quarta-feira, 2 de outubro de 2024

ELEIÇÃO E CONTRADIÇÃO - A POLÍTICA da MORTE! Pe. José Soares (SE), Dep.Fed. Chico Alencar (RJ) e Prof.º Fernando Altemeyer (SP)

 

Pe. José Soares

Obs. Este texto encerra o ciclo dos três artigos que pensamos para as eleições de 2024: 

O Welfare State foi introduzido como sistema político de Estado no Brasil em 2002 com um aparato de logística impressionante. Temos que destacar um senhor espetacular que deu agilidade e visibilidade a este projeto: Ministro PATRUS ANANIAS. Homem de coragem e visão progressista. 

O BRASIL adotou este sistema com Lula na presidência e aqui em Aracaju Marcelo Déda (in memorian) era o prefeito. Devemos conceituar o que significa W.S. e depois abrir o caminho para algumas considerações sobre Sergipe, Aracaju e as eleições de 2024. 

CONCEITO: é um modo de organização no qual o Estado fica encarregado da promoção social e política. 

*Esse esquema favorece as políticas públicas de apoio à população carente.

O PARADOXO: está fundamentado na política liberal que coloca o Mercado como tutor (organizador e sistematizador, para não dizer o dono) da economia. Com este caráter do Estado liberal, o dinheiro e o lucro ficam como os pilares da vida econômica e social criando muita exclusão, pois, o Estado apenas acompanha e não interfere na ecoomia, fazendo dos pobres um joguete dos gananciosos. Está visão não é para vitimizar as pessoas vulneráveis e sim para compreender que na política, quem não compreende as chagas da sociedade e dos indefesos, fará a opção do massacre e da ação pública que colocará os pobres na fileira da morte.

Nesta eleição - apesar das poucas propostas de tarifa zero, quase zero, quase um e quase nada - a maioria dos homens e mulheres que buscam o executivo ou o legislativo (câmara de vereadores) é vinculada ao sistema que exporá os pobres à sarjeta social. É preciso muita atenção e um pouco de politização. Tememos pelo pior em 2024. As razões abaixo com o "Elenco" das considerações sobre o pleito: 

a) O Estado de Sergipe caminha a passos largos para a degola das privatizações (já começou com a DESO).

b) Aracaju não é a cidade da total "qualidade de vida". Este slogan é falso. 

c) Sergipe não tem uma política inclusiva para juventude ou estou equivocado? 

d) Aracaju abandona e mal trata a população de rua e para confirmar é só visitar o CENTRO POP. "Higienismo" é uma teoria perigosa que apregoa o abandono dos excluídos e excluídas.

e) Estado e Capital premia o atraso político quando permite várias candidaturas com um perfil bem semelhante e que passa pelo palácio do governo e pela P.M.A. numa demonstração clara de atraso ideológico e oportunismo financeiro.

ENFIM, as eleições deste ano são o retrato de uma cidade que tem recuado no seu histórico perfil de esquerda; demonstra também que o projeto de uma militância fortalecida nas ruas acabou; é sinal ainda que o governo do Estado e município mergulharam de cheio na luta da "casa grande e senzala", cheirando no poder econômico o projeto do salve-se quem puder. Aracaju está no campo do atraso e para nossa tristeza, mergulhou num projeto político liberal e demagógico que levará os pobres para a morte. QUEM VIVER, VERÁ!

LEIA OS DOIS PRIMEIROS PRIMEIROS ARTIGOS, AQUI



Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior – PUC-SP

1. Gato escaldado tem medo de água fria.

Conheça o passado e a biografia do/a candidato/a e a trajetória do partido em defesa das causas populares, da justiça social contra a opressão dos pobres.

2. Dize-me com quem andas e te direi quem és.
Descubra as alianças do partido e seus projetos, a que classe social pertence, quais interesses defende, com quem está articulado e quem paga a candidatura.

3. Toda mentira tem perna curta.
Confronte a imagem e o discurso do candidato com a sua prática política no passado.

4. Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.
Exercite a inteligência política votando em candidatos que defendam causas populares e preparando-se para os dois turnos das eleições, com coerência de valores e de um projeto político claro. Evite votar em mentirosos.

5. Quem semeia vento colhe tempestades.
Analise os projetos do partido do/a candidato/a para o mandato que vai exercer como prefeito/a ou vereador/a e como propõe algo novo e sustentável. Suas propostas são transformadoras ou conservadoras? Defendem os pobres ou sugam a carne dos pobres para colocar na panela dos ricos? Como se articula em nível estadual e nacional?

6. Quem engorda o porco é o olho do dono.
Analise a campanha do candidato. Seus gastos. Qual é o seu slogan? Por que
escolheu tal programa e é membro de tal partido?

7. Uma andorinha só não faz verão.
Quem são os/as assessores do candidato? Que lutas enfrentaram na vida pública? Tem currículo junto aos movimentos sociais? Defendem os negros, as mulheres, os jovens, o povo das favelas, dos cortiços, os moradores de rua ou são fascistas e promovem a morte e a segregação.

8. Aquele que não quer quando pode não pode quando quer.
Como o/a candidato/a pretende agir na Prefeitura e na Câmara de Vereadores? Como será a participação popular da sociedade civil? Quais serão os canais de participação popular? Tem processos judiciais? Por quê? Quais?

9. Quando a esmola é muita, o santo desconfia.
As propostas do/a candidato/a são concretas ou promessas? No passado fez o que em favor dos pobres e vulneráveis?

10. Papagaio come milho, periquito leva a fama.
Até que ponto a eleição será um passo no avanço da luta das periferias em favor da dignidade humana? À serviço de que classe seu/sua candidato/a vive diariamente? Se defende ricos e burguesia nunca vai pensar e defender os pobres. Fique esperto. Não vote em demagogos e fascistas.


Eleições e decadência social

Por Celso Pinto Carias

Costuma-se afirmar que eleição é a grande festa da democracia. Na verdade, nunca foi. Mas já foi um caminho menos decadente. Porém, apesar de tudo, como dizia Winston Churchill, o primeiro ministro inglês durante a segunda guerra mundial, “a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais”, ela permite um nível de participação popular que outras formas de governo não possibilitam. E a participação popular é uma espécie de “freio” para que não aconteçam muitas derrapagens, como acontece em ditaduras.


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