Um bom debate sobre gestão pública compartilhada através
de parceria público estatal e público sociedade civil, participação cidadã e
transparência pública.
Depois de enviar quatro e-mails (05/fev, 03/mar, 11/mar e 26/mar) para a ASCOM da Secretaria de Cultura de Sergipe (Secult/SE) solicitando esclarecimento sobre a não reabertura do Cinema Vitória que estava marcado para o mês de dezembro de 2012 e publicar no facebook essa dificuldade de obter resposta é que Secult/SE respondeu fazendo um breve resumo do processo de reabertura do Cine Vitória:
“-
Todos os equipamentos foram comprados e empenhados. Houve um atraso na
licitação por se tratar de equipamento importado e cotado em dólar, o que gera
oscilação de preço e falta de fornecedores. Mas já foi tudo licitado e
empenhado.
-
Por se tratar de equipamentos importados, os fornecedores pediram prorrogação
do prazo de entrega, e outros equipamentos precisaram ser substituídos por
similares por já estarem com tecnologia defasada.
-
Precisamos, também, regularizar e atualizar o contrato com a Rua do Turista, já
que antes o contrato era com a Codise. Essa pendência já foi resolvida.
No
mais, estamos monitorando a montagem do equipamento e das poltronas para que,
em breve, a Casa Curta-SE assuma a gestão daquele espaço de audiovisual, sob
supervisão da Secult.”
No
dia 28 de março, respondi o e-mail com alguns questionamentos e mais de um mês
depois ainda não obtive nenhuma resposta da Secult/SE. Hoje mandei um novo
e-mail solicitando explicações pela não resposta. Eis o e-mail:
“Eu
fico muito chateado porque precisei ter que mandar 4 e-mails e depois do último
e-mail tornar público no facebook essa dificuldade para receber essas
informações.
Tenho
muita ciência da importância para Sergipe da reabertura do Cine Vitória, mas
gostaria de saber como está sendo o processo para que a Casa Curta-SE assuma a
gestão do espaço. Quero saber o fundamento legal para que isso ocorra. Como foi
feito esse processo? Por que a Secult precisa passar para a Casa Curta-SE a
gestão do Cine Vitória? Por que não a própria Secult gerir aquele espaço? Pelo
país temos alguns exemplos de cinemas administrados por Secretarias de Estado
da Cultura: o Cinema São Luiz em Recife é gerido pela Secretaria de Cultura de
Pernambuco, a Sala Walter da Silveira em Salvador é gerida pela Secretaria de
Cultura da Bahia, o Cine Brasília é gerido pela Secretaria de Cultura do
Distrito Federal, o Cine Cultura em Goiânia é gerido pela Secretaria de Cultura
de Goiás. Por que aqui precisamos repassar o nosso único cinema público para
uma ONG gerir?”
Espero
que agora que estou novamente tornando público a dificuldade de obter uma
resposta por parte da Secult eu possa ter meus questionamentos respondidos.
Fábio Rogério Sei que é muito chato ter que publicar essas coisas no
facebook, mas como já levei puxão de orelha de gestor da Secult que ao invés de
fazer questionamentos pelo facebook que eu deveria procurar os canais oficiais
e assim começei a fazer, mas diante do silêncio da Secult, volto a utilizar o
facebook para expor a dificuldade de resposta da Secult.
Fábio Rogério De acordo com o Artigo 33 da Lei Complementar nº 33 de 26 de
dezembro de 1996 que é o Código de Organização e de Procedimento da
Administração Pública do Estado de Sergipe da Atribuição de Prestação de
Serviços a Terceiros, o “O Estado poderá atribuir a prestação de serviços
públicos: I - a particulares, sob o regime de concessão ou de permissão, nos
termos previstos em lei, sempre, porém, através de licitação;”
Fábio Rogério O que eu lembro é que eles justificam passar a gestão do
Cine Vitória para a Casa Curta-SE pq a própria Secult/SE não tem pernas para
administrar as próprias unidades que já são quase 10 (não lembro o número) e
que foi a própria Casa Curta-SE que procurou a Secult para propor a gestão do
Cine Vitória que entraria como parte de um projeto que foi enviado/aprovado
pelo Minc.
Fábio Rogério Faço um questionamento de ordem
juridica que é saber qual o embasamento legal para que possa ocorrer essa
transferência de gestão do Cine Vitória do Estado de Sergipe para a Casa Curta-SE
e outro é de ordem política no sentindo da própria Secult/SE se ausentar/omitir
da gestão do Cine Vitória.
