quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Com o Cena Nordeste o Centro de Criatividade em Aracaju lembra os bons tempos. Um ou vários Cena Sergipe é possivel?

 O Cena Nordeste é um projeto de intercâmbio de artistas e grupos culturais dos estados nordestinos que compõe o Consórcio Nordeste,  este formado pelos governadores da região em razão da falta de sensibilidade e compromisso do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia COVID 19. Com o decorrer do tempo o Consórcio Nordeste foi ampliando o alcance, incluindo a área da cultura.

Festival Cena Nordeste chega a SE com programação cultural gratuita

Uma possibilidade de tornar possível um Cena Sergipe anual em cada um dos equipamentos culturais das prefeituras e do governo do estado, é abrir as pautas desses equipamentos para que oficinas, rodas de conversa, exposições  apresentação de shows e espetáculos sejam apresentados em um ou dois dias de forma concentrada, considerando as contrapartidas que podem ser realizadas por proponentes dos editais do Política Nacional de Cultura Aldir Blanc (PNAB). Mas detalhe, com a infraestrutura necessária..
Que tal?
Confira vídeo de algumas apresentações e espetáculos na pagina Sergipe Acontece AQUI
Fotos: ASCOM FUNCAP.








Semana da Sergipanidade começa nesta terça-feira; confira programação https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2024/10/15/semana-da-sergipanidade-comeca-nesta-terca-feira-confira-programacao.ghtml

A questão da programação  acima é não considerar outras linguagens como audiovisual, fotografia e etc.. A perspectiva é com mais produtos culturais gerados pela PNAB, isso mude, até porque sem o estado ter  investido em produção cultural diversificada , não poderia se ter atualmente muitas ofertas. Embora,  o audiovisual, por exemplo, já tem um pouco  de produtos gerados pela LEI ALDIR BLANC 1 e LEI PAULO GUSTAVO, mesmo com os problemas de lerdeza e atraso  dessa segunda...

CENTRO DE CRIATIVIDADE E COMPLEXO CULTURAL GONZAGÃO. REFORMAR PRA QUE?

  Celebração de abertura das atividades da Caravana Arcoiris por La Paz.  Centro de Criatividade em Fevereiro de 2007. Foto: Divulgação

Maíra Ramos se sentindo pensativa.


“Passando todo dia pelo centro de criatividade,sempre pensei na falta que aquele lugar faz tanto pra comunidade e tanto pra mim,que na época de criança,ia assistir peças,e o mais marcante a coroação do rei Momo,não lembro o porque do Centro de Criatividade ser desativado, e por quanto tempo ficou fechado, e ainda está (agora em reforma). 


Quando vi a notícia da sua reforma e ela já ter iniciando, fiquei muito contente,  mais um espaço será aproveitado, reativado, aonde os jovens vão poder usar aquelas salas para aprender várias coisas, como foi no tempo dos tios,dos primos, dos avós e por aí vai, aí que surge o Será?, será mesmo que o Centro de Criatividade vai ser aproveitado,como era antes? Ou será que ele vai ser igual ao nosso Gonzagão? ah, sim o Gonzagão, aprendi muita coisa lá também, fiz dança do ventre, subi em tecido, aprendi malabarismo, e o mais importante o Gonzagão e a comunidade eram tipo família, hoje me pergunto o que era o Gonzagão? O  que resta do Gonzagão e o que é o Gonzagão? Qual a importância dele? (historicamente tem importância sim) e hoje? 


E espero que o nosso Centro de Criatividade não vá ter esse mesmo fim. (de novo).  Por mais que eu goste desses lugares,chegou um tempo que eles passaram ou passam apenas de lembranças!”


Maíra Ramos é estudante, integra o núcleo de audiovisual da Ação Cultural e é  agente cultural.
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Tens toda razão Maíra Ramos,  os governos investem construção e/ou em reformas, mas não investem em pessoas e recursos que possam dinamizar e inovar a utilização destes locais. Um exemplo foi o Gonzagão, só conseguimos isso que você cita, por causa da nossa visão e experiência em trabalhar com cultura de base comunitária, compartilhada pelas outras três pessoas que levei para compor a nossa equipe após sermos convidados para a direção, nos anos de 2007 a 2009. E também, por causa do "presente" que foi a estadia da Caravana ArcoÍris pela Paz por mais de um ano no Gonzagão, além da parceria que fizemos com alguns agentes culturais da comunidade como Dona Genilda e Rogerio Valença entre outros . Tenho gratidão ao secretário Luis Alberto (in memorian) por ter autorizado a presença dos companheiros (as) da Caravana Arcoiris, porém, a falta de recursos financeiros, inclusive para a permanência de duas integrantes dessa equipe, Lucy Guerra, produtora cultural e Jeane Marcelino (educadora popular), além da visão conservadora do secretário e da maior parte da sua equipe, tornaram praticamente inviável a nossa permanência. A destacar, visão conservadora e de esquerda no campo da cultura. Um paradoxo ou contradição, mas é o que muito em Sergipe se encontra. Me refiro ao pensamento de muitos técnicos e gestores, ou a maioria para ser mais sincero. Merece um estudo acadêmico. Parabéns pelo post.


Zezito de Oliveira - educador e realizador/produtor cultural 
Publicado em 07.01.2017

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