Em e-mail enviado ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o cantor afirmou que também era a favor da saída do pastor da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
27 de março de 2013 | 20h 16
Fonte: Isadora Peron, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Depois de Caetano Veloso protestar contra a
permanência do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência
da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, foi a vez de Chico
Buarque engrossar o coro contra o parlamentar.
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Divulgação
O cantor Chico Buarque também se manifestou contra Feliciano
Segundo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o cantor teria
lhe enviado um e-mail na terça-feira, 26, afirmando que apoia as
manifestações que pedem a saída de Feliciano do cargo. "O Chico Buarque
me mandou um e-mail e pediu para que eu colocasse o nome dele em
qualquer lista que defenda os direitos humanos. Ele disse: 'Assino
qualquer lista em defesa da Comissão de Direitos Humanos e pela saída
deste deputado'", disse Freixo ao Estado nesta quarta-feira, 27.
Juntamente com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que tem articulado a
frente de resistência contra Feliciano na Câmara, Freixo organizou uma
manifestação na segunda-feira que reuniu, além de Caetano, outros
artistas como o ator Wagner Moura e a atriz Leandra Leal. Representantes
de lideranças religiosas, movimentos sociais e outros parlamentares
também participaram do evento no Rio. No mesmo dia, as atrizes Fernanda
Montenegro e Camila Amado deram um beijo na boca num ato de protesto
contra o pastor durante a entrega de um prêmio.
Uma nova manifestação contra Feliciano já tem data marcada. Segundo
Freixo, será dia 7 de abril, na orla de Copacabana. "A permanência de
Feliciano na comissão é um projeto político, para anular as lutas dos
direitos humanos. A nossa briga não é porque se trata de uma pessoa
religiosa. Esse é um movimento contra a intolerância e o
fundamentalismo, contra um grupo que não aceita o direito das minorias",
disse o deputado.
Feliciano foi eleito no início do mês para o comando da comissão e
tem sido alvo de protestos devido a declarações consideradas racistas e
homofóbicas. Ele nega as acusações e diz sofrer perseguição religiosa,
pois é evangélico. O deputado, no entanto, reitera que, por conta de
suas crenças, não é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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