quinta-feira, 10 de outubro de 2024

A lembrança de uma conversa com o prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira e o impacto nestas eleições 2024

Foto: Anna Fontes/ TV Sergipe

 Logo após a vitória nas eleições 2020, como eleitor de Edvaldo Nogueira (PDT) ex- PC do B,  no segundo turno, na primeira entrevista concedida por ele ao jornalista Narcizo Machado no jornal da Fan, fiz uma pergunta ao entrevistado,  tratando da necessidade de um investimento mais robusto em cultura de base comunitária nas periferias, visando não deixar a juventude dos bairros periféricos de Aracaju, completamente a mercê de pastores reacionários bolsonaristas, como ficou evidente na derrota de Haddad em  2018, com base na chuva de fake news ou noticias falsas lideradas pelo Kit Gay

Como uma forma legal de fazer isso, legal nos dois sentidos da palavra, lembrei o Programa VAI Aracaju aprovado e sancionado pela presidência da câmara de vereadores de Aracaju no ano de 2004.

O VAI tem como objetivo apoiar atividades de jovens de baixa renda e de regiões da cidade sem recursos e equipamentos culturais. As propostas podem ser apresentadas em diversas linguagens artísticas, como teatro, dança, música, capoeira, hip hop, entre outras. 

Saiba mais aqui no blog sobre o Programa VAI

E qual foi a resposta ? Que os pastores faziam na periferia um trabalho social  importante,  e que eram aliados da prefeitura junto a estas populações. Resultado: Esses pastores fortalecidos pela cobertura institucional, aqui incluindo apoio financeiro e material por meio das iniciativas de parlamentares da bancada evangélica no parlamento municipal de apoio ao prefeito, já um tempo decidiram pela candidatura de Emília Corrêa (PL). Apoio não  declarado, mas construído por meio do substrato ideológico de pregação na maioria das igrejas reforçadas pela ação social e cultural desenvolvidas sob a lideranças destes, trabalho meritório e importante, mas que não pode ficar com apoio estrutural somente para estes. Se pelo menos tivéssemos mais pastores como Alexandre de Jesus da Igreja Presbiteriana Unida de Aracaju ou como os jovens pastores da Igreja Semente..,,,

Isso explica a resiliência de um  percentual entre 30 e 40% para Emília, desde os primeiros levantamentos sobre a preferência dos eleitores de Aracaju para prefeito nestas eleições. E como quem nos lê sabe que gosto muito de música e muitas me acompanham em meus textos, deixo  como conclusão dessa lembrança/reflexão um verso de  “Firmamento”  da banda Cidade Negra. "O que eu que vou fazer agora se o seu o sol não brilhar por mim. Num céu de estrelas multicoloridas, existe uma que eu não colori."


CULTURA E ELEIÇÕES 2024 (1)

Se a maior parte da esquerda sergipana e brasileira, tivesse compreendido a necessidade do que disse Arquimedes.

"Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo." com relação a Cultura Viva, a situação politica de derrota verificada nestas eleições, poderia ter sido menos acachapante ou em dimensão menor como foi neste 06 de Outubro de 2024 ou até muitas derrotas não teriam acontecido....

Alavanca e ponto de apoio para a cultura viva representado por editais de fomento, com assistência técnica e uma legislação mais amistosa para quem é agente cultural de base comunitária, no plano federal, nos estados e nos municipios.

A cultura viva, àquela que acontece no cotidiano das escolas, das comunidades, nos espaços comunitários e religiosos, nas ruas e nas praças... A cultura popular, a cultura da periferia, a cultura urbana, a cultura independente e alternativa..

Mas se tem alguns que compreendem com mandato ou sem mandato, e que já fazem, o que podem fazer mais e melhor? Estamos marcando reunião para conversar sobre isso, interessados podem entrar em contato pelas redes digitais da Ação Cultural.

Hoje, 09/10/2024, realizamos conversas presenciais neste sentido com alguns companheiros (as) professores e ativistas culturais reunidos em assembleia da categoria

Zezito de Oliveira - ZdO

Cultura Viva e o transbordamento de fronteira - entrevista com Célio Turino

 https://acaoculturalse.blogspot.com/2024/09/cultura-viva-e-o-transbordamento-de.html

Entrevista de Célio Turino para uma revista da Universidade Federal Fluminense, sobre o transbordamento da Cultura Viva por outros países. Tem muitos aspectos inéditos, até pela condução das perguntas feitas pelos professores.

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