Luanda Lima - Portal EBC15.03.2013 - 11h15 | Atualizado em 15.03.2013 - 11h45
Há 15 anos, se calava uma das vozes mais poderosas da música
brasileira: Tim Maia. Nascido como Sebastião Rodrigues Maia, o artista
que soube como ninguém mesclar brasilidade e soul music morreu em Niterói aos 55 anos, no dia 15 de março de 1998.
Carioca da gema, Tim Maia começou a carreira homenageando o bairro em que nasceu, a Tijuca, ao formar em 1956 o conjunto Os Tijucanos do Ritmo. Apesar da curta duração do grupo, a música já havia reservado lugar no destino de Tim, que, no ano seguinte, daria início ao The Sputniks.
Ainda na adolescência, o cantor foi viver nos Estados Unidos e recebeu influência definitiva do soul. Sua temporada em terras norte-americanas durou pouco: no início dos anos 1960, ele foi preso por furto e posse de drogas, o que motivou sua deportação para o Brasil.
A dependência de álcool e drogas se tornaria um personagem importante em sua biografia. Muitas das apresentações de Tim Maia são lembradas pelo estado alterado com que o cantor subia ao palco. Em diversas ocasiões, o artista sequer aparecia para cantar. Contrastavam com esses excessos, no entanto, o bom humor e a sensibilidade de suas letras.
Passe o mouse sobre a imagem para saber mais sobre a história de Tim Maia nos programas da TV Brasil. AQUI
Em 1968, Tim Maia produziu o álbum A Onda é o Boogaloo, do cantor Eduardo Araújo, um dos representantes da Jovem Guarda. O sucesso veio quando Roberto Carlos gravou uma canção sua - Não Vou Ficar - no mesmo ano, quando também foi lançado o primeiro trabalho solo de Tim, um compacto que trazia duas composições próprias: Meu País e Sentimento.
Em 1969, o artista lançou um compacto com What do You Want to Bet e These Are the Songs, que foi regravada em seguida por Elis Regina (num dueto com Tim) e incluída no álbum Em Pleno Verão, de Elis. Em 1970, explodiria em vendas o primeiro LP do cantor, Tim Maia, que trazia hits como Azul da Cor do Mar, Primavera e Eu Amo Você.
Na década de 1970, o cantor conheceu a controversa doutrina Cultura Racional e mergulhou nas ideias de seus livros-base, da série Universo em Desencanto. A influência foi explicitada nos dois volumes dos álbuns Tim Maia Racional, que traziam faixas como Imunização Racional, Bom Senso e O Caminho do Bem. Tim pediu o recolhimento dos discos ao se desiludir com a doutrina, mas já era tarde: as músicas desses álbuns seriam consideradas por muitos as melhores já lançadas pelo artista e os itens restantes se tornaram preciosidades disputadas por colecionadores.
Após a fase Racional e através das décadas de 1980 e 90, vieram mais sucessos, como Sossego; Você e Eu, Eu e Você (Juntinhos); Do Leme ao Pontal; Vale Tudo; O Descobridor dos Sete Mares e Me Dê Motivo. Em 2011, a história e a música de Tim Maia voltaram aos palcos com Tim Maia - Vale Tudo, o Musical, atraindo milhares de espectadores. O diretor Mauro Lima, de Meu Nome Não É Johnny (2008) e Reis e Ratos (2012), confirmou ao portal EBC que planeja levar a trajetória do artista também para o cinema. Se Tim Maia encontrou na música um sonho azul da cor do mar, envolveu nele um sem-número de admiradores, que mantêm sua obra em constante movimento.
Carioca da gema, Tim Maia começou a carreira homenageando o bairro em que nasceu, a Tijuca, ao formar em 1956 o conjunto Os Tijucanos do Ritmo. Apesar da curta duração do grupo, a música já havia reservado lugar no destino de Tim, que, no ano seguinte, daria início ao The Sputniks.
Ainda na adolescência, o cantor foi viver nos Estados Unidos e recebeu influência definitiva do soul. Sua temporada em terras norte-americanas durou pouco: no início dos anos 1960, ele foi preso por furto e posse de drogas, o que motivou sua deportação para o Brasil.
A dependência de álcool e drogas se tornaria um personagem importante em sua biografia. Muitas das apresentações de Tim Maia são lembradas pelo estado alterado com que o cantor subia ao palco. Em diversas ocasiões, o artista sequer aparecia para cantar. Contrastavam com esses excessos, no entanto, o bom humor e a sensibilidade de suas letras.
Passe o mouse sobre a imagem para saber mais sobre a história de Tim Maia nos programas da TV Brasil. AQUI
Em 1969, o artista lançou um compacto com What do You Want to Bet e These Are the Songs, que foi regravada em seguida por Elis Regina (num dueto com Tim) e incluída no álbum Em Pleno Verão, de Elis. Em 1970, explodiria em vendas o primeiro LP do cantor, Tim Maia, que trazia hits como Azul da Cor do Mar, Primavera e Eu Amo Você.
Na década de 1970, o cantor conheceu a controversa doutrina Cultura Racional e mergulhou nas ideias de seus livros-base, da série Universo em Desencanto. A influência foi explicitada nos dois volumes dos álbuns Tim Maia Racional, que traziam faixas como Imunização Racional, Bom Senso e O Caminho do Bem. Tim pediu o recolhimento dos discos ao se desiludir com a doutrina, mas já era tarde: as músicas desses álbuns seriam consideradas por muitos as melhores já lançadas pelo artista e os itens restantes se tornaram preciosidades disputadas por colecionadores.
Após a fase Racional e através das décadas de 1980 e 90, vieram mais sucessos, como Sossego; Você e Eu, Eu e Você (Juntinhos); Do Leme ao Pontal; Vale Tudo; O Descobridor dos Sete Mares e Me Dê Motivo. Em 2011, a história e a música de Tim Maia voltaram aos palcos com Tim Maia - Vale Tudo, o Musical, atraindo milhares de espectadores. O diretor Mauro Lima, de Meu Nome Não É Johnny (2008) e Reis e Ratos (2012), confirmou ao portal EBC que planeja levar a trajetória do artista também para o cinema. Se Tim Maia encontrou na música um sonho azul da cor do mar, envolveu nele um sem-número de admiradores, que mantêm sua obra em constante movimento.
- Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
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