domingo, 15 de setembro de 2024

Que doideira, um bocado de candidatos a vereador no meio da feira...


Foto de um ato politico em defesa da luta pela reforma agrária em Sergipe,  o ano é 1985, provavelmente. A menina que fala no microfone é uma referência cultural em Sergipe, Maíra Magno, professora de artes na rede pública e expoente da dança do ventre em Sergipe, sendo reconhecida também no plano nacional e internacional. Embora esteja afastado da dança profissionalmente há alguns anos.. Ao fundo do lado direito, de bigode Francisco Alves, um dos fundadores da AMABA, junto com este que escreve.. A história  da AMABA  está registrada em livro e em 2025 será apresentada em cores de cinema

Andando pelas ruas do Novo Paraíso e do B.A em direção a feira dominical neste 15 de setembro de 2024, e vendo adesivos de candidatos nas casas e vários grupos de apoiadores na feira, em alguns casos acompanhados pelos próprios,  me recordei do verso icônico da canção “Nos bailes da vida”, dos geniais Bituca e Fernando Brant “Todo artista tem de ir aonde o povo está” , assim como os candidatos ao parlamento municipal e as prefeituras, mas não de quatro em quatro anos, como fazem a maioria , incluindo os do campo progressista. “Todo candidato deve ir sempre aonde o povo está”, para facilitar,  de forma hibrida e onde o povo mais está.

O que não é fácil, reconheço, considerando o sistema proporcional de votação para o parlamento, como é em nosso pais, mas que deve ser tentado,  dentro das possibilidades de cada agrupamento politico do campo progressista.

A esse propósito, mesmo quando era diretor-presidente da AMABA uma das propostas sugeridas a mim foi lançar candidatura a vereador, lembro até da recomendação de um integrante da direção, Zezito se tu quiseres ser candidato precisa aprender a andar mais nos bares da comunidade. Assim respondi a ele, mas companheiro não pretendo me candidatar a vereador, inclusive por causa disso, por não ter condições de ficar interagindo mais com a comunidade, embora caso dispusesse de tempo, não andaria tanto pelo bares, porque não sou de beber muito e nem de ficar jogando muita conversa fora. Mas,  agradeço a sua opinião e passaria a frequentar um pouco mais, você não deixa de ter razão..

P.S. Não sei se foi essa a conclusão da conversa que tive quando aconteceu,  lá pelos meados dos anos 1990, mas memória sempre está sujeito a atualizações da nossa vivência após os fatos ocorridos. Mas o principal da resposta foi isso mesmo.

Amanhã,  trago outro texto com uma  outra lembrança que  me trouxe, a presença performática de Linda Brasil e grupo de apoiadores na feira do B.A no dia de hoje. Linda Brasil não é candidata, mas estava apresentando uma candidata a vereador...

Zezito de Oliveira

“A AMABA/Projeto Reculturarte que já foi campanha por melhorias para o bairro américa em Aracaju (SE) , incluindo a luta pela retirada da fábrica de cimento, palestras sobre cidadania e saúde, grupo de estudos ecológicos com crianças e adolescentes e grupo de estudos sobre consciência negra, capoeira, cineclube, teatro, rádio (poste e FM) , dança, alfabetização, reforço escolar, oficina de artesanato, jornal comunitário, banda afro, escolinha de esportes, festival de arte comunitária, retiro/acampamento, oficinas de alimentação e medicina alternativa, curso de informática e pré vestibular, virou livro em 2021 e em 2025, estreará um filme documentário. O livro com recursos da Lei Aldir Blanc e o filme com recursos da Lei Paulo Gustavo..



Acima,  o autor dessa postagem estilosamente vestido, orientando uma atividade de grupo em um encontro de adolescentes e educadores populares ligados a AMABA/Projeto Reculturarte. Foto achada em busca no arquivo de fotos para o filme que estreará em 2025 sobre o Bairro América (B.A) e sobre a AMABA - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América.

Abaixo, dois vídeos para percebermos a potência cultural, social e politica em Aracaju que a AMABA inicialmente representou na década de 1980, e depois AMABA/Projeto Reculturarte em 1990.




Importante lembrar, 
mas, 
 O que parece é que a esquerda atualmente em Aracaju tem uma base social fraca ou muito fraca. Deixo ao gosto de quem nos lê. Eleger vereadores de esquerda não é suficiente, mas é necessário. E ajuda se os eleitos, talvez apenas dois de esquerda seja o máximo possível, mas esquerda mesmo, não infiltrados. Mesmo assim, que nestes dois mais à esquerda,   sejam eleitos vereadores com perfil freireano , o que quer dizer,  que faça um mandato educador em perspectiva libertadora, para além da pauta da defesa da educação pública e de qualidade, mas que se preocupe com a educação política, aqui,  incluindo a política cultural, como fez a saudosa vereadora Ângela Melo.

Para não esquecer, o que é dito na canção "Nos bailes da vida" com relação aos artistas, é dito por Mano Brown com sentido  politico para os dirigentes e militantes do  PT, PSOL, PC do B e outras siglas menores da esquerda.. 






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