No dia 14 de Janeiro, no Ponto de Cultura Teatro Commune/SP, entre às
18 e 20 horas, houve uma reunião de Pontos de Cultura com a Ministra
Marta Suplicy. A reunião foi articulada pela Frente Parlamentar Mista em
Defesa da Cultura, a pedido de um grupo de Pontos e Pontões de Cultura,
membros da Comissão Nacional e Paulista dos Pontos de Cultura, Fora do
Eixo, Agência Solano Trindade, Lab Cultura Viva, Fórum Nacional dos
Conselhos Estaduais de Cultura, ativistas, pesquisadores, artistas,
pedreiros e cidadãos amantes da Cultura Viva, com o objetivo de
apresentar o Programa Cultura Viva, o Plano de Mobilização da Lei
Cultura Viva, a mudança na gestão do programa e apresentação de
propostas e pautas descritas abaixo.
Pauta da reunião
- Abertura da reunião
- Histórico do Cultura Viva e seus estágios de gestão compartilhada do programa
- Histórico Cultura Viva com relação à gestão de Marta Suplicy
- Análise crítica sobre a metodologia do Redesenho
- Plano de mobilização para aprovação das ações para regulamentação da Lei Cultura Viva e o Vale Cultura
- Nossa Sede, Nossa Vida
- Ação Griô e Lei Griô
- Cultura Digital e as ações em redes de formação e comunicação
- Pontos de Mídia Livre e relação do Programa Cultura Viva e o Bolsa Familia
- Pontões de Cultura
- Pontinhos de Cultura e Cultura da Infância
- Economia Viva e Moedas Sociais dos Pontos de Cultura
- Cultura Viva Comunitária
- CEUs das Artes e Cultura Viva
- Circuito Cultural e Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura
- Cultura Viva x Burocracia
- Criação de Grupo de Trabalho
Leituras e Percepções dos presentes
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A Ministra compreendeu melhor o Programa ‘Cultura Viva’ ao longo do
debate e a importância do 3º Setor ter nova regulamentação dos
financiamentos e prestações de contas, diferenciando as Mega-Ongs e
Macro-Instituições das pequenas verbas usadas em projetos como os dos
Pontos de Cultura e tantos outros (que vão para além da ‘Cultura’
enquanto Arte, sendo também: ambientais, educacionais, sociais, entre
outras).
Até então, a Ministra via, lia e admirava o que tinha
escutado sobre "Pontos de Cultura"; mas agora entendeu que há todo um
conceito, uma política e um Programa chamado "CULTURA VIVA", que são
várias ações integradas a partir das práticas realizadas por e em
'Pontos de Cultura', e que já houve um esforço (através de inúmeros
editais) para integrar essas diferentes ações em uma somatória para o
Programa Cultura Viva (Ação Griô, Escola Viva, Agente Cultura Viva,
Pontões, Tuxáua, Pontinhos, Economia Viva, Asas, Interações Estéticas,
TEIAs, etc). A Ministra admitiu ainda ter muita dificuldade de
compreender todos estes termos, mas está atenta e aprendendo rápido!
Ficou claro que o Cultura Viva e os Pontos de Cultura podem ajudar o
MinC na gestão compartilhada, como nos casos de mudanças e adaptações de
Editais, através da atuação das Comissões e Grupos de Trabalho e até
mesmo a criação de novos editais a partir de demandas das redes que se
integram no ‘Cultura Viva’. Foram propostas tecnologias de
georeferenciamento e mapeamento feitas pelos próprios Pontos e Pontões
para mapear a rede dos Pontos e coletivos de cultura. A Ministra ouviu
referências a nomes importantes na história viva e presente do Programa:
“Gilberto Gil”, “Juca Ferreira”, “Célio Turino”, “Jandira Feghali”.
É preciso avançar na aprovação da Lei Cultura Viva, na regulamentação
inovadora das prestações de contra online (como se faz para o CNPq), do
uso do Cartão Corporativo e outras ideias. Os ponteiros mostraram que
vários problemas burocráticos que a Ministra apresentou podem ser
solucionados, como são, pela própria experiência e mobilização dos
pontos – como foi a portaria que permite 15% de gastos administrativos.
