O local para a realização do Pré-caju foi o tema da Tribuna Livre da
Câmara Municipal (CMA), na tarde desta terça-feira, 16/4. O assunto foi
destacado pelo Fórum em Defesa
da Grande Aracaju que pontuou os transtornos causados pela prévia
carnavalesca que, atualmente, acontece na Avenida Beira Mar, no bairro
Treze de Julho. O Fórum defende que a festa seja realizada em outra área
que não prejudique a mobilidade urbana da cidade.
“Queremos dizer que o Fórum não é contra a realização da prévia.
Sabemos que o pré caju gera emprego, levando o nome de Sergipe além
fronteiras. Agora em relação ao mobilidade de Aracaju sabemos que sendo
realizado em uma das principais avenida da cidade, traz grandes
prejuízos.Foram realizadas duas enquetes nas quais a maioria das pessoas
foi contrári a realização da fprévia na Beira Mar, ”, declarou o
representante do Fórum em Defesa da grande Aracaju, José Firmo dos
Santos.
De acordo com José Firmo, é importante o debate entre os vários
setores envolvidos com a festa junto aos Poderes Legislativo e
Executivo de Aracaju para a revisão da Lei Municipal que regulamenta o
Pré-caju, na qual compete a Associação Sergipana de Blocos e Trios
(ASBT), organizar, normatizar, coordenar e realizar o pré-caju. “O
prefeito e os vereadores da época que essa lei foi criada até a última
não tiveram culpa porque não se discutia as questões de mobilidade
urbana, nem questões ambientais, de sonorização e da poluição visual. É
por isso que estamos insistindo em dizer que o diálogo é o melhor
caminho. Nós não somos o dono da verdade. Sabemos que Aracaju tem muita
área para a realização da festa. Por isso que o Fórum em Defesa de
Aracaju não está apresentando especificamente um local determinado para a
realização da festa,. Estamos aqui para dialogar e encontrar assim a
melhor proposta, junta aos vereadores e o Poder Executivo", disse
Firmo..
Ainda durante o debate, o cantor o Antonio Henrique, fez uma
exposição de um relatório de auditória do Tribunal de Contas da União,
sobre transferências voluntárias do Ministério do Turismo para a ASBT
Além de recursos públicos federais para pagamento de cachês em eventos
nos quais há também cobrança de ingressos e venda de camarotes, sem que
as arrecadações constem nas prestações de conta. “Agora quero falar como
pessoa, como cidadão. Quero falar da responsabilidade dos vereadores no
destino do cidadão. Vocês receberam da vida a oportunidade de decidir
uma coisa importante, aqui é uma Casa do Poder Legislativo. Aqui se tem
oportunidade de discutir a justiça preventiva. A missão dos vereadores é
uma missão extremamente importante. No que os parlamentares decidem
estão definindo que tipo de justiça social está sendo feita. Não se pode
deixar esquemas políticos tirar a liberdade das pessoas", disse
O presidente da CMA, Vinícius Porto (DEM), em seu aparte
defendeu a realização do Pré-Caju na Avenida Beira Mar, mas se colocou a
disposição para debater junto as entidades a melhor localização da
mesma. “Sou da geração Pré-Caju, que é uma festa popular de grande
proporção social. Agora estamos abertos ao diálogo com propostas que
sejam colocadas em pauta. Não estou aqui discutindo questões jurídicas
mas o local onde o pré-caju pode ser realizado, ”, enfatizou Vinícius.
Já Lucimara Passos (PCdoB) se manifestou contrária a realização da
festa no bairro Treze de Julho. “Primeiro toda atividade que o ser
humano desenvolve se mede um impacto, positivo e negativo. Quero dizer
que eu sou contra a realização do prévia nessa área, assim como muita
gente dessa cidade. A estrutura montada acaba prejudicando a população
de utilizar a ciclovia durante dois meses. Como fica o cidadão que tem
os seus direitos de ir e vir cerceado., questiona Lucimara.
Iran Barbosa (PT) também falou sobre a questão. “Quero falar dando
minha contra posição nesta festa que dá uma contribuição que não podemos
negar. O Pré-Caju já tem a sua história. Mas a questão aqui é discutir a
área de realização dessa festa. O que estamos discutindo aqui é o uso
do espaço público. Sabemos que para o trabalhador se locomover no local
da realização do pré caju é uma tragédia. Agora cada vereador tem a
obrigação de se debruçar sobre a questão da melhor forma de preservar
essa festa, dentro dos ditames estabelecidos na ordem determinada por
esta Casa. Parabenizo a iniciativa pelo que foi abordado aqui nesta Casa
e esta discussão terá continuidade para podermos aprofundar sobre quais
são as melhores alternativas para o funcionamento do
Pré-Caju..Precisamos garantir que a festa aconteça sem ferir os direitos
dos outros”, disse Iran.
