Amaral Cavalcante
Se for verdade que a Caixa Econômica Federal adquiriu o imóvel da
antiga Fábrica Sergipe Industrial, no Bairro Industrial, aqui em
Aracaju, tem motivos para foguetórios. Pode ser que agora, aquela
instituição centenária nos presenteie com um Centro Cultural, ou algo
semelhante aos espaços dedicados às atividades artísticas que ela mantém
em várias capitais brasileiras.
Recuso-me a acreditar que aquele
imóvel, tão significativo para a consolidação do processo industrial em
Sergipe e palco de momentos importantes na história do nosso operariado,
seja destinado à implosão para ceder lugar a um empreendimento
imobiliário, ou algo que o valha.
A cidade não aguenta mais isto.
Os imóveis residenciais que poderiam resguardar a feição arquitetônica
da cidade que vimos construindo há 148 anos e que representa a evolução
da vida privada entre nós estão sendo destruídos na calada da noite e
aparecem de manhã como novos estacionamentos, num cruel vilipêndio à
memória estética de Aracaju e aos mínimos princípios de preservação da
nossa história. O que faz o Conselho Estadual de Cultura que não propõe o
ordenamento disto?
Alguns dirão: - É a especulação
imobiliária, é assim mesmo! Não quero discutir aqui as graves e
intrincadas questões do uso do solo urbano, das conveniências da plena
cidadania e seus embates como poder econômico. Só digo que se trata da
cidade que queremos ter e da ação política dos governantes que, nós
mesmos, elegemos.
Mas como se trata da Caixa Econômica, uma
instituição que se pressupõe aliada ao progresso integral do povo
brasileiro, proponho:
Ali, na antiga Fábrica Sergipe
Industrial, ficaria bem uma oficina de formação e qualificação dos
artistas sergipanos. Laboratórios, galpões de aprimoramento,
instrumentos de experimentação e aprendizado, um local onde pudesse o
artista sergipano aprender e exercitar sua interação com o mundo, e,
principalmente, com o mercado.
Se for algo assim que a Caixa Econômica quer fazer ali, em nossa “Sergipe Industrial”, declaramos desde já apoio e gratidão.
Amaral Cavalcante
PS: Para ilustrar, publico o que diz em relatório/2011 a Caixa Econômica:
“Em 2011, a empresa destinou cerca de R$ 50 milhões a patrocínios
culturais – com R$ 34 milhões direcionados aos projetos aprovados nos
editais. A totalidade de recursos investidos pela CAIXA ao longo do ano
viabilizou a realização de mais de 100 exposições, 650 espetáculos de
teatro e dança e 140 espetáculos de música, alcançando público superior a
2 milhões de pessoas. Boa parte das atividades é desenvolvida nos cinco
espaços culturais mantidos pela CAIXA em Brasília, São Paulo, Curitiba,
Salvador e no Rio de Janeiro. Além do apoio a esses projetos, a empresa
administra ainda um acervo de 1.900 obras de arte, acessíveis à
população, por intermédio de exposições que percorrem regularmente todo o
país”
Leia também:
Casa lotada para assistir na noite deste sábado
(06/04) ao espetáculo “Flor da Macambira” no teatro Lourival Batista. AQUI
Amaral Cavalcante
Se for verdade que a Caixa Econômica Federal adquiriu o imóvel da
antiga Fábrica Sergipe Industrial, no Bairro Industrial, aqui em
Aracaju, tem motivos para foguetórios. Pode ser que agora, aquela
instituição centenária nos presenteie com um Centro Cultural, ou algo
semelhante aos espaços dedicados às atividades artísticas que ela mantém
em várias capitais brasileiras.
Recuso-me a acreditar que aquele imóvel, tão significativo para a consolidação do processo industrial em Sergipe e palco de momentos importantes na história do nosso operariado, seja destinado à implosão para ceder lugar a um empreendimento imobiliário, ou algo que o valha.
A cidade não aguenta mais isto.
Os imóveis residenciais que poderiam resguardar a feição arquitetônica da cidade que vimos construindo há 148 anos e que representa a evolução da vida privada entre nós estão sendo destruídos na calada da noite e aparecem de manhã como novos estacionamentos, num cruel vilipêndio à memória estética de Aracaju e aos mínimos princípios de preservação da nossa história. O que faz o Conselho Estadual de Cultura que não propõe o ordenamento disto?
Alguns dirão: - É a especulação imobiliária, é assim mesmo! Não quero discutir aqui as graves e intrincadas questões do uso do solo urbano, das conveniências da plena cidadania e seus embates como poder econômico. Só digo que se trata da cidade que queremos ter e da ação política dos governantes que, nós mesmos, elegemos.