Maíra Ezequiel Isso aí que o Fábio falou. Faz MUITO tempo que esse lance
rola (de tentar revitalizar o cine vitória) e quem arregaçou as mangas pra
começar esse trabalho foi a Casa CurtaSE. Disso eu me lembro. E não foi pouco
trabalho. E a outra justificativa foi essa mesma que o Fábio falou. Não ter
material humano pra dar conta de mais um equipamento, e ainda um tão
específico. Vejam, não to defendendo que isso seja, justo ou democrático... não
to defendendo nada nem ninguém. Acho válida a discussão. Só pontuei que isso já
foi abordado publicamente várias vezes. E as vezes a sensação que dá é que,
agora que o negócio vai decolar todo mundo quer ser o pai da criança. Ninguém
imagina o vai e vem e o trabalho que isso deu. Mas, de novo, é legítimo o
questionamento de vocês. Só não é verdade dizer que isso nunca foi respondido.
Para entender melhor o debate:
30/08/2012 - 09:57
fonte: Portal Infonet
Cine Vitória será reaberto em dezembro
Sala Avenida Brasil será um espaço de formação
(Foto: Ascom Secult) |
A capital sergipana ganhará, ainda neste ano, mais um espaço de
entretenimento para a população. Trata-se da reabertura do Espaço Cine
Vitória, localizado na Rua do Turista (antiga Rua 24 Horas), onde
funcionará o projeto 'Sala Avenida Brasil'. O antigo cinema, que fica no
centro comercial de Aracaju, será estruturado com 130 lugares e
equipamento moderno de projeção digital. A expectativa do Governo de
Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e da Casa
Curta-SE, parceira neste projeto, é que esse espaço dedicado ao
audiovisual seja reaberto em dezembro.
Ao todo, serão investidos R$ 272.573,17 na aquisição de equipamentos e
na instalação dos mesmos. Desse total, R$ 218.058,54 foi fruto de
convênio firmado com o Ministério da Cultura (MinC) e R$ 54.514,63 são
provenientes do Governo de Sergipe. O processo de licitação para a
compra dos equipamentos já está em andamento e a previsão é que o espaço
comece a funcionar até o final deste ano.
Além de contar com recursos do MinC, a Secult firmou parceria com as
secretarias do Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) e do
Estado do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedetec) para
viabilização desse grande projeto que beneficiará a cena cultural
sergipana e a população como um todo.
Sala 'Avenida Brasil'
O espaço recebe esse nome por se tratar de um projeto do Pontão de
Cultura Digital Avenida Brasil, desenvolvido pela Casa Curta-SE, com
apoio do Ministério da Cultura. O Pontão desenvolve suas atividades
desde 2010 e tem como principal objetivo fortalecer a cultura digital,
através da capacitação de jovens e da disseminação de produções
audiovisuais.
"Escolhemos esse nome, pois Avenida Brasil é uma via que existe em
quase todas as capitais brasileiras e, para nós, é como se ela fosse um
meio virtual e imaginário de circulação e de troca de toda a produção
digital que circula no país", afirma a coordenadora do Pontão, Rosângela
Rocha.
Segundo ela, o projeto aprovado pelo MinC em 2010 já previa a
viabilização de um espaço para projeções. “Contamos com total apoio da
Secult, que abraçou a idéia e propôs que fizéssemos nossa sala de
projeção no Cine Vitória”, explica. O espaço está desativado e, com a
reforma da Antiga Rua 24 Horas, hoje Rua do Turista, precisava de uma
ação para reinseri-lo na vida cultural da capital.
“Essa será mais uma ação de democratização do acesso à cultura no nosso
Estado, com a exibição de filmes produzidos em âmbito nacional e
internacional a preços populares. No projeto, que será desenvolvido pelo
Pontão Avenida Brasil, as produções audiovisuais sergipanas também
serão contempladas, fortalecendo ainda mais essa área em ascensão no
Estado de Sergipe, através dos jovens produtores”, destaca a secretária
do Estado da Cultura, Eloísa Galdino.
Proposta
A Sala Avenida Brasil será um espaço de formação, difusão e
distribuição de conteúdo digital. Serão ofertadas oficinas para
estudantes da rede pública de ensino, contribuindo para a formação de
novos produtos audiovisuais no Estado. Além disso, o antigo espaço do
Cine Vitória voltará a fazer parte do circuito de exibição de filmes na
capital, surgindo como mais uma opção de lazer para os sergipanos.
Rosângela Rocha destaca que a sala não focará apenas na exibição de
produções do circuito alternativo ou filmes de arte. “Através de
parcerias com distribuidoras comerciais nós queremos levar para o espaço
filmes mais corriqueiros, que possam agradar a todos os gostos. A
proposta não é restringir. Nós queremos expandir o acesso”, destaca.
