Marcelo Tas conversa com o poeta, escritor, agitador cultural, idealizador da Semana de Arte Moderna da Periferia e fundador da Cooperifa, Sérgio Vaz.
No bate-papo, ele conta sobre a interrupção do Sarau da Cooperifa; comenta como era a periferia há 40 anos e a mudança no comportamento dos jovens hoje; fala de poesia e muito mais.
Sérgio Vaz
Sérgio Vaz | |
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Nascimento | 26 de junho de 1964 (59 anos) Ladainha |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | Poeta e Produtor Cultural |
Género literário | Literatura Brasileira |
Sérgio Vaz (Ladainha, 26 de junho de 1964) é um poeta brasileiro[1][2].
Biografia
Mudou-se com a família para São Paulo aos 5 anos de idade. Mais tarde, estabeleceu-se em Taboão da Serra, na região metropolitana. Fundou em 2000 a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa). Também foi o criador do Sarau da Cooperifa, que semanalmente reúne cerca de 400 pessoas no Jardim Guarujá para ler e criar poesia[3].
Promoveu em 2007 a Semana de Arte Moderna da Periferia, inspirada na Semana de Arte Moderna de 1922. Criou outros eventos, como a Chuva de Livros; o Poesia no Ar, em que papeis com versos são amarrados a balões de gás e soltos no ar; e o A joelhaço, em que homens se ajoelham na rua para pedir perdão às mulheres no Dia Internacional da Mulher. Foi escolhido pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009[4][5][6]. Foi homenageado pela escola de samba Imperatriz do Samba, do primeiro grupo de Taboão da Serra, que apresentou o enredo Sergio Vaz, o poeta da periferia[7].
Seus primeiros livros foram edições independentes. Só veio a ser publicado por uma editora em 2007, quando a Global lançou Colecionador de Pedras.
Sérgio Vaz está entre os poetas brasileiros mais relevantes do século XXI numa lista liderada por nomes como Augusto Branco , Adélia Prado e Bruna Lombardi, conforme estudo que levou em consideração a propagação de sua obra tanto para o público em geral, quanto em sites especializados em literatura, trabalhos acadêmicos, e a referência aos seus textos em obras literárias de outros autores. [8]
Entrevistas
Em 2015, Sérgio forneceu uma entrevista ao Museu da Pessoa[9], onde dialoga sobre sua infância humilde e sobre ser o único em sua roda de amigos que lia livros.
Obras
- 1988 - Subindo a ladeira mora a noite (independente)
- 1991 - A margem do vento (independente)
- 1994 - Pensamentos vadios (independente)
- 2005 - A poesia dos deuses inferiores (independente)
- 2007 - Colecionador de Pedras (Global)
- 2008 - Cooperifa - Antropofagia Periférica (independente)
- 2011 - Literatura, pão e poesia (Global)
- 2016 - "Flores de Alvenaria " (Global)
- Oração dos Desesperados 2016
- 2023 - Flores da batalha (Global)
Prêmios
- 2011 - Trip Transformadores 2011
- 2010 - Orilaxé (Grupo Cultural AfroReggae)
- 2007 - Unicef
- 2011 - Prêmio Governador de São Paulo, categorias Inclusão Cultural e Destaque Cultural (Secretaria de Cultura de São Paulo)
- Prêmio Heróis Invisíveis (Gilberto Dimenstein)
- Prêmio Hutúz
Referências
- ↑ NASCIMENTO, Érica Peçanha do. Apontamentos sobre estética e política na Semana de Arte Moderna da Periferia. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, 28 a 31 de julho de 2009. Pág. 3
- ↑ Sérgio Vaz, o poeta viralata Arquivado em 17 de outubro de 2013, no Wayback Machine.. Nexjor - Laboratório experimental de jornalismo, 14 de agosto de 2013
- ↑ Sergio Vaz, um dos brasileiros mais influentes de 2009 Arquivado em 7 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Portal Literal, 15 de dezembro de 2009
- ↑ Voz da periferia, Sérgio Vaz é o convidado do Ofício da Palavra para a Semana de Museus Arquivado em 17 de outubro de 2013, no Wayback Machine.. Museu de Artes e Ofícios
- ↑ Revista Época escolhe Sérgio Vaz como um dos 100 mais influentes do país Arquivado em 17 de outubro de 2013, no Wayback Machine.. O Taboanense
- ↑ Sérgio Vaz: Sarau ajudou a criar identidade das pessoas com o bairro Arquivado em 12 de outubro de 2013, no Wayback Machine.. Vila Morumbi, 13 de abril de 2013
- ↑ Poeta Cidadão. Revista Personnalité, nº 17
- ↑ EuIdeal. «OS 10 POETAS MAIS RELEVANTES DO SÉCULO XXI». EuIdeal
- ↑ «A poesia como militância». Museu da Pessoa. 28 de maio de 2015. Consultado em 6 de novembro de 2023
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