Já Jailton Santana (PSC) defende a necessidade de debater o assunto
com outras entidades para que se possa definir o melhor local para a
realização dessa festa. " Entendo que a festa movimenta vários setores
da economia. Os hotéis ficam completamente lotados durante os dias de
realização da prévia.. Quero dizer que apóio o Pré-Caju desde quando
haja a participação de setores de segurança pública atestando o local da
realização da festa.É importante ampliar essa discussão para que
possamos ouvir todos os órgãos que auxiliam a realização dessa
festa”,disse Jailton..
Noticia abaixo acrescentada em 9 de junho de 2013
Diante do exposto, gostaria de saber, se já foi pensado na produção e publicação de um ranking, contendo o nome dos deputados federais e senadores que repassaram recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
Da nossa parte, reiteramos a necessidade da UFS colocar o conhecimento cientifico a disposição das questões que interessa a sociedade, como neste caso, estudando os impactos culturais, econômicos, sociais e ambientais do Pré Caju. Como essa sugestão, não quero provar de antemão quem está certo ou quem está errado. Mas, de uma coisa estou certo, opiniões de ambos os lados serão confirmadas e outras não e o debate com certeza será bem mais qualificado e a sociedade e os setores ligados aos poderes públicos realmente comprometidos com o bem estar da população, terão parâmetros mais racionais de discussão e decisão.
Noticia abaixo acrescentada em 9 de junho de 2013
PRÉ-CAJU – QUEM GANHA E QUEM
PERDE
Zezito de Oliveira
Zezito de Oliveira
Infelizmente, não pude ir ontem (17/04) a apresentação sobre
o Pré Caju na tribuna livre da Câmara Municipal de Aracaju, por motivos de
trabalho presencial no mesmo horário da tribuna livre (reunião com colegas
professores e reunião com adolescentes e educadora de dança do Ponto de Cultura
Juventude e Cidadania).
Como atuo
no campo da educação e da produção cultural
, me chamou a atenção a informação repassada pelo ativista Lizaldo Vieira de
que: “ mais de 13 milhões, dinheiro do povo, estão sendo usadas pela ASBT, no
Pré-Caju, uma festa privada.”
Diante do exposto, gostaria de saber, se já foi pensado na produção e publicação de um ranking, contendo o nome dos deputados federais e senadores que repassaram recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
Outro
aspecto que quero reiterar, a partir da leitura da matéria publicada no site da
Câmara Municipal sobre o acontecimento, ontem a tarde.
Não há
dificuldade de se obter consenso sobre os benefícios que o Pré-Caju traz para a
cidade, todavia, o que precisa ser mais discutido é a que preço e a que custo.
É preciso
discutir sobre a quantidade e qualidade destes benefícios, para a economia e
para a cultura sergipana, por exemplo, em termos de produção de abadás, fiquei
sabendo que o material, é todo produzido
na Bahia. Neste caso, poderia se condicionar o repasse de recursos públicos a
contrapartidas da inserção de mais empresas locais nas diversas etapas de produção
e consumo, assim como em um percentual mínimo da contratação de artistas
locais. A esse propósito, os setores artísticos
e empresariais ligados ao mercado da cultura baiana, são bastantes exigentes na contratação da prata da
casa, no caso de eventos artísticos realizado em Salvador.
Por outro
lado, é realmente um absurdo, o montante de repasse de recursos públicos para o
Pré-Caju, através de emendas parlamentares, em detrimento de eventos locais como os
festejos juninos da Rua São João, Festival de Arte de São Cristóvão e etc..
Da nossa parte, reiteramos a necessidade da UFS colocar o conhecimento cientifico a disposição das questões que interessa a sociedade, como neste caso, estudando os impactos culturais, econômicos, sociais e ambientais do Pré Caju. Como essa sugestão, não quero provar de antemão quem está certo ou quem está errado. Mas, de uma coisa estou certo, opiniões de ambos os lados serão confirmadas e outras não e o debate com certeza será bem mais qualificado e a sociedade e os setores ligados aos poderes públicos realmente comprometidos com o bem estar da população, terão parâmetros mais racionais de discussão e decisão.
