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sexta-feira, 27 de setembro de 2024
A cultura e juventude precisa ser levado mais a sério pelas lideranças do campo progressista. Do contrário, as derrotas eleitorais serão ainda maiores do que está sendo..
Lembrando uma canção da banda Charlie Brown Júnior, essa situação da maioria dos candidatos do PT e do PC do B estarem em 3ºou 4º nas capitais pode ser revertida no médio e longo prazo, com a eleição de candidatos ao parlamento desses partidos, também do PSOL e etc,. que considerem a importância do investimento em cultura e juventude, e juventude aqui não apenas considerado como estudantes...
A expectativa da vitória de Boulos e Marta em SP , inclusive com o nosso engajamento e de muitas pessoas de fora da cidade onde não existe amor como afirmam os grafites e Criolo, ou em quantidade e qualidade bem aquém do que precisa, se dá pensando nisso, com visão de futuro, e ancorada no histórico de realizações dessas duas lideranças, uma que é liderança social e parlamentar bastante respeitado e a outra que foi uma das prefeitas de São Paulo melhor avaliada..
Aqui em Aracaju, por exemplo, quando fui assessor parlamentar do vereador Magal da Pastoral (PT) 2000 a 2004, apresentamos, juntamente com um coletivo local e nacional formado por jovens egressos da Pastoral da Juventude ( Rede Minka), três projetos ao vereador citado que prontamente apoiou com a entrada e aprovação na câmara de vereadores, até por conta do seu engajamento histórico na Pastoral Carcerária, de onde veio o complemento para o nome Magal...
Dentre estes três, um foi o Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) aprovado em São Paulo pelo vereador Nabil Bonduki e sancionado pela prefeita Marta Suplicy. Um projeto que trata da pauta cultura e juventude de forma integrada...
Abaixo, uma fala do ex-vereador Nabil Bonduki agora novamente candidato , sobre como começou o projeto VAI em SP.
Programa VAI: um marco para a cultura nas periferias
As melhores ideias de políticas públicas são aquelas que nascem verdadeiramente da população envolvida, que será sua beneficiária direta. O Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) é um belo exemplo disso. Ele surgiu no meu primeiro mandato como vereador, durante os debates na Comissão de Cultura. Esse programa foi o resultado de intensos diálogos com diversos movimentos culturais da cidade de São Paulo, que há muito tempo lutavam por mais espaço, apoio e reconhecimento.
O VAI nasceu da necessidade de descentralizar o acesso aos recursos públicos e de dar voz aos coletivos culturais das periferias, que sempre foram polos de criatividade e resistência, mas que, historicamente, não recebiam recursos e apoio do poder público. O programa é um reflexo dessa articulação, pensado para impulsionar a cultura onde ela de fato acontece: nos bairros, nas praças, nas ruas.
Com o apoio de artistas, gestores culturais, produtores e lideranças comunitárias, conseguimos aprovar um programa inovador e transformador, que, até hoje, possibilita que jovens e coletivos realizem seus projetos. Milhares de pessoas já foram impactadas e novos formatados do programa foram criados diante de seu enorme sucesso, fortalecendo a diversidade cultural da nossa cidade. Essa conquista só reforça a importância de continuarmos lutando por políticas públicas que valorizem a cultura como ferramenta de transformação social.
Se em São Paulo o projeto ultrapassou a gestão da prefeita Marta Suplicy e até hoje continua sendo implementado, aqui em Aracaju ele foi abortado por uma decisão de não sancionamento da parte do prefeito de então, Marcelo Deda (PT), prefeito eleito em 2000 e reeleito em 2004. A prioridade do prefeito da capital como politica cultural, eram os grandes eventos como Forrocaju e o Festival de Verão, e se caso 10% do dinheiro dos eventos, calculado a época em torno de um milhão de reais, fossem destinados ao Programa VAI-Aracaju, não faria muita falta no caso destes, mas uma grande diferença para centenas de jovens artistas e ou agentes culturais da periferia de Aracaju.
Aqui em nossa cidade, fizemos diversos reuniões com artistas e agentes culturais da periferia, inclusive o que gerou a Rede PROVAI, fizemos mostra de arte periférica e um representante da PROVAI argumentou sobre a necessidade de aprovação do projeto para os vereadores na tribuna livre daquela casa legislativa, o que foi obtido sem muita dificuldade.
Mas isso não foi suficiente para sensibilizar o prefeito Marcelo Déda.
A Ação Cultural nasce dessa mobilização realizada em 2004.
Mas Aracaju teve um bom exemplo, a altura do que construiu Nabil Bonduki, o qual pode ser eleito novamente, a professora e vereadora Ângela Melo, porém esta não pode se candidatar este ano porque faleceu no meio do mandato.
POLITICA CULTURAL COMO FORMAÇÃO ESTÉTICA E CIDADÃ NÃO É LEVADA A SÉRIO. A CULTURA NÃO É LEVADA A SÉRIO
Mesmo com uma lei tão avançada sob o ponto de vista democrático e cidadão como é o caso da Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc (PNAB). Uma lei proposta por parlamentares de esquerda, em parceria com agentes culturais e gestores ou ex-gestores culturais. A proposta para ser uma lei descentralizada se deu em razão da situação de terra arrasada contra a cultura por parte dos governos Temer e Bolsonaro, inclusive com o fechamento do ministério da cultura.
Mas o fato é que a maioria dos governos estaduais e municipais nem sempre são democráticos na medida certa para um país que quer ser mais justo, assim vemos os disparates ou absurdos na operacionalização da Lei Paulo Gustavo, antecessora da PNAB, antecipando o tamanho das dificuldades ou desafios que precisaremos enfrentar..
No caso de Aracaju o fato de termos uma vereadora de esquerda, esquerda raiz, com uma sensibilidade bastante generosa sobre o seu papel como parlamentar, colaborou para desfazer alguns equívocos verificados nos editais lançados pela Funcaju na atual gestão municipal, da mesma maneira por conta da sua visão de futuro, o investimento financeiro em um curso de formação e qualificação cultural para artistas e agentes de base comunitária.
Portanto, será preciso fortalecer as bancadas da esquerda raiz e as eleições de prefeito de pessoas como Ângela Melo, que infelizmente nos deixou fora do combinado.
Até porque, as pesquisas indicam a eleição de uma forte bancada de extrema-direita e da direita fisiológica, assim como prefeitos e prefeitas.
Zezito de Oliveira
Leia abaixo para saber mais, inclusive o texto da lei.
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