Os pontos têm muito a ensinar em gestão compartilhada com o Minc e a Lei
Cultura Viva também pode trazer em sua regulamentação vários destes
pontos. A proposta é CULTURA VIVA se contrapondo a BUROCRACIA MORTA
O descontentamento com as propostas para o Redesenho do Programa Cultura Viva, apresentado pelo IPEA(clique) ao MinC, ficou patente em todas as
intervenções, principalmente o discurso do IPEA sobre a sustentabilidade
usado para desqualificar a capacidade de gestão dos Pontos de Cultura
- o IPEA não analisou as dificuldades burocráticas para operar os
convênios do ponto de vista dos Pontos de Cultura, que foram reduzidos
ao estatuto de inadimplentes;
- A ideia de que os Pontos não
gerariam recursos próprios e não são "sustentáveis" norteou o redesenho
do IPEA que compara os Pontos com as atividades culturais tradicionais
(a industria cultural e outras atividades formais) que vivem da renúncia
fiscal, também dependendo de financiamento público e não são “mais
sustentáveis” que os Pontos.
- a proposta de redesenho do IPEA
partiu dessas premissas equivocadas, apontadas por todos os
participantes, por funcionarem como uma criminalização dos Pontos de
Cultura e redução da dimensão inovadora e viva da atividade cultural;
- os ponteiros conseguiram mostrar que o Programa é, pelo contrário,
altamente sustentável, exatamente porque mobiliza a potência da produção
e inovação cultural que já existe nos territórios. Os Pontos são ricos
de cultura e de vida, e são baratos, mesmo que não saibam fazer as
prestações de contas como as fazem as empreiteiras. Além de termos de
enfrentar juntos também o tema da anistia para certas situações
- A
Ministra compreendeu essas distorções apontadas e reiteradas ao longo do
debate que implicam antes numa reformulação da burocracia do Estado do
que numa criminalização dos agentes culturais
PROPOSTAS APRESENTADAS
Histórico do Cultura Viva e seus estágios de gestão compartilhada do programa
Depois da narrativa do histórico e apresentação de conceitos, foi
entregue para a Ministra os livros e revistas do Programa Cultura Viva.
Foi um momento muito importante, pois a Ministra disse que nunca havia
recebido nenhum material conceitual sobre o programa. Neste momento,
indicamos a ela a leitura http://issuu.com/teia2010/docs /culturaviva.
Histórico Cultura Viva com relação à gestão de Marta Suplicy
Foi recordado, que os princípios do Cultura Viva foram construídos
fortemente na Secretaria de Esportes do governo Marta Suplicy à frente
da Prefeitura de São Paulo, quando Célio Turino realizou o recreio nas
férias e outras ações. Foram entregues dois livros sobre este histórico
também produzidos em sua gestão.
Análise crítica sobre a metodologia e diagnóstico do Redesenho
O relatório do Redesenho apresentado pelo IPEA foi prioritariamente um
relato metodológico e técnico. O que há de teoria são princípios de
sistemas de gestão, abandonando os princípios teóricos e o conceito
antropológico e ampliado de Cultura que diferenciou o Programa Cultura
Viva. Esta parece ter sido a estratégia política do relatório: criar um
ambiente de crítica técnico-administrativa como forma de desqualificar o
conceito de Cultura originalmente proposto.
O Redesenho
originalmente era uma demanda para apontar as formas de fortalecimento
do Programa Cultura Viva e aprimoramento da gestão, mas acabou focando
apenas as dificuldades dos pontos com a burocracia, sem apontar soluções
do Estado que favorecessem os Pontos. Por exemplo, as formas múltiplas
de financiamento dos Pontos, não apenas por convênio, mas por contrato,
editais, prêmios, "cartão de crédito" entre outras soluções propostas
pelos Pontos.
O Redesenho deixou de fora ações estruturantes do
Programa Cultura Viva: Cultura Digital, Ação Griô, Pontos de Mídia
Livre, Pontinhos de Cultura, Matrizes Africanas, Povos de Terreiros, não
fazendo menção a essas ações ou mudando de nome sem uma justificativa
que não uma "descaracterização" do projeto original consensuado com os
Pontos de Cultura.
O Redesenho não aponta para o que poderia
ser um salto em escala do Programa com a universalização do Programa
Cultura Viva pensado como politica pública para toda a produção cultural
das bordas, com o sistema de auto-declaração de Pontos de Cultura, que
passam a ser reconhecidos, independente de terem ou não um convênio
ativo com o MinC.