Mas como se trata da Caixa Econômica, uma instituição que se pressupõe aliada ao progresso integral do povo brasileiro, proponho:
Ali, na antiga Fábrica Sergipe Industrial, ficaria bem uma oficina de formação e qualificação dos artistas sergipanos. Laboratórios, galpões de aprimoramento, instrumentos de experimentação e aprendizado, um local onde pudesse o artista sergipano aprender e exercitar sua interação com o mundo, e, principalmente, com o mercado.
Se for algo assim que a Caixa Econômica quer fazer ali, em nossa “Sergipe Industrial”, declaramos desde já apoio e gratidão.
Amaral Cavalcante
PS: Para ilustrar, publico o que diz em relatório/2011 a Caixa Econômica:
“Em 2011, a empresa destinou cerca de R$ 50 milhões a patrocínios culturais – com R$ 34 milhões direcionados aos projetos aprovados nos editais. A totalidade de recursos investidos pela CAIXA ao longo do ano viabilizou a realização de mais de 100 exposições, 650 espetáculos de teatro e dança e 140 espetáculos de música, alcançando público superior a 2 milhões de pessoas. Boa parte das atividades é desenvolvida nos cinco espaços culturais mantidos pela CAIXA em Brasília, São Paulo, Curitiba, Salvador e no Rio de Janeiro. Além do apoio a esses projetos, a empresa administra ainda um acervo de 1.900 obras de arte, acessíveis à população, por intermédio de exposições que percorrem regularmente todo o país”
Leia também:
Recuso-me a acreditar que aquele imóvel, tão significativo para a consolidação do processo industrial em Sergipe e palco de momentos importantes na história do nosso operariado, seja destinado à implosão para ceder lugar a um empreendimento imobiliário, ou algo que o valha.
A cidade não aguenta mais isto.
Os imóveis residenciais que poderiam resguardar a feição arquitetônica da cidade que vimos construindo há 148 anos e que representa a evolução da vida privada entre nós estão sendo destruídos na calada da noite e aparecem de manhã como novos estacionamentos, num cruel vilipêndio à memória estética de Aracaju e aos mínimos princípios de preservação da nossa história. O que faz o Conselho Estadual de Cultura que não propõe o ordenamento disto?
Alguns dirão: - É a especulação imobiliária, é assim mesmo! Não quero discutir aqui as graves e intrincadas questões do uso do solo urbano, das conveniências da plena cidadania e seus embates como poder econômico. Só digo que se trata da cidade que queremos ter e da ação política dos governantes que, nós mesmos, elegemos.
Mas como se trata da Caixa Econômica, uma instituição que se pressupõe aliada ao progresso integral do povo brasileiro, proponho:
Ali, na antiga Fábrica Sergipe Industrial, ficaria bem uma oficina de formação e qualificação dos artistas sergipanos. Laboratórios, galpões de aprimoramento, instrumentos de experimentação e aprendizado, um local onde pudesse o artista sergipano aprender e exercitar sua interação com o mundo, e, principalmente, com o mercado.
Se for algo assim que a Caixa Econômica quer fazer ali, em nossa “Sergipe Industrial”, declaramos desde já apoio e gratidão.
Amaral Cavalcante
PS: Para ilustrar, publico o que diz em relatório/2011 a Caixa Econômica:
“Em 2011, a empresa destinou cerca de R$ 50 milhões a patrocínios culturais – com R$ 34 milhões direcionados aos projetos aprovados nos editais. A totalidade de recursos investidos pela CAIXA ao longo do ano viabilizou a realização de mais de 100 exposições, 650 espetáculos de teatro e dança e 140 espetáculos de música, alcançando público superior a 2 milhões de pessoas. Boa parte das atividades é desenvolvida nos cinco espaços culturais mantidos pela CAIXA em Brasília, São Paulo, Curitiba, Salvador e no Rio de Janeiro. Além do apoio a esses projetos, a empresa administra ainda um acervo de 1.900 obras de arte, acessíveis à população, por intermédio de exposições que percorrem regularmente todo o país”
Leia também:
Casa lotada para assistir na noite deste sábado
(06/04) ao espetáculo “Flor da Macambira” no teatro Lourival Batista. AQUI
2 comentários:
Caro Amaral Cavalcante, vamos torcer para que a Caixa Econômica Federal faça desse espaço um local de formação e fomento cultural, mas não podemos esquecer que foi a CEF que comprou e demoliu um dos mais belos casarões de Aracaju para construir uma agência horrorosa sem nenhum valor arquitetônico, ali na esquina da Barão de Maruim com Itabaiana... É bom ficarmos atentos...
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