A cultura sergipana foi a grande estrela da solenidade de
premiação simbólica do Edital Microprojetos Bacia do São Francisco,
realizada pela Fundação Nacional das Artes (Funarte), em parceria com a
Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Instituto Banese. Agentes
culturais e artistas sergipanos lotaram o auditório do Museu da Gente
Sergipana na manhã desta quinta-feira, dia 11, para prestigiar os
proponentes dos projetos contemplados que abrangeu 23 dos 27 municípios
que compõem a Bacia do São Francisco em Sergipe.
Seu Antônio, mestre do grupo Vila de Pífanos, de Capela, foi um dos
contemplados. Graças ao recurso de R$ 15 mil concedido pela Funarte
através do edital, a ideia de montar uma banda de pífano e fortalecer a
tradição popular de sua região, saiu do papel e se tornou o seu projeto
de vida. “agora vamos manter para sempre nosso grupo. O sentimento é que
não acabe nunca. Quando eu morrer tem os jovens aí pra tocarem em
frente. O ponta pé inicial já foi dado”, comemora Antonio.
Em Poço Redondo, a Fundação José Brandao de Castro, também utilizou o
recurso do edital para fortalecer a tradição do artesanato da região.
Marluce Falcão, coordenadora do projeto da ‘Grife Flor de Mandacaru’,
explica que a iniciativa foi muito importante para requalificar as
bordadeiras e artesãs do município a partir das oficinas de corte e
costura e designe realizadas dentro do projeto. Além disso, segundo ela,
o Edital de Microprojetos serviu de extensão das atividades do Ponto de
Cultura ‘Na Trilha do Sertão’.
Os resultados dos projetos contemplados como os de Marluce e Seu
Antonio, encantaram o presidente da Funarte, Antonio Grassi. “Fico muito
feliz em poder ter contato com toda essa riqueza cultural. Sergipe está
de parabéns, principalmente por ter se destacado nesta edição do
Microprojetos”, destaca o presidente da Funarte.
Para Grassi, através dos sessenta projetos sergipanos contemplados
pelo edital da Bacia do São Francisco, a Funarte conseguiu dar um
exemplo da amplitude da sua atuação. “É muito gratificante ver que
através do Rio São Francisco nós conseguimos proporcionar uma viagem
riquíssima cultural e artística”, enfatiza.
O êxito de Sergipe no edital é um reflexo do trabalho que vem sendo
desenvolvido pela Secult através de uma política cultural voltada para o
empoderamento do agentes culturais e artistas sergipanos. Para Eloísa
Galdino, o sucesso da representação de Sergipe no edital de
Microprojetos, “é resultado de uma política de cultura consistente que
vem sendo adotada no Governo de Sergipe e de um amadurecimento da classe
artística do Estado”.
Dentre as ações que contribuíram para que Sergipe tivesse destaque
neste e nos demais editais lançados pela Funarte, estão o Projeto Birô
Cultural e as oficinas realizadas em parceria com a própria Funarte e o
Sebrae. Para a secretária, esse trabalho é muito representativo, pois
“faz com que a ação do poder público chegue nas regiões mais
desfavorecidas produzindo mudanças significativas”.
Debate
Além da premiação simbólica do Edital de Microprojetos da Bacia do
São Francisco, esta quinta-feira, dia 11, foi marcada pela realização do
III Encontro Funarte de Políticas para as Artes, que abordou o tema
‘Diálogos, territórios e conjunturas’. O debate foi bastante
significativo no sentido de estreitar o diálogo entre as autoridades do
setor cultural e aqueles que tem promovido cultura no Estado.
Segundo o presidente da Funarte, Antonio Grassi, Sergipe foi
escolhido para receber o primeiro encontro de uma série que será
realizado ao longo do ano, por ser um dos Estados que tem se destacado
nacionalmente em termos de produção cultural na região Nordeste. Ele
aproveitou a oportunidade para apresentar as ações que vem sendo
desenvolvidas pela Fundação.
Durante o Encontro, a secretária Eloísa Galdino, reforçou o
compromisso da Secult com os agentes culturais e destacou que ainda há
muito por fazer. “No entanto, me orgulho de ter iniciado esse processo
de abertura de diálogo e ter produzido resultados significativos a
partir dessa interação entre o poder público e classe artista
sergipana”, afirmou.
Com a participação de gestores, produtores, autoridades e pesquisadores da área cultural, o evento abriu espaço para o debate sobre as políticas públicas e também para a apresentação de projetos bem-sucedidos em diferentes segmentos artísticos.
As discussões englobaram seis eixos temáticos: arte e tecnologia; fomento; artes e economia criativa; gestão de políticas culturais; arte e sustentabilidade; memória e preservação. A própria atuação da Funarte esteve em pauta com a análise de alguns dos programas realizados pela Instituição.
O livro Políticas para as Artes – prática e reflexão reúne textos, que apresentam a diversidade de linguagens e iniciativas no campo da arte e da gestão; palestras e relatos de experiências de boas práticas, como “Interação colaborativa em rede cultural na Amazônia”, de Deíze Almeida Botelho e Alexandre Silva dos Santos Filho; e “Ser Tão Teatro – Núcleo de pesquisa contínua e difusão das artes cênicas”, de Christina Streva.
Clique aqui para fazer o download
Mais informações
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro de Programas Integrados
cepin@funarte.gov.br
Telefones: (21) 2279-8080 / 2279-8082
“Políticas para as Artes – prática e reflexão” está disponível para download no portal da Funarte
Publicação reúne textos, palestras e exemplos de experiências bem-sucedidas, apresentados na primeira edição do Encontro Funarte de Políticas para as Artes
Publicado em 5 de abril de 2013 Imprimir Aumentar fonte
A Fundação Nacional de Artes – Funarte disponibiliza em seu portal o download do livro Políticas para as Artes – prática e reflexão.
A publicação tem como objetivo dar maior visibilidade aos debates e
reflexões realizados durante o I Encontro Funarte de Políticas para as
Artes, ocorrido em novembro de 2011.Com a participação de gestores, produtores, autoridades e pesquisadores da área cultural, o evento abriu espaço para o debate sobre as políticas públicas e também para a apresentação de projetos bem-sucedidos em diferentes segmentos artísticos.
As discussões englobaram seis eixos temáticos: arte e tecnologia; fomento; artes e economia criativa; gestão de políticas culturais; arte e sustentabilidade; memória e preservação. A própria atuação da Funarte esteve em pauta com a análise de alguns dos programas realizados pela Instituição.
O livro Políticas para as Artes – prática e reflexão reúne textos, que apresentam a diversidade de linguagens e iniciativas no campo da arte e da gestão; palestras e relatos de experiências de boas práticas, como “Interação colaborativa em rede cultural na Amazônia”, de Deíze Almeida Botelho e Alexandre Silva dos Santos Filho; e “Ser Tão Teatro – Núcleo de pesquisa contínua e difusão das artes cênicas”, de Christina Streva.
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