Quando fazemos
esta solicitação, é porque vemos estatísticas
de benefícios e prejuízos bem mais evidentes e outras que ao sabor dos
interesses em jogo, embola o meio de campo da discussão, dizendo uma coisa,
quando na verdade significa outra coisa.
Além de chutes de todo tipo.
Fica a
dica, porque a continuar desse jeito, o jogo periga ficar cansado e
desinteressante.
O SERGIPANO NÃO PREVIA OS EFEITOS DA PRÉVIA AQUI
O SERGIPANO NÃO PREVIA OS EFEITOS DA PRÉVIA AQUI
As duas noticias abaixo acrescentada em 9 de junho de 2013
01/06/2013 06:21:47
Associação Comercial avalia Pré-caju após pesquisa
A pesquisa foi realizada pela Associação Comercial e Empresarial de
Sergipe (ACESE) após uma solicitação do Ministério Público de Sergipe e
apontou que 54,1% dos lojistas e empresários da região e adjacências
aprovam a permanência do Pré-Caju na Avenida Beira Mar.
Leia mais:
Na Câmara, Frente questiona Pré-Caju na avenida Beira Mar
Fonte: Blog Primeira Mão
O local para a realização do Pré-caju foi o tema da Tribuna Livre da Câmara Municipal (CMA), na tarde desta terça-feira, 16/4. O assunto foi destacado pelo Fórum em Defesa da Grande Aracaju que pontuou os transtornos causados pela prévia carnavalesca que, atualmente, acontece na Avenida Beira Mar, no bairro Treze de Julho. O Fórum defende que a festa seja realizada em outra área que não prejudique a mobilidade urbana da cidade. “Queremos dizer que o Fórum não é contra a realização da prévia. Sabemos que o pré caju gera emprego, levando o nome de Sergipe além fronteiras. Agora em relação ao mobilidade de Aracaju sabemos que sendo realizado em uma das principais avenida da cidade, traz grandes prejuízos.Foram realizadas duas enquetes nas quais a maioria das pessoas foi contrári a realização da fprévia na Beira Mar, ”, declarou o representante do Fórum em Defesa da grande Aracaju, José Firmo dos Santos. De acordo com José Firmo, é importante o debate entre os vários setores envolvidos com a festa junto aos Poderes Legislativo e Executivo de Aracaju para a revisão da Lei Municipal que regulamenta o Pré-caju, na qual compete a Associação Sergipana de Blocos e Trios (ASBT), organizar, normatizar, coordenar e realizar o pré-caju. “O prefeito e os vereadores da época que essa lei foi criada até a última não tiveram culpa porque não se discutia as questões de mobilidade urbana, nem questões ambientais, de sonorização e da poluição visual. É por isso que estamos insistindo em dizer que o diálogo é o melhor caminho. Nós não somos o dono da verdade. Sabemos que Aracaju tem muita área para a realização da festa. Por isso que o Fórum em Defesa de Aracaju não está apresentando especificamente um local determinado para a realização da festa,. Estamos aqui para dialogar e encontrar assim a melhor proposta, junta aos vereadores e o Poder Executivo", disse Firmo.
"O laudo pericial denunciava que a estrutura física da prévia estava comprometida. Os bombeiros fizeram todo o levantamento. Estranhamente, o Comandante do Corpo de Bombeiros, ainda assim, autorizou a realização da festa". A denúncia acima é o deputado estadual Capitão Samuel (PSL), na tribuna da Assembleia Legislativa, feita na tarde dessa segunda-feira (25). O parlamentar disse que o Ministério Público já tem conhecimento da denúncia e que o comandante dos Bombeiros tem um prazo de 30 dias para dar explicações.
Samuel iniciou seu pronunciamento já querendo saber que foi a autoridade pública de Sergipe que "passou por cima" da autoridade técnica e determinou a realização da festa. "Pelo relatório técnico, por exemplo, todos os camarotes da prévia estavam fora dos padrões exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Graças a Deus acabou não acontecendo nada! Havia o relatório técnico proibindo a realização da festa, mas uma ordem superior desconsiderou esse laudo e o poder econômico conseguiu realizar o evento".
Ao lembrar a tragédia da Boite Kiss em Santa Maria (RS), Samuel disse que "depois que acontece a tragédia, aí vão buscar os culpados que sempre são as autoridades que deixam de seguir o laudo técnico para fazerem o desejo da capital. O caso já está na mesa de três promotores de Justiça que já pediram explicações do Comandante do Corpo de Bombeiros no prazo de 30 dias".