O redesenho poderia ter sido feito em regime
de co-pesquisa com os Pontos de Cultura, que detém um enorme
conhecimento e expertise sobre as possibilidades e limites do Programa,
diminuindo as distorções e análises apresentadas.
Plano de mobilização para aprovação das ações para regulamentação da Lei Cultura Viva
- Compromisso do Ministério da Cultura para Aprovação e regulamentação da Lei Cultura Viva até dezembro de 2013.
- Criação imediata de um grupo de trabalho plural formado por
integrantes de diversas redes e movimentos, Secretaria Executiva do
MinC, Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura e outros
parlamentares, Conselho Consultivo da Frente, Comissão Nacional dos
Pontos de Cultura, Conselho Nacional de Políticas Culturais, Fórum
Nacional dos Conselhos Estaduais de Cultura, Redes dos Povos de Terreiro
e matriz africana, povos da floresta, entre outros, para acompanhamento
da tramitação da Lei no Congresso Nacional e construção dos mecanismos
de regulamentação da Lei Cultura Viva.
- Criação da plataforma de
autoregistro, em que todas as entidades de cultura comunitária, grupos
informais e coletivos possam depositar toda sua história, seus planos de
trabalho, aspirações, registros e prestações de contas. A servir de
base para a seleção de Pontos de Cultura, os contratos deverão ser
simplificados e firmados em agências da Caixa Econômica Federal, como
acontece com o financiamento da Casa Própria, em que mutuários finalizam
seus contratos na agência mais próxima. Ao firmar o contrato, o Ponto
de Cultura receberia um cartão, o Cartão Cultura Viva (como acontece com
os cartões para construção e reforma de moradia) e com esse cartão
pagaria suas despesas de modo que o próprio extrato do cartão seria a
prestação de contas. E todas as informações serão publicadas on-line na
plataforma do Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura.
- Garantir
que toda entidade de cultura, cultura comunitária, coletivo, grupo de
tradição oral e cultura popular, grupo estável artístico que, cadastrada
no Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura esteja apta para receber
recursos do vale cultura.
Ação Griô e Lei Griô
- Criação de
equipe de gestão na SCDC com pessoas selecionadas em consenso e
assessoria da gestão da Rede Ação Griô e comissão nacional dos griôs e
mestres para implementação da política nacional de transmissão oral em
consonância com a lei griô
- Encontro Nacional de avaliação e
replanejamento da Ação Griô produzido e coordenado pela Gestão da Rede
Ação Griô, coordenação da SCDC e comissão nacional dos griôs e mestres,
ressignificando o redesenho como projeto de continuidade com avanços
- Apoio ao processo e de tramitação da Lei Griô no congresso nacional
- Lançamento de edital de pontões da Rede Ação Griô
-Nossa Sede, Nossa Vida
Proposta de um programa de fomento e financiamento para manutenção e
aquisição de sedes para Pontos de Cultura, grupos, coletivos e demais
entidades culturais
- Promover a partir do Cadastro Nacional dos
Pontos de Cultura uma seleção pública de entidades de cultura
comunitária, coletivos, grupos de tradição oral e cultura popular,
grupos estáveis artísticos para seleção pública de financiamento de
compra de sedes próprias.
- Via Caixa Econômica Federal e BNDS com o
pagamento do financiamento feito por serviços prestados à sociedade
brasileira, como oficinas, cursos, circulação de filmes, espetáculos e
similares.
Cultura Digital e as ações em redes de formação e comunicação
- reativar e estruturar a ação Cultura Digital
- reativar os convênios dos pontões de Cultura Digital que tem identidade dentro da rede
- novos editais para Cultura Digital. Sendo: Pontões, prêmios,
comunicação, produções específicas e desenvolvimento de Software Livre
- fomentar ações de Cultura Digital inter-regiões, inter-Pontoes e ações em rede
Pontos de Mídia Livre e Pontos de Formação
- Retomar os Editais para Pontos de Mídia Livre
- Financiar ações de formação em Midia Livre e em Comunicação, Audiovisual, Cultura Digital
- Mapear as metodologias de formação nos diversos campos de domínio dos Pontos de Cultura
- Reconhecer os Pontos de Cultura e os Pontos de Midia como formadores,
podendo atuar em sinergia com experiiencias de formação livre e
autônoma, assim como nas Escolas, Setor de Extenção das Universidades,
Céu das Artes e no ensino formal
Programa Cultura Viva e Bolsa Família
Foi ponderado que se o Bolsa Família foi a maior política cultural do
governo Lula e a política dos Pontos foi a maior política social e
econômica da gestão do MinC e é com esse tipo de política cultural que
produz e transforma os valores que é possivel travar a batalha dos
próximos dez anos sobre a Nova Classe Média.
