domingo, 18 de fevereiro de 2024

Aracaju está entre ‘a vez mulheres’ e o perigo da falsa quebra de paradigma. Por Narcizo Machado

 

Ao longo dos seus 169 anos, que se completarão no próximo dia 17 de março, Aracaju nunca foi administrada por uma mulher. Até agora, não disse nenhuma novidade. Mas há uma, e a novidade do momento é a sanha dos homens que não possuem chances de vencer, adotando a tática de colocar mulheres como pré-candidatas para chegar ao poder.

Não preciso alertar, as mulheres sabem que se não fossem as pesquisas apontando uma líder e outras muito bem posicionadas, os partidos não estariam abrindo espaço para essa possível quebra de paradigma.

O jogo é bruto. As que efetivamente são empoderadas estão corretíssimas em aproveitar o momento, é uma oportunidade histórica, mas não concordo com o clima de ‘é agora ou nunca’. Em 1996, Maria do Carmo quase chega ao segundo turno. Em 2004, Susana Azevedo cumpriu tarefa importante na oposição. Nas eleições de 2016 e 2020, Eliane Aquino e Katarina Feitoza tiveram preponderante participação nas vitórias de Edvaldo Nogueira. Além de outras personagens como Vera Lúcia no PSTU. A força da mulher cresceu na política, apesar da ainda diminuta representação nos espaços de poder. E vai crescer ainda mais.

Chegou a vez de uma mulher ser a gestora? Acredito que nunca esteve tão próximo. Mas volto a crítica de semanas atrás. E Aracaju? Independente do gênero, é preciso olhar para a discussão que efetivamente importa. Onde a cidade fica nesse debate? Qual a discussão principal que afetará a sua vida, meu caro leitor e minha cara leitora?

Só o fato de ter uma mulher no comando nos garante que teremos um desenvolvimento melhor do que o visto nos últimos anos? Todos os problemas que a cidade enfrenta serão resolvidos num passe de mágica com o toque feminino?

Nas peças de marketing, talvez sim, mas a depender da mulher eleita, por trás dela pode ter um modelo de gestão não apropriado para nosso crescimento e, mais ainda, um grupo de homens que comandam tudo com forte poder econômico.

Seria uma espécie de falsa quebra de paradigma. Elege-se uma mulher, mas ela não governa efetivamente.

O debate precisa ser muito mais sobre a cidade. Modelo de gestão, participação popular, humanização do atendimento público, sistema de transporte e mobilidade, urbanização democrática, menos leniência com a especulação imobiliária, o destravamento do Plano Diretor, que é fato vergonhoso. Enfim, muitas são as pauta a serem enfrentadas.

Quem vai dar o pontapé nessa ação de debates? Estou falando em debate verdadeiro, não em eventos para cadastro de pessoas e construção de lista de contatos e coleta de sugestão. Quem tiver a iniciativa marcará ponto com os eleitores mais conscientes.

O texto acima é a parte introdutória da coluna "Domingueira" do jornalista e radialista Narcizo Machado.

Está sendo trazido para este blog com a tag "análise de conjuntura" porque o autor dá conta de apresentar o perigo que o editor deste blog, e ás vezes redator, percebe com0 o mais provável resultado das eleições de 2024, e isso infelizmente independe da escolha de quaisquer um dos nomes que estão bem colocados nas pesquisas

O perigo são as decisões dos destinos de nossa cidade prosseguir com um padrão conceitual baseado nas premissas de um desenvolvimento - concentrador, excludente e predatório - o que caracteriza a realidade da maioria das cidades brasileiros, em maior ou em menor grau.

Como aqui tratamos de cultura em primeiro lugar, e mesmo com noticias relacionadas a análise de conjuntura, sempre trazemos canções, filmes, poesias e imagens relacionadas ao tema, a primeira canção, Bete Balanço, merece atenção especial da parte das candidatas bem posicionada nas pesquisas e principalmente as mulheres eleitoras e também dos homens eleitores e/ou candidatos.

"O teu futuro é duvidoso, eu vejo grana, (e como....) e dor."

A continuidade da coluna  domingueira apresenta mais detalhes sobre a derrama de dinheiro que confirma o futuro "duvidoso" ou "liquido e certo"  de nossa cidade, se as urnas confirmarem o quadro atual das pesquisas, incluindo vereadores..

https://fanf1.com.br/2024/02/18/aracaju-esta-entre-a-vez-mulheres-e-o-perigo-da-falsa-quebra-de-paradigma/

Descrição da foto

 Montagem de Aracaju.  2020.  Autor Heitor Carvalho Jorge

Fonte Wikipédia

Arquivo:Ponte tobias barreto2.jpg

Arquivo:Farol de Sergipe.jpg

Arquivo:Parque Teófilo Dantas.jpg

Arquivo:Arcos da Orla - Aracaju - Sergipe - panorama (2).jpg

Arquivo:Palmeiras Imperiais da Praça Fausto Cardoso (2).jpg

Arquivo:Curva da Avenida Beira Mar Aracaju.jpg

Arquivo:Skyline de Aracaju com o Rio Sergipe.jpg

Aracaju nos seus 150 anos e a cultura que fica

Zezito de Oliveira
Em todos os anos, durante o mês de março, é elaborada uma vasta programação para comemorar o aniversário da cidade. No ano de 2005, quando foram comemorados os 150 anos, publicamos no jornal Cinform o presente artigo.

Para resumir o motivo pelo qual o texto está sendo reeditado na íntegra, aqui no Overmundo, podemos lembrar da frase de uma composição do Legião Urbana: “Mudaram as estações e nada (ou quase nada) mudou” na área da ação cultural transformadora e inclusiva.

O que nos deixa perplexos é o fato de que a cidade, sendo governada desde o ano 2000 por uma aliança de partidos de esquerda, ainda não atendeu aos anseios de quem tanto esperou e espera do grupo.

Afinal, a expectativa era de que o segmento artístico/cultural fosse considerado prioridade no governo da mudança. Mas o que se percebe é que na área da cultura quase tudo está por fazer.

Esperamos que nos próximos aniversários, possamos registrar o melhor e mais duradouro presente, que são as políticas públicas de cultura à altura da importância que a área requer no atual momento histórico nacional mundial.

Enquanto isso não acontece, continuaremos como propõe o ditado popular jogando “água mole em pedra dura, que tanto bate até que fura.”

Esperamos que muito mais gente se some, para que nos transformemos em uma forte correnteza que provoque uma real mudança de atitude, muito além da retórica, por parte dos nossos companheiros e camaradas.

Leia mais: 




Samba do Arnesto - Viver Aracaju (Ao vivo Especial Dia Nacional do Samba)



Aracaju - Fi Barreto





















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