O governo Lula suspendeu todas as atividades organizadas e programadas pelo próprio governo com a finalidade de “descomemorar” o Golpe Cívil Militar de 1964.
Essa decisão não alterou a disposição dos movimentos que
defendem os Direitos Humanos, a luta pela Memória, Verdade e Justiça e muito
menos a deste movimento Geração 68 Sempre na Luta de não deixar passar “em
branco” esse período triste na história desse país.
Reafirmamos nossa disposição de mais uma vez exigir a
reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, encerrada pelo
nefasto ex presidente, o inelegível, nos últimos dias de seu mandato e mantemos
intacta nossa programação de vídeos, reportagens, posts nas redes sociais
denunciando os crimes contra a humanidade praticados nos períodos 1964 a 1985, 2019
a 2022 e a tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023.
Exigimos uma verdadeira Justiça de Transição e reafirmamos
que não é possível esquecer o passado para construir o futuro, já que ainda existem
mortos e desaparecidos e suas famílias precisam saber efetivamente o que se
passou no período e que se dê conta de seus corpos; existem torturadores a
responsabilizar por seus crimes contra a humanidade praticados naqueles períodos;
revisar os programas de formação de pessoal das forças armadas, onde impera a
exaltação de crimes praticados contra a humanidade, onde prevalece o espírito e
as doutrinas adotadas durante aqueles períodos e que são crescentemente
difundidos para a sociedade, já que continuam presentes no governo, nas igrejas
retrógradas e nas instituições, com especial destaque para os quartéis e
escolas cívico militares, onde se perpetuam e se defendem o ensino de “antigas
lições” na formação dos novos militares e de nossas futuras gerações.
Nós, do movimento Geração 68 Sempre na Luta, estamos muito
comprometidos em denunciar esses crimes e exigir Memória, Verdade, Justiça,
Reparação e Democracia. Nada nos impede de nos manifestarmos com veemência e
força nos próximos dias 23, 31/03 e 01 de abril, deixando bem claro que
queremos Justiça e paz para construir um país mais justo e igualitário.
Assim, nossa tarefa imediata é mobilizar o máximo de
defensores da causa democrática para as ações programadas em torno do 64+60.
Essa programação proposta por coletivos e movimentos, é extensa e devemos
divulgá-las, alardeá-las e, principalmente, encorpá-las.
É o que precisamos fazer. Nós iremos as ruas exigir atitudes
firmes para reparar esse passado e para lembrarmos a todos que momentos como
aqueles não devem mais ser reeditados nesse país.
Programação:
23/março- Dia Nacional de Luta, com manifestações em
todo o país
Ditadura e Tortura nunca mais!
31/março- São Paulo: 4ª Caminhada do Silêncio.
Concentração às 16h em frente ao prédio do antigo DOI CODI (rua Tutoia 901)
rumo ao Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Ibirapuera
Para que não se esqueça!
Para que não continue acontecendo.
1º/abril - Lançamento do livro: “60 anos do golpe: gerações em luta”, com
artigos de mais de 60 autores, publicação apoiada por alguns coletivos, entre
eles o Movimento Geração 68 Sempre na Luta;
Onde estivemos em 1964, e onde estamos em 2024? Para
eternizar os relatos de quem sofreu e foi perseguido naqueles períodos, para
que nunca mais ocorram.
1⁰/abril - Marcha pela Democracia. Caravana rumo a
Juiz de Fora, traçando o caminho inverso do realizado em 64 pelas tropas
golpistas que invadiram o Rio de Janeiro.
Ato com presença da família do Presidente João Goulart .
Não se esqueçam: Onde houver atos regionais, informem a
coordenação, de preferência com fotos das atividades para que se faça a mais
ampla divulgação.
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