Pontões de Cultura
- Foi enfatizado a importância dos Pontões de Cultura como “hubs” que
articulam as ações de determinados segmentos e grupos de Pontos de
Cultura
- Foi proposto o pagamentos de todos os Pontões que estão parados e renovação dos convênios dos Pontões já aprovados
- Propôs-se a reformulação da função dos Pontões para que além de
articuladores das redes nacionais e locais de Pontos possam funcionar
apoiando a estruturação de novos Pontos e coletivos
Pontinhos de Cultura e Cultura da Infância
- retorno da Ação Pontinhos de Cultura ( e dessa nomenclatura) no Redesenho
- valorização das ações dos Pontos em sinergia com as Escolas tanto
levando as ações dos Pontos para dentro das Escolas, como trazendo os
estudantes e professores para ações nos Pontos, como extensão e outro
modelo de Escola
Economia Viva e Moedas Sociais dos Pontos de Cultura
Foi falado da importância das moedas complementares nos Pontos de
Cultura e o fortalecimento das ações da "economia viva". Foi dado como
exemplo o trabalho da Agência Solano Trindade que criou um Banco e uma
moeda social ‘Solanos’ como tantos outros Pontos e coletivos que criam
moedas. Também se destacou a importância do Programa Cultura Viva para o
desenvolvimento da cultura periférica onde os coletivos e Pontos de
Cultura hoje são uma das poucas armas contra a cultura da violência e do
extermínio, apostando numa cultura de paz.
Cultura Viva Comunitária
Foi apresentado o histórico da plataforma Puente e o Cultura Viva
Comunitaria e lida a carta (transcrita abaixo) dos Organizadores do I
Congresso Cultura Viva Comunitaria que será realizado na Bolívia em maio
de 2013 destacando a importância do programa Cultura Viva Brasileiro
como referência para toda a latinoamérica.
“Estivemos aqui em
La Paz nos últimos 5 dias reunidos com diversos ministros do governo do
presidente Evo Morales, das áreas de educação, cultura e transparência, e
todos tem garantido seu empenho e participação ativa neste processo. As
redes de Cultura Viva do Brasil estão construindo a CARAVANA POR LA
PAZ, que promoverá a participação dos pontos de cultura brasileiros
neste Congresso, e que precisa do apoio e empenho deste ministério para
sua concretização, tanto através de recursos como na articulação com a
diplomacia cultural brasileira e com empresas estatais de nosso pais que
atuam fortemente na Bolívia.”
CEUs das Artes e Cultura Viva - Pontos de Formação
Foi destacado a importância de conectar o Céus das artes com o Circuito de Formação dos Pontos de Cultura
- Proposta de parceria entre Céu das Artes e experiências de formação
que pode viabilizar esse projeto com custos baixos, sustentabilidade e
conteúdos diversificados.
- Foi criticada a proposta de construir um modelo único de Céus e a proposta do PAC da Cultura para qualquer lugar do Brasil.
- Foi proposto mapeamento de Pontos de Formação. Os pontos
desenvolveram e desenvolvem metodologias de formação, as mais diversas e
eficazes em diferentes áreas da cultura, arte, meio-ambiente, etc.
-
O que foi dito dos Céu das Artes vale ainda para a Secretaria de
Economia Criativa que não tem escala e meios para funcionar. Os Pontos
de Cultura já são Pontos de Economia Criativa.
Circuito Cultural e Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura
Foi enfatizado a necessidade de implementar um mecanismo de
autodeclaração para ampliação da rede dos Pontos de Cultura, estimular a
formação de circuitos culturais e cultura de redes. Destacou-se o
potencial e a capilaridade da rede de Pontos para aturarem como centros
de difusão e exibição da produção audiovisual do Brasil. Também foi
colocado que o MinC deveria se concentrar mais nos ativos gerados pelo
Cultura Viva até 2010 e não somente no passivo de pagamentos e déficits
para se visualizar de forma positiva e com a real importância as
inovações na gestão do Programa e da SCDC.
