segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

SEM ANISTIA Bolsonaro pede anistia para golpistas, mas 81% do povo quer punição, diz pesquisa

https://revistaforum.com.br/politica/2024/2/25/bolsonaro-pede-anistia-para-golpistas-mas-81-do-povo-quer-punio-diz-pesquisa-154633.html

Fonte: Revista Fórum

Em seu discurso na turnê de despedida a seus seguidores hoje na Avenida Paulista, o ex-presidente Bolsonaro pediu anistia a todos os golpistas do 8 de janeiro, os homens de frente, que foram insuflados pela organização criminosa, comandada, segundo provas da PF, pelo próprio Bolsonaro.

"O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de vivermos em paz, não continuarmos sobressaltados. É, por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília" — disse.

Alguém imagina Bolsonaro preocupado com a prisão de alguém que não seja ele mesmo ou, talvez, seus filhos? O homem que zombou de gente morrendo por falta de oxigênio em Brasília, que mandou os que choravam seus mortos pela Covid "deixarem de mimimi", estaria agora preocupado com os golpistas condenados, muitos a mais de 17 anos de prisão?

Claro que não. A preocupação é por uma anistia geral, que fica escondida ali na oração anterior, onde ele fala em "passar uma borracha no passado".

Bolsonaro quer que os brasileiros passem uma borracha no passado e esqueçam os mais de 700 mil mortos por Covid, pelo incentivo a aglomerações, por ridicularizar o uso de máscaras, pelo atraso na compra de vacinas, pela propagação do uso de cloroquina, sabidamente ineficaz contra o coronavírus. Entre outros incontáveis crimes de que é acusado: prevaricação, corrupção, roubo de joias.

Mas, será que o povo brasileiro quer isso?

A 160ª Pesquisa CNT de Opinião, divulgada em 23 de janeiro passado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), informa que não.

Para a grande maioria dos brasileiros (81%), os envolvidos nos atos golpistas do oito de janeiro de 2023 devem ser punidos. Somente 14,8% da população defende que todos os participantes se mantenham impunes. [Correio Braziliense]

É melhor o ex-presidente, como o povo diz, "Jair se acostumando", deixar de mimimi e tratar de preparar sua defesa, em vez de ficar calado, usando o direito que os criminosos têm de não produzirem provas contra si mesmos.


31 de março ou 01 de abril pode ser melhor, antecedido por uma série de atos politicos e/ou culturais preparatórios a esta  lembrança, lembrança não apenas da derrota, como das diversas formas de luta e de resistência.  Causa espécie isso não estar sendo realizado na proporção que deveria. O que favorece a lógica do discurso de Bolsonaro na Av. Paulista.. "O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de vivermos em paz, não continuarmos sobressaltados. É, por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília" .

E esse filme já foi visto antes.....E é uma das razões responsáveis pela ascensão da extrema direita ao poder com Bolsonaro.
Zezito de Oliveira
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Chico Alencar - CONFISSÕES PÚBLICAS

A mancha amarelada na Paulista, ontem, revelou uma infecção no pulmão da nossa frágil democracia.
Afinal, defenderam lá, inclusive no microfone "bem comportado" (medo da prisão?), o golpismo no Brasil e a carnificina em Gaza. E, como sempre, desprezaram a separação Igreja-Estado vigente desde 1889: "este é o 'exército de Deus' nas ruas", orou dona Michelle. "Sofremos há anos porque exaltamos o nome do Senhor"- completou, sem pudor de manipular a boa fé da nossa gente.
Muitos CACs (Atiradores e Caçadores) e armamentistas estavam lá. E Malafaia, o patrono da manifestação, garantiu, aos gritos, depois de atacar o STF, que "não existe golpe sem arma, sem bomba". Esqueceu do explosivo armado para destruir e matar no aeroporto JK.
Calado na PF, Bozo soltou o verbo na Paulista. Desatualizado, repetiu seu pastor e disse que "não há golpe sem tanque na rua, conspiração e classes empresariais". Mas (ato falho) reconheceu a minuta golpista, de "Estado de Sítio ou de Defesa". Pediu, inusitadamente, clemência para os "pobres coitados presos" pelo 8 de janeiro e "borracha no passado". Completou: "agora entubamos essa minuta, só que qualquer intervenção teria que passar pelo Congresso". A tal minuta, na sua sala no PL, é irrefutável. Aliás, foram várias minutas!
Para o inelegível, tentativa de golpe e cogitar medidas contra o resultado das eleições não quer dizer nada. O capitão não engole a derrota até hj. É mais um autocrata.
Agora tentam minimizar o processo criminoso golpista e apelam por anistia. Não aceitaremos!
Queremos o aprofundamento final das investigações e a condenação de todos os culpados. Muitos estavam na Paulista.
Imagino que o mais simbólico dos participantes do ato contra a democracia - que só a democracia permite - seria um com a camisa amarela da seleção brasileira... e o número 2, de Daniel Alves, às costas.

adicionado em 27/02/2024



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