O deputado finalizou denunciando que "tenho informações que nos últimos cinco anos, por exemplo, a prévia não apresentou a documentação necessária no planejamento de combate a incêndios e pânico. Esse ano apresentou. É força econômica ganhando da técnica. Isso é grave! Fico imaginando que ano passado, deu uma ventania e parte do camarote caiu. Já pensou se aquilo desaba na hora que um trio estivesse passando no corredor? Ainda bem que foi pelo dia! É tanto fio descascado que pode dar um choque geral lá dentro. As escadas não estão de acordo. E se tiver um pânico lá em cima?", questionou Samuel, encerrando o discurso querendo explicações do comandante do Corpo de Bombeiros sobre a autorização dada para a festa.
01/06/2013 06:21:47
Associação Comercial avalia Pré-caju após pesquisa
A
Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (ACESE) recebeu do
Ministério Público de Sergipe, no mês de fevereiro de 2013, ofício
solicitando informações da entidade sobre a realização do evento
denominado Pré Caju, sob a ótica dos lojistas e empresários da região e
adjacências.
Após
a solicitação, a ACESE firmou parceria com a W1emcampo para a
realização de uma pesquisa junto aos associados da ACESE, comerciantes
do entorno da citada festa, bem como com os responsáveis de Bares e
Restaurantes, Hotéis e Shoppings, capaz de obter informações sobre as
opiniões dos empresários estabelecidos nessa área, sobre o impacto que o
Pré-Caju provoca no comércio local e na economia, de forma a subsidiar a
resposta da ACESE junto ao Ministério Público de Sergipe.
A
pesquisa que ocorreu no período de 01 a 20 de abril analisou 268
entrevistas entre micro, pequenas e grandes empresas, dos diversos
segmentos. 13 de Julho,
Luzia, Coroa do Meio, Grageru, Jardins e Ponto Novo, foram os bairros
visitados onde os empresários retrataram opiniões. Os dados apontam que
39,6% dos estabelecimentos avaliados se queixam de transtornos causados
pelo evento quer seja de forma direta (22,8%) ou indireta (13,8%) mesmo
sendo visto como boa oportunidade de negócios (33,2%) ou de lazer
(30,2%). Os transtornos mais evidentes são aos estabelecimentos do
segmento de comércio varejista.
De
forma negativa, ficou demonstrado que os maiores transtornos causados
aos estabelecimentos seriam: Diminuição nas vendas (resultados
negativos); Transtornos causados no trânsito e na mobilidade urbana;
Fechamento de forma antecipada de ruas e estabelecimentos; Período por
demais prolongado; Aumento da violência urbana. De forma positiva foram
apontados: O aumento do número de turistas na cidade; Geração de emprego
e renda principalmente na atividade informal (comércio ambulante);
Maior fluxo de pessoas (clientes potenciais); Aumento no volume das
prestações de serviços; Maior taxa de ocupação nos hotéis; Melhor volume
de vendas de determinados produtos. Segundo dados, os mais
beneficiados, além dos integrantes da economia informal, são os
estabelecimentos dos segmentos de comércio e de serviços. Em sua maioria
empresas de pequeno e médio porte.
Segundo
o presidente da ACESE, Alexandre Porto, a festa deve se adequar ao
local, o que de acordo com ele, ocorre de forma contrária. “A ACESE
sugere algumas mudanças. O resultado da pesquisa serviu pra trazer
melhorias para o evento. Entre as nossas propostas estão à redução da
quantidade de dias da festa, reduzir um dia já ameniza o prejuízo e os
contratempos na área, o ponto facultativo é algo que também não apoiamos
e o fechamento das ruas com manilhas. Estas são algumas propostas que
devemos estudar para que o Pré-caju aconteça com menos transtornos para
todos.”, concluiu Porto.
Larissa Souza de Araújo
Pesquisa indica: Pré-Caju causa transtornos no trânsito e na mobilidade urbana
Fonte: Jornal de Sergipe
Reunião promovida pela ACESE nesta sexta-feira (24/05) |
Entre os entrevistados, 42,9% querem a mudança de local do Pré-Caju em
virtude dos transtornos e resultados negativos. A Orla de Atalaia foi o
local mais indicado pelos entrevistados.
Segundo os empresários, uma forma para evitar os transtornos e os
impactos causados à economia e a mobilidade urbana, entre as sugestões
estão: Evitar o fechamento antecipado das ruas; Evitar o fechamento
definitivo de algumas ruas; Evitar o fechamento antecipado de alguns
estabelecimentos; Realizar a mudança do horário do evento (começar mais
tarde); Acabar com a decretação do ponto facultativo durante o evento;
Diminuição de 01 (um) dia do evento; Utilizar mais o turno da noite para
a montagem e desmontagem das estruturas; Melhorias na organização do
trânsito e transportes públicos.