Cultura Viva x Burocracia - Análise da necessidade de romper paradigmas para manter o Programa Cultura Viva
O embate dos Pontos de Cultura com a burocracia do Estado (Lei 8.666,
convênios, etc.) foi um dos temas que atravessaram todas as falas e pode
ser resumido nessas citações de Marilena Chauí lidas no encontro. O
enfrentamento das dificuldades passa menos por decisões técnicas do que
por decisões políticas:
A revolução do Programa Cultura Viva
foi feita com parcos recursos, reduzido número de funcionários e ainda
tendo como herança a visão neo liberal do papel da cultura. Estes
entraves foram expressos, poéticamente, pelo Ministro Gilberto Gil ao
dizer: Considerando que “não bastasse a rigidez autoritária da
burocracia, a rotina e a repetição administrativa, no caso da cultura,
são visceralmente contrárias à atividade cultural, à sua lógica, ao seu
tempo, à sua oportunidade e ao seu sentido. Imagine-se, portanto, o que
há de suceder quando se traz para um órgão público a proposta de
Cidadania Cultural! Em uma única proposta política, dois antagonismos
com a burocracia: democracia e cultura.” (Marilena Chaui)
“Burocracia não é uma “máquina administrativa” e sim um sistema de poder
movido por gente, e no qual a vontade dos indivíduos-burocratas é mais
determinante e imperiosa do que as leis e os procedimentos. Os hábitos
burocráticos operam para manutenção de mando e poderes e não para a
proteção efetiva da coisa pública. Assim, sob a máscara da
impessoalidade racional (não louvada por Weber), imperam vontades
pessoais e personalizadas, que representam grupos e interesses
políticos, sociais e econômicos.” (Marilena Chaui)
Referência: Chauí, Marilena: Cidadania Cultural O direito à cultura. S.P Fundação Perseu Abramo. 2006. Pag. 76/77);
Criação de Grupo de Trabalho
A reunião encerrou com a proposta reiterada da criação imediata de um
Grupo de Trabalho formado por integrantes da Secretaria Executiva do
MinC, Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, Conselho Consultivo
da Frente, Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, Redes Culturais
brasileiras, Conselho Nacional de Políticas Culturais, Fórum Nacional
dos Conselhos Estaduais de Cultura, agentes culturais, para
acompanhamento e construção dos mecanismos de regulamentação da Lei
Cultura Viva.
Presentes
Augusto Marin - Teatro Commune e Ponto/SP
Patricia Ferraz - Ponto de Cultura COEPi / Pontão de Articulação da CNPdC (GO)
Márcio Caires - Presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Culturas - Ação Griô Nacional
Marcelo das Histórias - Pontão de Cultura Nina Griô da Ação Griô Nacional
Geo Britto - Centro de Teatro do Oprimido - CTO (RJ)/Comissão Nacional dos Pontos de Cultura
Jacqueline Baumgratz - Cia. Bola de Meia (SP)/Comissão Nacional dos Pontos de Cultura
Luzia Alves de Badé - Pontão Setecidades - Diadema (SP)
Marcos Pardim - Secretário de Cultura de Salto (SP)
Sérgio Bairon - Professor e Pesquisador em produção partilhada do conhecimento na ECA/USP
Ivana Bentes - Professora e diretora da Escola de Comunicação da
ECO/UFRJ, Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ e Lab Cultura Viva
Ana Lúcia Ribeiro - Professora e pesquisadora da UFG - coordenadora do
Ponto de Cultura Abrindo Janelas do Centro Eldorado dos Carajás (GO)
Giuseppe Cocco - Professor e pesquisador UFRJ / Rede Universidade Nômade
Daniel Marostegan - Pontão de Cultura Nós Digitais (São Carlos-SP) / Comissão Nacional dos Pontos de Cultura
BigNel- gestor e músico
Binho Perinotto - Ponto de Cultura Rio Claro Cidade Viva - Comissão Paulista dos Pontos de Cultura
Eneida Soller - Conselho de Entidades Culturais de São Paulo e Pontão Interações Estéticas (SP)
Mario Jefferson Leite Melo - FRENAVATEC/Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público (Taubaté/SP)
Adriano Paes Mauriz - Pombas Urbanas - SP/ Comissão Nacional dos Pontos de Cultura
Pablo Capilé - Fora do Eixo
Antônio Martins - Pontão de Cultura Laboratório de Mídia Livre (SP)
