modo, um patrimônio comum que deve ser valorizado e cultivado em benefício de todos."

Ele também nos diz que "essa diversidade se forma através do tempo e do espaço, bem como se manifesta na originalidade e na pluralidade da identidades existentes na sociedade".

Mas,  como valorizar a arte, à cultura... A humanidade "em tempos de ode à eficiência da máquina e do culto desmesurado aos números."???

Lógico que não escrevo para "vocês que pilham assediam e cobiçam 

A terra, indígena, o quilombo e a reserva 

Vocês que podam e que fodem e que ferram

Quem represente pela frente uma barreira 

Seja o posseiro, o seringueiro ou sem-terra 

O extrativista, o ambientalista ou a freira ".

Precisamos lutar por uma educação do campo e nos alertar que "há uma tendência dominante em nosso país, marcado por exclusões e desigualdades, de considerar a maioria da população que vive no campo como parte atrasada e fora do lugar no almejado projeto de modernidade ". Mas, este projeto de "modernidade" é daqueles que "pilham assediam e cobiçam 

A terra, indígena, o quilombo e a reserva"

Se vamos falar em diversidade sociocultural devemos pensar e agir no mundo  de uma outra forma, " a partir do resgate e reconhecimento dos saberes e conhecimentos construídos historicamente pelos grupos afro-brasileiros,  indígenas,  camponeses entre outros." E que essa diversidade sociocultural deverá fazer parte da questão do cinema e educação. 

*Trabalhador, Professor de história, ativista político-social, Sertanejo ( de Nossa Senhora da Glória) e pai de educandos da "escola pública sergipana" etc.

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