A pesquisa ocorreu no período de 01 a 20 de abril analisou 268
entrevistas entre micro, pequenas e grandes empresas, dos diversos
segmentos. 13 de Julho, Luzia, Coroa do Meio, Grageru, Jardins e Ponto
Novo, foram os bairros visitados onde os empresários retrataram
opiniões. 39,6% dos estabelecimentos avaliados se queixam de transtornos
causados pelo evento que seja de forma direta (22,8%) ou indireta
(13,8%) mesmo sendo visto como boa oportunidade de negócios (33,2%) ou
de lazer (30,2%).
Entre os pontos positivos na avaliação estão: O aumento do número
de turistas na cidade; Geração de emprego e renda principalmente na
atividade informal (comércio ambulante); Maior fluxo de pessoas
(clientes potenciais); Aumento no volume das prestações de serviços;
Maior taxa de ocupação nos hotéis; Melhor volume de vendas de
determinados produtos.
Entre os pontos negativos na avaliação estão: Diminuição nas
vendas (resultados negativos); Transtornos causados no trânsito e na
mobilidade urbana; Fechamento de forma antecipada de ruas e
estabelecimentos; Período por demais prolongado; Aumento da violência
urbana.
Com o resultado da pesquisa a Associação Comercial e Empresarial de
Sergipe (ACESE) avalia que o Pré-Caju causa uma série de transtornos a
uma parte significativa dos estabelecimentos empresarias avaliados.
Porém, não é visto como negativo ou prejudicial às atividades
empresariais, já que muitas empresas se beneficiam da festa de forma
direta como oportunidade de negócios ou indireta como uma opção de
lazer.
Segundo o presidente da ACESE, Alexandre Porto, entre as proposta da
ACESE estão: à redução da quantidade de dias da festa, o ponto
facultativo é algo que também não apoiamos e o fechamento das ruas com
manilhas.
O Pré-Caju e a mobilidade urbana
Paulo Victor Melo
Impedir a livre circulação significa negar o direito à cidade
A livre locomoção pelo espaço urbano é um direito garantido
constitucionalmente aos cidadãos brasileiros. O direito de ir e vir, de
transitar livremente a pé ou por algum veículo, é parte fundamental do
direito à cidade.
É esse direito que é negado a boa parte da população aracajuana por
mais de dois meses, período em que ocorrem a montagem, os dias de
festejo e a desmontagem de toda a estrutura da maior festa privada da
capital sergipana, o Pré-Caju. Ruas são interditadas, pontos de ônibus
desativados, ciclovias e calçadão fechados. Tudo isso durante os meses
de dezembro e fevereiro, época em que muitos trabalhadores estão de
férias e podem caminhar pelo calçadão durante o dia, momento em que
crianças e adolescentes estão sem aulas e podem aproveitar melhor a
ciclovia, ocasião em que turistas visitam Aracaju e desejam passear pela
cidade.
Afinal, nunca é demais lembrar que a Avenida Beira-Mar não é apenas o
local em que estão os maiores e mais caros prédios da capital sergipana.
A Beira-Mar não é somente o lugar onde vive boa parte da elite
aracajuana. A Beira-Mar é uma avenida central para a vida urbana em
Aracaju, é a principal via de ligação entre as regiões Norte e Sul da
capital, é uma importante conexão entre Aracaju e os outros municípios
da região metropolitana.
Por isso, impedir a livre circulação – por carro, bicicleta ou a pé –
pela Avenida Beira-Mar, durante dois meses, significa negar à população o
direito à cidade.
Esse é um assunto que vai e vem está em debate na sociedade e na agenda
política local, principalmente pelo Fórum em Defesa da Grande Aracaju
que, vocalizando um desejo de parte considerável da população,
reivindica a mudança de lugar de realização da festa.
Durante uma Tribuna Livre específica para discutir o tema na Câmara
Municipal essa semana, o vereador Vinícius Porto criticou o Fórum em
Defesa da Grande Aracaju por não apresentar uma nova proposta de local
para a festa. Será que o atual presidente da Câmara esqueceu que foi
eleito vereador, justamente, para discutir e, junto com a população,
encontrar soluções para os problemas da cidade?
Não é dever da população sozinha apontar as soluções para os problemas.