Felipe Altenfelder - Fora do Eixo
Renato Fabbri - LabMacambira (São Carlos/SP) Cultura Digital
Marisa Greeb - psicodramatista
Daniela Greeb
Cida Davoli - psicodramatista
Michelle Gabriel - atriz e gestora da Teatro Commune
Elcio Nogueira - ator
Damásio Bottina - gestor e ponto
Rafael Ortiz - gestor e ponto
Fabiana Ortiz do Nascimento
Manoel Silva de Carvalho
André Kuchar
Diogo Gomes - Rede de Cineclubes
Eduardo Paes Aguiar Barbosa - Rede de Cineclubes
Adriano Mauriz - Ator e Comissão Nacional e Paulista dos Pontos de Cultura
Manoel Mesquista - Diretor e Ponto
Priscila Nicolich - Gestora e Ponto
Antônio Carlos Pedro - gestor
Sonia Kavantan - produtora cultural
Alessandro Azevedo - Ator e Ponto
Roni Lima - Gestor e Ponto
Imara Reis - atriz e diretora
Tony Venturi - Cineasta
Heloisa Andersen - produtora cultural
Daniella Pinheiro - produtora cultural
Patricia Ultra - artista plástica
Paulo Dias - Cachoeira
Pedro Moradei - Pontão Caipira São Luiz do Paraitinga
Jurandy Valença - Instituto Hilda Hilst
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Congresso reunirá experiências de cultura viva comunitária da América Latina
Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
De 17 a 21 de
maio deste ano, a Plataforma Ponte Cultura Viva promoverá na capital da
Bolívia, La Paz, o I Congresso
Latino-americano Cultura Viva Comunitária, que traz como tema "Cultura,
descolonização e bem viver”. Devem participar do evento organizações comunitárias
que exercem expressões artísticas e culturais de base, dos 21 países da América
Latina.
De acordo o site
da Plataforma, o objetivo é propiciar o intercâmbio e a articulação entre
experiências e redes da Cultura Viva Comunitária latino-americana e fortalecer
iniciativas legislativas e de políticas públicas relacionadas ao sustento e
reconhecimentos das experiências culturais comunitárias.
O evento também
pretende dar maior visibilidade para o desenvolvimento das atividades
realizadas por experiências culturais comunitárias de toda a América Latina, em
suas diversas expressões e dimensões sociais, educativas, econômicas e
estéticas. A expectativa é que o Congresso avance nas formas de organizações
sociais e valorizem o conceito de "Bem Viver” como eixo de articulação pública,
comunitária e estatal.
Em uma
programação prévia, se preveem atividades como Feira Pública de Experiências,
seminários e oficinas que devem debater sobre "Arte para a transformação
social”, "Comunicação” e "Políticas Públicas”, Acampamento Juvenil da Cultura
Viva Comunitária e Marcha pela Diversidade Cultural. Além disso, também deve se
realizar uma campanha continental pela Cultura Viva Comunitária, com foco em
experiências e ações públicas.
Através do
processo de Educação e Comunicação Popular, a Plataforma promoverá a realização
de Caravanas que por meio de ônibus e caminhonetes levarão a arte de rua para
fazer intervenções em praças e outros espaços públicos.
Plataforma Cultura Viva Comunitária
A Plataforma
Ponte Cultura Viva Comunitária é uma proposta de diálogos entre o poder público
e a sociedade civil sobre políticas de arte e cultura, arte e transformação
social, arte como meio de educação, saúde e comunicação, entre outros,
caracterizando-se como um espaço para pensar e contribuir com política pública
de cultura viva comunitária.
De acordo com
informações do site Cultura Viva Comunitária, na América Latina existem cerca
de 120 mil experiências e organizações sociais de base que promovem este tipo
de expressão cultural. São experiências que nascem da resistência e buscam
superar as exclusões sociais através da cultura comunitária. Os coletivos são
os mais variados: arte de rua, grupos de hip-hop, produção audiovisual, centros
culturais, bibliotecas populares, resgate de práticas ancestrais, entre outros.
Para mais
informações, acesse: http://culturavivacomunitaria.org/cv/
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