Comerciários, funcionários públicos, estudantes e toda a população que
freqüenta o centro comercial estão no foco do projeto. Como forma de
democratizar o acesso, os ingressos para as exibições serão vendidos a
preços populares. Ao todo, a Sala Avenida Brasil contará com 130
lugares, o que segundo Rosângela, coloca o espaço num patamar de sala de
médio porte, alcançando um público considerável com as exibições que
ocorrerão sempre nos turnos da tarde e noite.
O secretário adjunto Marcelo Rangel, que tem batalhado ao lado da
secretária Eloísa Galdino para reabrir o espaço, comenta que com a
reativação do Cine Vitória, Sergipe se alinha à política nacional de
criação de salas de pequeno e médio porte. “O surgimento de salas
digitais dessa dimensão é uma tendência em todo o país e tem sido uma
política do próprio Ministério da Cultura. Vale destacar ainda a
parceria que está sendo feita com a sociedade civil com o intuito de
inclusão e formação de platéia”, destaca.
Para a idealizadora do projeto, a reabertura do espaço do Cine Vitória
tem uma importância muito grande. “Não só para aqueles que freqüentam o
centro comercial, mas para todos os cidadãos, ter de volta um cinema de
rua que há muito tempo está desativado será um honra muito grande, além
de possibilitar o acesso democrático será mais uma opção para os amantes
da sétima arte”, ressalta Rosângela.
Fonte: Ascom Secult
Leia também:
Cinema Vitória
Fonte: Portfólio de Lygia Prudente
O
Cinema Vitória ficava no último trecho da Rua Itabaianinha, em Aracaju/
Sergipe, onde hoje é o prédio das Lojas Americanas. Dos cinemas do
centro foi o primeiro a fechar. Pertencia à Ação Solidária dos
Trabalhadores, Instituição ligada à Igreja Católica. Ela tinha mais dois
cinemas no Bairro Siqueira Campos. O Vitória era um dos maiores da
cidade, numa época em que era comum os cinemas possuírem mais de mil
lugares. As cadeiras desconfortáveis, eram todas de madeira, sem
estofamento algum e que faziam parte da anarquia dos jovens
freqüentadores, que ao baixarem os leves assentos para sentarem-se,
faziam com muita força, provocando o “bate-volta”, para causar grande
barulho. Isto provocava a expulsão do anarquista do cinema, quando
flagrado por policiais, cujas presenças às sessões, nesta época, era
comum. O teto da sala de espera do Vitória era todo ilustrado com
pinturas das logomarcas das companhias cinematográficas, como a
Universal, Metro, Colúmbia, Paramount e outras. Na sala de exibição
haviam seis grandes ventiladores, muito barulhentos, com hélices
parecidas com as de avião. Uma vez aconteceu da hélice de um deles topar
na grade de proteção, assustando a todos.
Dois filmes fizeram grande sucesso junto à família sergipana, no finzinho da década de 50: o clássico espanhol “Marcelino Pão e Vinho” (1955), com Pablito Calvo e a triologia SISSI, com a bela Romy Schnaider - Sissi (1955), Sissi, A Imperatriz (1956) e Sissi e seu Destino (1957). Épicos que foram sucessos de bilheteria em sua grande tela cinemascope: Spartacus (1960) com Kirk Douglas e Exodus (1960), com Paul Newman, com uma trilha sonora marcante. O Vitória exibia muitos faroestes, mas, dois clássicos do gênero ficaram na memória de todos, até pelas suas trilhas sonoras: Sete Homens e um Destino (1960), com Yul Braynner, e Três Homens em Conflito (1966), com Clint Eastwood. Logo depois que foi extinta a censura no Brasil, o Vitória passou a ter a qualificação dada pelo Órgão Censor de “Cinema Especial” e passou a exibir filmes que continham cenas de sexo explícito, como o Império dos Sentidos (1976), que gerou grande curiosidade e polêmica, ficando mais de um mês em exibição, fato inédito em Aracaju. Vinha gente de todo o interior do estado para assisti-lo. Outro, foi “Calígula” (1979), com Malcolm McDowell.