Essa é uma responsabilidade que deve ser compartilhada, de forma
democrática, entre poder público municipal (Executivo e Legislativo) e
sociedade.
Se entendesse dessa forma, o prefeito João Alves Filho faria bem em
reverter a decisão de ceder em 2014 a Avenida Beira-Mar por dois meses
para a Associação Sergipana de Blocos e Trios e convocar os órgãos
públicos e as entidades da sociedade interessadas no tema para debater o
local de realização da festa no próximo ano.
Por fim, acredito que discutir abertamente o local do Pré-Caju é
importante porque diz respeito à mobilidade urbana, mas outros aspectos
da festa também precisam ser discutidos a fundo pela população
aracajuana, principalmente a relação do evento com os músicos locais e a
cultura sergipana e a ausência de transparência sobre os recursos e
patrocínios públicos envolvidos no festejo. Esses temas serão,
certamente, tratados em outros momentos nessa coluna.
Jornalista, mestrando em Comunicação e Sociedade na Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência com jornalismo sindical, mídias públicas e políticas públicas de comunicação. Coordenador do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Leia mais:
Dossiê do Pré-Caju é protocolado no Ministério Público Estadual.
Na
manhã da última segunda-feira, 25/03, os membros do Fórum em Defesa da
Grande Aracaju entregaram no Ministério Público Estadual farta
documentação sobre a prévia carnavalesca conhecida como Pré-Caju. Ao
conjunto dos documentos os integrantes do Fórum deram o nome de Dossiê
do Pré-Caju.
Os documentos foram solicitados pelos
promotores Daniel Carneiro, Renê Erba e Jarbas Adelino Júnior e devem
servir para análise sobre a maior prévia carnavalesca do Brasil.
Além dos integrantes do Fórum,
compareceram artistas sergipanos, que se queixam da falta de espaço no
Pré-Caju. Os artistas estão organizados no Movimento Salve e se
integraram ao Fórum a fim de empreenderem a luta conjuntamente com o
Fórum.
Entre os documentos entregues pelo Fórum
estão notícias veiculadas nos jornais, blogs e sites locais; artigos;
editoriais; notícias de carnavais fora de época de outras cidades; leis;
petições; relatório do Tribunal de Contas da União sobre recursos
destinados à ASBT e rol de verbas recebidas pela ASBT do Ministério do
Turismo em 2010.
Depois da entrega dos documentos os
integrantes do Fórum e os artistas presentes saíram animados do MPE.
Para Tonico Saraiva, presidente da Associação Movimento Salve, agora é
esperar. “Fizemos a nossa parte entregando os documentos. Alguma coisa
boa deve sair daí.”, Disse.
Emanuel Rocha, membro do Fórum, acha que
com isso mais um passo foi dado. “O Fórum está fazendo a sua parte. Bom
seria que mais pessoas se juntassem a nós e demonstrassem a
insatisfação da população.”.
Entre as próximas atividades do Fórum
estão uma Tribuna Livre na Câmara Municipal de Aracaju e um debate no
auditório a ADUFS, na Universidade Federal de Sergipe.
Fórum em Defesa da Grande Aracaju
Na Câmara, Frente questiona Pré-Caju na avenida Beira Mar
Fonte: Blog Primeira Mão
O local para a realização do Pré-caju foi o tema da Tribuna Livre da Câmara Municipal (CMA), na tarde desta terça-feira, 16/4. O assunto foi destacado pelo Fórum em Defesa da Grande Aracaju que pontuou os transtornos causados pela prévia carnavalesca que, atualmente, acontece na Avenida Beira Mar, no bairro Treze de Julho. O Fórum defende que a festa seja realizada em outra área que não prejudique a mobilidade urbana da cidade. “Queremos dizer que o Fórum não é contra a realização da prévia. Sabemos que o pré caju gera emprego, levando o nome de Sergipe além fronteiras. Agora em relação ao mobilidade de Aracaju sabemos que sendo realizado em uma das principais avenida da cidade, traz grandes prejuízos.Foram realizadas duas enquetes nas quais a maioria das pessoas foi contrári a realização da fprévia na Beira Mar, ”, declarou o representante do Fórum em Defesa da grande Aracaju, José Firmo dos Santos. De acordo com José Firmo, é importante o debate entre os vários setores envolvidos com a festa junto aos Poderes Legislativo e Executivo de Aracaju para a revisão da Lei Municipal que regulamenta o Pré-caju, na qual compete a Associação Sergipana de Blocos e Trios (ASBT), organizar, normatizar, coordenar e realizar o pré-caju. “O prefeito e os vereadores da época que essa lei foi criada até a última não tiveram culpa porque não se discutia as questões de mobilidade urbana, nem questões ambientais, de sonorização e da poluição visual. É por isso que estamos insistindo em dizer que o diálogo é o melhor caminho. Nós não somos o dono da verdade. Sabemos que Aracaju tem muita área para a realização da festa. Por isso que o Fórum em Defesa de Aracaju não está apresentando especificamente um local determinado para a realização da festa,. Estamos aqui para dialogar e encontrar assim a melhor proposta, junta aos vereadores e o Poder Executivo", disse Firmo.
