O enredo - “Golpe e Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito” - estava sendo preparado há quase 4 anos: perdendo o carnaval de 2022, iriam implantar Estado de Sítio, decretar Garantia de Lei e Ordem e impedir a posse da vencedora, a Acadêmicos da Democracia.
Estavam tramando o fim da alegria. Um tenente-coronel ajudante de ordens era o carnavalesco e detalhou tudo.
A ala mais agitada representava os acampamentos em frente aos quartéis, pedindo intervenção militar. Os comandantes das unidades davam a maior força, fornecendo água, comida e toda proteção.
As alegorias chamavam atenção: pneus, ETs, bíblias, tanques, fuzis reais e decorativos, até como prendedores de gravata...
A comissão de frente (do atraso) era composta por oficiais, ex-assessores e ex-ministros de governo. Portavam algemas e equipamentos de espionagem, surrupiados da Abin.
O carro alegórico mais badalado encenava a invasão dos prédios dos três poderes, com depredação, saque e vandalismo.
A bateria, atravessando, emitia acordes dissonantes, com seus tambores de guerra. Em vez de samba, marcha militar (ou fúnebre). No lugar das passistas, passos de ganso.
O presidente de honra da escola (com partido...) era um conhecido chefe político, calejado em cadeia. Exibia uma arma ilegal e uma pepita de ouro originária de garimpo igualmente ilícito.
A sede da agremiação tornara-se um barracão do crime, onde eram confeccionadas minutas e roteiros de golpe e costurados discursos de justificação.
Quando veio o resultado, não deu outra: o golpismo levou ZERO em todos os quesitos, incluindo Desarmonia e Involução.
A antiescola não vai mais desfilar: seus principais “patronos” estarão, em breve, na cadeia. Merecidamente.
A frágil República brasileira ainda desfila na passarela da História. Seu pulso ainda pulsa!
Não deixemos o samba morrer. Nem a democracia acabar.
(C.A.)
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