"é uma distância tão enorme que não pode medir-se a gritos."
Um poema que de cara me
remeteu aos aspectos todos que (foi) (é) (está sendo) (vai ser) essa
construção coletiva, o MANIFESTO - MANIFESTA!!!
Me ensinou o
João Cabral que a história de uma cidade é como o ferro fundido e o
ferro forjado da sua poesia, que segue abaixo para adoçar ainda mais
esse 17 de março. SAÚDE!
"O ferrageiro de Carmona"
João Cabral de Melo Neto
Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
"Aquilo? É de ferro fundido,
foi a forma que fez, não a mão.
Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro
então, corpo a corpo com ele,
domo-o, dobro-o, até o onde
quero.
O ferro fundido é sem luta
é só derramá-lo na forma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.
Existe a grande diferença
do ferro forjado ao fundido:
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.
Conhece a Giralda, em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro dos quatro jarros das esquinas?
Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra
língua.
Nada têm das flores de forma,
moldadas pelas das campinas.
Dou-lhe aqui humilde receita,
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.
Forjar: domar o ferro à força,
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor
Se flor parece a quem o diga.
--
(via [correio-de-luz], enviada por A. M Basílio)
--
Vou ficar por muitos anos ainda, até a morte ou depois!, com a
lembrança da noite de ontem... foi sensacional! O poema acima seguirá
direto para a postagem do PROgCult [http:// progcultblog.blogspot.com.br/]dessa
semana, bem como uma foto que tirei do evento. Cultura não é apenas
aquilo se vê, é também o que carregamos dentro de nós e enxergamos
quando mesmo estando de olhos fechados. GRANDE abraço!!! André Teixeira
"é uma distância tão enorme que não pode medir-se a gritos."
Um poema que de cara me remeteu aos aspectos todos que (foi) (é) (está sendo) (vai ser) essa construção coletiva, o MANIFESTO - MANIFESTA!!!
Me ensinou o João Cabral que a história de uma cidade é como o ferro fundido e o ferro forjado da sua poesia, que segue abaixo para adoçar ainda mais esse 17 de março. SAÚDE!
"O ferrageiro de Carmona"
João Cabral de Melo Neto
Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
"Aquilo? É de ferro fundido,
foi a forma que fez, não a mão.
Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro
então, corpo a corpo com ele,
domo-o, dobro-o, até o onde
quero.
O ferro fundido é sem luta
é só derramá-lo na forma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.
Existe a grande diferença
do ferro forjado ao fundido:
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.
Conhece a Giralda, em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro dos quatro jarros das esquinas?
Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra
língua.
Nada têm das flores de forma,
moldadas pelas das campinas.
Dou-lhe aqui humilde receita,
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.
Forjar: domar o ferro à força,
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor
Se flor parece a quem o diga.
--
(via [correio-de-luz], enviada por A. M Basílio)
--
Vou ficar por muitos anos ainda, até a morte ou depois!, com a lembrança da noite de ontem... foi sensacional! O poema acima seguirá direto para a postagem do PROgCult [http:// progcultblog.blogspot.com.br/]dessa
semana, bem como uma foto que tirei do evento. Cultura não é apenas
aquilo se vê, é também o que carregamos dentro de nós e enxergamos
quando mesmo estando de olhos fechados. GRANDE abraço!!! André Teixeira
Um poema que de cara me remeteu aos aspectos todos que (foi) (é) (está sendo) (vai ser) essa construção coletiva, o MANIFESTO - MANIFESTA!!!
Me ensinou o João Cabral que a história de uma cidade é como o ferro fundido e o ferro forjado da sua poesia, que segue abaixo para adoçar ainda mais esse 17 de março. SAÚDE!
"O ferrageiro de Carmona"
João Cabral de Melo Neto
Um ferrageiro de Carmona,
que me informava de um balcão:
"Aquilo? É de ferro fundido,
foi a forma que fez, não a mão.
Só trabalho em ferro forjado
que é quando se trabalha ferro
então, corpo a corpo com ele,
domo-o, dobro-o, até o onde
quero.
O ferro fundido é sem luta
é só derramá-lo na forma.
Não há nele a queda de braço
e o cara a cara de uma forja.
Existe a grande diferença
do ferro forjado ao fundido:
é uma distância tão enorme
que não pode medir-se a gritos.
Conhece a Giralda, em Sevilha?
De certo subiu lá em cima.
Reparou nas flores de ferro dos quatro jarros das esquinas?
Pois aquilo é ferro forjado.
Flores criadas numa outra
língua.
Nada têm das flores de forma,
moldadas pelas das campinas.
Dou-lhe aqui humilde receita,
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.
Forjar: domar o ferro à força,
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor
Se flor parece a quem o diga.
--
(via [correio-de-luz], enviada por A. M Basílio)
--
Vou ficar por muitos anos ainda, até a morte ou depois!, com a lembrança da noite de ontem... foi sensacional! O poema acima seguirá direto para a postagem do PROgCult [http://
Moçada, quero fazer um curto resumo de tudo que vivemos, especialmente ontem. Uso estas duas músicas: http://www.youtube.com/ watch?v=2OJTPZFLHfQ.
A outra música (que sou suspeito pra falar) mas tem sido referência
para tudo que vejo nessa geração de bandas que fazem a cena sergipana:
Dias Mágicos. https://soundcloud.com/ mariascombona/03-dias-m-gicos
Vamos lá!
Para ouvir mais ECOS, clique AQUIPara saber sobre as origens do movimento AQUI
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