LEIA MAIS:
Noticia abaixo adicionada em 26 de abril de 2013 - Fonte site da CMA
Vereadores apóiam o Pré-Caju
Os vereadores da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) receberam na
tarde desta terça-feira, 23/4, o presidente da Associação Sergipana de
Blocos e Trios (ASBT), Lourival Mendes Oliveira. Na ocasião ele
apresentou aos vereadores questões que envolvem a realização da festa do
Pré-Caju.
Última atualização ( Qua, 24 de Abril de 2013 09:51 )
Para o presidente do Legislativo de Aracaju, Vinicius Porto (DEM) o
Pré-Caju além de movimentar a economia no Estado de Sergipe, gera
emprego e renda. “Aqueles que criticam o Pré-Caju, possam trazer a esta
Casa a melhor solução de um local para a realização da mesma. Agora eu
particularmente defendo que a festa continue sendo realizado na Treze de
Julho. Nós legítimos representantes do povo aracajuano somos favoráveis
a realização do Pré-Caju, seja ela realizada onde for”, defendeu
Vinicius.
Iran Barbosa (PT) também fez a sua colocação. “Eu vejo que não há
um sentimento de repulsa em relação a realização da prévia carnavalesca.
A sociedade já assimilou essa festa. É importante que se dialogue para
que através de debate algumas coisas fiquem esclarecidas. Acho que
independente do local que a festa se realiza existem algumas premissas
que precisam ficar bem esclarecidas. É importante definir papeis no que
compete aos entes públicos no que envolve bens públicos. Acho que o
debate não é para impedir a realização da festa mas de se chegar a um
consenso no sentido de que esta festa seja realizada sem prejudicar a um
ou a outro”, disse Iran.
Adriano Taxista diz que o Pré-Caju em si traz pontos positivos e
negativos. "Sabemos que a festa gera emprego e renda, movimentando o
mercado como um todo. Eu sugeriu que fosse colocados cavaletes e não
manilhas nas vias de acesso a avenida beira mar.", disse Adriano que
também defendeu a continuidade a festa.
“Se a população aceita isso é verdadeiro. Ouvi aqui de Lourival que
está aberto para discussão no sentido de se encontrar um local para a
realização da festa. Seria importante que fosse avaliado através de
pesquisa, junto com a população para que se chegue a um acordo logo”,
ressaltou Emerson Ferreira (PT).
Já Emília Corrêa (DEM), se preocupou com as questões ambientais no
atual local do Pré-Caju. “Quero contribuir com a discussão porque existe
uma preocupação com a área ambiental no local da realização do evento.
Existe de forma concreta e oficial estudos sobre as condições no local
onde a festa acontece. Mas que se procure encontrar um local mais
adequado, principalmente na questão da mobilidade urbana na área durante
a realização da festa”, falou Emília.
“Quero parabenizar a todos que realizam essa festa durante mais de
vinte anos. Eu percebo o quanto é difícil organizar uma festa desse
porte. Nós temos na beira mar diversas opções de chegar ao pré-caju.
Agora é necessário se ouvir os diversos segmentos envolvidos na
realização da festa, no sentido de se chegar ao melhor acordo para a
realização da mesma”, disse Max Prejuízo (PSB)
Lucas Aribé (PSB) falou da acessibilidade no local da festa. “O
Pré-Caju é uma festa que todos nós gostamos. Já tive a honra de poder
tocar no ano de 2004. Eu tenho um sonho que nós tenhamos de fato uma
cidade acessível. Porque acessibilidade não é apenas garantir que as
pessoas possam ter acesso apenas em alguns espaços. Mas que elas possam
se locomover nesses espaços. É importante que sejam respeitados o
direitos dos cidadãos com algum tipo de deficiência", falou Lucas.
