sábado, 4 de maio de 2024

Prédio no Centro será demolido parcialmente. Aracaju antiga vai desaparecendo e nossa auto estima e sentido de pertencimento vai indo abaixo. Quem ganha com isso?

RAS de SÁ - Habitué em eventos culturais em Aracaju, em especial música e cinema, além de vendedor de livros e revistas HQ, publicou no facebook a foto acima com o comentário abaixo em 01 de Setembro de 2023.

"Se não me engano, essa é a casa onde nasceu e cresceu Manoel Bonfim. Hoje abriga muitos ratos e baratas. Qualquer dia desaba. Infelizmente esse espaço qualquer dia vai desabar ou ser demolido para se tornar mais um estacionamento como aconteceu com outros casarões antigos do centro de Aracaju."

 Em resposta Carlos Pronzato confirma o que muitos em Aracaju desconhece e  acrescenta uma boa sugestão.

"Exatamente, é a casa natal de "um dos maiores intelectuais brasileiros" como disse Darcy Ribeiro. No nosso documentário PORQUE NAO SE FALA EM MANOEL BOMFIM (2018/40 minutos) fica evidente esta afirmação e também, através do testemunho da ex deputada Ana Lúcia, discorremos sobre o abandono desse patrimônio, que deveria ser tombado, reformado e ser centro cultural."



em 3 maio, 2024 17:25

Em cumprimento a uma determinação judicial, a Prefeitura de Aracaju realizará no domingo, 5, a partir das 7h, a demolição parcial da estrutura do prédio A. Fonseca, situado na avenida Rio Branco, no bairro Centro.

A ação ocorre em atendimento à sentença emitida pelo juiz de Direito Dr. Anderson Clei Santos Rochão, em audiência na última quinta-feira (2) na 3ª Vara Cível, no Fórum Gumersindo Bessa. Para tanto, diversos órgãos municipais foram mobilizados e atuarão com todo o aparato necessário à execução da eliminação dos riscos existentes na edificação.

A Defesa Civil atuará com a parte técnica para orientação da demolição controlada; a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) com o maquinário e equipes para auxiliar na demolição; a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) fará o recolhimento de restos de construção civil que venham a cair na via; e a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) atuará na reordenação do trânsito. A Energisa também foi acionada para desligar temporariamente o fornecimento de energia na localidade, visando a segurança da operação.

“Desde 2017 a Defesa Civil de Aracaju acompanha o processo judicial com relação ao prédio denominado A. Fonseca, localizado na avenida Rio Branco, no Centro da capital. Na audiência do último dia 2 de maio, com base nas exposições de relatórios apresentados pela Defesa Civil sobre o risco de colapso de parte da estrutura, o juiz da 3ª Vara Cível  determinou que fosse feito o colapso parcial da estrutura, para eliminação do risco em sua integralidade, cabendo ao proprietário arcar com os custos dessa execução de demolição parcial como também da restauração de toda a fachada do prédio, posteriormente”, explica o secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado.

O secretário acrescenta que os órgãos foram mobilizados para que a ação seja a mais rápida possível. “Tão logo seja concluída a demolição parcial o trânsito será liberado e a energia elétrica restabelecida. A data e horário da demolição foram definidos visando reduzir impactos ao trânsito como também ao comércio da localidade”, destaca.



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Aracaju,  cada vez menos a  cidade do houvera e mais do haverá. Neste segundo caso mais gentrificada, excludente, opaca,  com pouca memória histórica e consequentemente com frágil identidade cultural, sentido de pertencimento e coesão, com o clima mais quente e cara para os mais pobres.


O CD COMPLETO

Leia também:
Possibilidade de salvar o que ainda resta de prédios históricos  em Aracaju e em outras cidades brasileiras.

sábado, 20 de abril de 2024

Após o compartilhamento dessa postagem no whatsapp, recebemos as seguintes respostas:

"É tão triste vê nossa memória escorrer por entre os dedos. Saber que além de uma geração "zumbi" que os grandes empresários criam dia-a-dia, com os novos processos tecnológicos e a recarga ou domínio emocional pelo consumismo. "A burguesia literalmente fede"
Nicy Alves, escritora da memoria história e afetiva  Barra dos Coqueiros e um pouco de Aracaju também. Já que são municipios muito próximos separados pelas águas do Rio Sergipe e um pouco do mar de Atalaia. Escritora de memórias em versos e prosa. E amanta da museologia, com curso em fase de conclusão na UFS.

Já um artista visual lembra: "Albano Franco, ex-senador e ex-governador,  demoliu um casarão, esquina Rua Itabaiana com Barão de Maruim. Hoje é a Caixa Econômica."
Deixei como sugestão para ele e por aqui também: Vamos fazer uma lista colaborativa? Quem topar é só deixar escrito nos comentários.

Outro artista, neste caso realizador de audiovisual contribuiu,  lembrando a destruição que o SESC fez no mesmo endereço, onde era o antigo Cabaret Miramar, em outra quadra. SESC-SE que está sob a orientação do senador Laércio Oliveira que poderia fazer como fez o SESC em outros estados, que aproveita a fachada de prédios históricos e algumas estruturas internas, sem descaracterizá-los completamente..

E uma realizadora de audiovisual faz uma boa pergunta. Cadê o IPHAN?

Já outro: " Para mim Manoel Bonfim é um dos maiores intelectuais de Sergipe e merecia um museu com o nome dele nesse lugar ...."

Mais uma sugestão para a lista colaborativa:
Estação da Leste.. no Siqueira seria um puta Centro Cultural






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