Dois filmes fizeram grande sucesso junto à família sergipana, no finzinho da década de 50: o clássico espanhol “Marcelino Pão e Vinho” (1955), com Pablito Calvo e a triologia SISSI, com a bela Romy Schnaider - Sissi (1955), Sissi, A Imperatriz (1956) e Sissi e seu Destino (1957). Épicos que foram sucessos de bilheteria em sua grande tela cinemascope: Spartacus (1960) com Kirk Douglas e Exodus (1960), com Paul Newman, com uma trilha sonora marcante. O Vitória exibia muitos faroestes, mas, dois clássicos do gênero ficaram na memória de todos, até pelas suas trilhas sonoras: Sete Homens e um Destino (1960), com Yul Braynner, e Três Homens em Conflito (1966), com Clint Eastwood. Logo depois que foi extinta a censura no Brasil, o Vitória passou a ter a qualificação dada pelo Órgão Censor de “Cinema Especial” e passou a exibir filmes que continham cenas de sexo explícito, como o Império dos Sentidos (1976), que gerou grande curiosidade e polêmica, ficando mais de um mês em exibição, fato inédito em Aracaju. Vinha gente de todo o interior do estado para assisti-lo. Outro, foi “Calígula” (1979), com Malcolm McDowell.
Grande êxito de público, também, foi o filme nacional “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976), com Sônia Braga.
Uma das companhias exclusivas do Cinema Vitória era a Condor Filmes, cuja vinheta de apresentação provocava uma anarquia entre os jovens e alguns adultos, que começavam em coro a fazer: xô, xô, xô, como se estivessem espantando o condor, que estava na imagem da tela, pousado, e logo alçaria vôo, desmanchando-se graficamente, transformando-se ao mesmo tempo na palavra apresenta, quando já se podia ver na tela os dizeres: Condor Filmes Apresenta. Na sessão da tarde, sabia-se do seu início, quando o funcionário começava a fechar as portas – e olha que era uma quantidade enorme de portas – as luzes da sala acendiam-se e logo sem seguida, ele subia a escadinha do lado direito do pequeno palco, para abrir, manualmente, a cortina. Neste momento um comercial da loja de discos “A Sugestiva”, era ouvido no auto-falante da tela. A sessão ia ter início. Já se podia ver a vinheta do cine jornal da Atlântida e, logo em seguida, a da Universal, ambas exclusivas do Cinema Vitória.
Uma das companhias exclusivas do Cinema Vitória era a Condor Filmes, cuja vinheta de apresentação provocava uma anarquia entre os jovens e alguns adultos, que começavam em coro a fazer: xô, xô, xô, como se estivessem espantando o condor, que estava na imagem da tela, pousado, e logo alçaria vôo, desmanchando-se graficamente, transformando-se ao mesmo tempo na palavra apresenta, quando já se podia ver na tela os dizeres: Condor Filmes Apresenta. Na sessão da tarde, sabia-se do seu início, quando o funcionário começava a fechar as portas – e olha que era uma quantidade enorme de portas – as luzes da sala acendiam-se e logo sem seguida, ele subia a escadinha do lado direito do pequeno palco, para abrir, manualmente, a cortina. Neste momento um comercial da loja de discos “A Sugestiva”, era ouvido no auto-falante da tela. A sessão ia ter início. Já se podia ver a vinheta do cine jornal da Atlântida e, logo em seguida, a da Universal, ambas exclusivas do Cinema Vitória.
Armando Maynard
Sala Avenida Brasil / Cine Vitória, Secult Sergipe e Aliança Francesa - Aju apresentam
Festival Varilux de Cinema Francês SE 2013
Fonte: Guia Cuca
Categoria: Cinema
Onde: Aracaju, SE
Quando: 10/05/2013 - 16/05/2013
Onde: Aracaju, SE
Quando: 10/05/2013 - 16/05/2013
Sobre o Evento
O Festival Varilux ocorre anualmente para o encontro entre o cinema francês e o público brasileiro, contando com a presença de importantes atores e cineastas franceses em debates, sempre com um tema atual. O evento exibe produções cinematográficas francesas dos mais variados gêneros, com filmes autorais, comerciais, infantis e documentários.Mais de 30 cidades recebem o evento, onde os amantes do cinema francês podem apreciar a sétima arte sob a visão dos filmes da França. O festival é considerado o primeiro com tamanha abrangência no Brasil.
Em 2013 o festival chega à 4ª edição, trazendo curtas, animações, filmes inéditos e clássicos às telas de projeção. A cidade de Aracaju recebe o evento.
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Programação do Evento
FilmesA Datilógrafa
Aconteceu em Saint-Tropez
Adeus, minha rainha
Além do Arco Íris
Amigos sinceros
Anos Incríveis
Camille Claudel 1915
Feito gente grande
Ferrugem e osso
O homem que ri
O menino da floresta
Os sabores do palácio
Pedalando com Molière
Prenda-me
Uma dama em Paris
PROGRAMAÇÃO COMPLETA em breve!
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