“Quero parabenizar aos realizadores do Pré-Caju e dizer que é
importante se trazer críticas, mas que as soluções possam ser
apresentadas. Sou a favor que a festa permaneça na avenida beira mar,
por entender ser um local acessível para toda sociedade aracajuana”,
defendeu Anderson de Tuca (PRTB)
Emmanuel Nascimento (PT) leu uma Moção de Aplausos dos vereadores,
ao empresário Fabiano Oliveira, reconhecendo a importância da
realização do pré-caju. “Essa moção foi aprovada por unanimidade por
todos os colegas vereadores, confirmando a importância do pré-caju para o
estado de Sergipe. Agora sabemos que problemas existem e para isso é
importante buscar meios de se resolver esses problemas. Que o pré-caju
foi uma grande idéia isso é uma verdade que ninguém pode negar. Aracaju
não pode mais ficar sem esta festa, agora vamos escolher o melhor local
para a sua realização”, defendeu Emmanuel.
Dr. Agnaldo (PR) também defendeu a realização da festa. “É
importante essa discussão acerca desse tema. Agora tem coisas que
precisamos nos posicionar. Para mim não há um melhor lugar em Aracaju,
para a realização do pré-caju que não seja a beira mar. Muita gente foi
morar na treze de julho depois dessa festa. Sabemos que o pré-caju faz
parte da história de Aracaju, agora vamos discutir a melhor logística
para a organização e realização da mesma. Todos estão de parabéns pela
realização do Pré-Caju”, disse o vereador.
Robson Viana (PMDB) e Roberto Morais (PR) também opinaram. “O que
nós estamos tratando são questões da mobilidade urbana, segurança para
quem vai ao evento, logística de montagem da estrutura da festa. Agora
sabemos que tem uma vasta relação de vários segmentos que são
beneficiados durante a festa do Pré-Caju. Foi muito importante a
explanação da Lourival Oliveira”, destacou Robson. “Como pastor não
participo do pré-caju, agora quero parabenizar a todos porque a festa
leva o nome de Aracaju a nível nacional. Agora tem muita gente que pede
celeridade tanto na montagem quanto na desmontagem da etrutura no local
do Pré-Caju”, disse Roberto Morais.
Foto: Andressa Barreto
Noticia abaixo adicionada em 26 de abril de 2013 - Fonte site da CMA
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe - 25 de Março de 2013
Samuel denuncia que estrutura do Pré-Caju 2013 estava irregular
"O laudo pericial denunciava que a estrutura física da prévia estava comprometida. Os bombeiros fizeram todo o levantamento. Estranhamente, o Comandante do Corpo de Bombeiros, ainda assim, autorizou a realização da festa". A denúncia acima é o deputado estadual Capitão Samuel (PSL), na tribuna da Assembleia Legislativa, feita na tarde dessa segunda-feira (25). O parlamentar disse que o Ministério Público já tem conhecimento da denúncia e que o comandante dos Bombeiros tem um prazo de 30 dias para dar explicações.
Samuel iniciou seu pronunciamento já querendo saber que foi a autoridade pública de Sergipe que "passou por cima" da autoridade técnica e determinou a realização da festa. "Pelo relatório técnico, por exemplo, todos os camarotes da prévia estavam fora dos padrões exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Graças a Deus acabou não acontecendo nada! Havia o relatório técnico proibindo a realização da festa, mas uma ordem superior desconsiderou esse laudo e o poder econômico conseguiu realizar o evento".
Ao lembrar a tragédia da Boite Kiss em Santa Maria (RS), Samuel disse que "depois que acontece a tragédia, aí vão buscar os culpados que sempre são as autoridades que deixam de seguir o laudo técnico para fazerem o desejo da capital. O caso já está na mesa de três promotores de Justiça que já pediram explicações do Comandante do Corpo de Bombeiros no prazo de 30 dias".
O deputado finalizou denunciando que "tenho informações que nos últimos cinco anos, por exemplo, a prévia não apresentou a documentação necessária no planejamento de combate a incêndios e pânico. Esse ano apresentou. É força econômica ganhando da técnica. Isso é grave! Fico imaginando que ano passado, deu uma ventania e parte do camarote caiu. Já pensou se aquilo desaba na hora que um trio estivesse passando no corredor? Ainda bem que foi pelo dia! É tanto fio descascado que pode dar um choque geral lá dentro. As escadas não estão de acordo. E se tiver um pânico lá em cima?", questionou Samuel, encerrando o discurso querendo explicações do comandante do Corpo de Bombeiros sobre a autorização dada para a festa.
Autor: Habacuque Villacorte, da Agência Alese
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