sábado, 11 de maio de 2024

Para tirar a esquerda da UTI os "cabelos brancos" precisam aprender a compartilhar o poder. Aprender ou reaprender a fazer educação popular e ação cultural pode ser um começo e meio para fazer isso de maneira "suave".



O canal Não é Heresia fez um verdadeiro show em matéria de debate sobre a reverberação do texto "Cabelos Brancos" de Frei Betto, em rede com os canais Causas da Vida e Zé Vicente Oficial.

Na oportunidade, deixei as indagações abaixo

 ​​Como falar de juventude sem falar de arte e cultura? Como incluir o jovem de forma protagonista nas pastorais, CEBs e CEBI sem investir em formação na  arte/cultura e comunicação? teórica e prática. 

Em um dado momento da live Thiesco Crisóstomo,  faz referência importante a aproximação e diálogo continuado com jovens ligados ao SLAM em uma determinada região.

Isso me lembra um encontro bastante concorrido com Frei Betto no Fórum Social Mundial em 2018. Nesta oportunidade nos momentos do debate,  externei a opinião de que a formação politica no campo da esquerda, em especial da esquerda laica, é menos freireana, muitas vezes nem pouco,  e muito "bancária", vertical, acadêmica.

Também disse que educação popular no Brasil de hoje acontece principalmente nos  saraus, batalha de rimas,  rodas de conversa, grupos e oficinas culturais nas comunidades e etc. 

Frei Betto concordou e ampliou a visão.

Zé Vicente trouxe importante reflexão a alguns sobre a Arte nas Comunidades de Base, e que merece ser lida e reverberada.

terça-feira, 28 de junho de 2011



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sábado, 18 de junho de 2022

Quanto tempo e trabalho será necessário para refundar/reconstruir este país?

 Fiz a pergunta acima e publiquei em vários lugares (17/06/2022). Face, Insta, Twitter e Whatzap. Chegaram algumas respostas nos comentários, outros endossaram a pergunta/preocupação com curtidas. Algumas das resposta estão abaixo nessa postagem,

Quando acordei agora a pouco (18/06/2022), lembrei-me do texto abaixo que publiquei em 2006 no portal Overmundo. "OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE." Pode ser uma boa resposta...

Esse texto foi publicado dentro de um momento  politico cultural como antes nunca visto no Brasil. Nesses tempos a cultura foi colocada no centro  da agenda politica do país. Depois de algum tempo estudando sobre politicas culturais, descobri que isso já tinha sido pensado e organizado pelo economista Celso Furtado quando Ministro da Cultura,  nos tempos iniciais da chamada Nova República (década de 1980). Uma pena ter ficado pouco tempo no cargo.

No ano de 2006 o tropicalista Gilberto Gil era Ministro da Cultura. E a cidade do Recife (PE),  o que faço referência no texto abaixo ,  tinha como Secretário da Cultura João Roberto Peixe, cuja gestão inovadora e exitosa precisa de mais estudos acadêmicos...

OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE.

Certa feita, conversando com um amigo educador/artista, que reside na cidade de Olinda, em Pernambuco, sobre o modo de a esquerda governar, ele externou para mim algumas preocupações referentes ao modelo de gestão de muitas administrações progressistas que ele conheceu e que se moldam facilmente à cultura política das oligarquias locais e realizam, mesmo que de forma mais eficiente, uma gestão cuja prioridade são apenas as grandes obras, os programas assistenciais e os shows com grandes artistas ligados à cultura de massa, o que acaba lembrando uma canção do Cazuza: “Um museu de grandes novidades” ou parafraseando Belchior: “Minha dor é perceber que apesar de tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, “pensamos” e administramos a coisa pública como os velhos coronéis.”

E o meu amigo fez o questionamento porque, ocorrendo o término do mandato (sem reeleição), uma outra administração ligada a partidos conservadores, com inteligência e perspicácia pode fazer a mesma coisa: realizar grandes obras, investir em programas sociais e prosseguir na organização dos mega shows e, conseqüentemente, passar para a população a idéia de que não haverá necessidade de se votar na esquerda novamente.

Se na época não consegui imaginar isso como uma possibilidade real, decorridos alguns anos dessa conversa, reconheço que essa opinião é pertinente e esse texto foi escrito para ajudar na reflexão sobre o assunto, na linha de que tudo que é sólido se desmancha no ar e de que o que é novidade facilmente torna-se comum, e por isso todo indivíduo ou organização que deseja ser sempre considerada e reconhecida deve continuadamente buscar se aprimorar naquilo para que foi criada e facilitar as coisas para que novas descobertas e novas invenções possam ter lugar.

E isso só acontece num ambiente de autonomia e que favoreça condições e oportunidades para a construção e reconstrução subjetiva dos indivíduos .

Nesse sentido, considero duas questões primordiais. Em primeiro lugar, atenção especial para a mudança de valores e práticas de relacionamento político pautado nos antigos procedimentos da elite dominante, como o clientelismo, o paternalismo, o autoritarismo etc...

Em segundo lugar, atenção especial àquilo que aponta para a criação de sujeitos mais solidários, mais livres, mais ousados, àquilo que cria e dá sentido à realização plena das pessoas (refiro- me aqui à produção artístico/ cultural).

No primeiro caso se faz necessário (re)construir, fortalecer ou criar estruturas formais e informais de participação “real” da população nas decisões sobre os rumos do governo, como os conselhos, as conferências, as câmaras setoriais, os fóruns e as redes, além do incentivo e apoio à organização da sociedade civil através das ongs, e cooperativas. Assim, se viabilizaria um ambiente favorável à gestação de novas idéias e recursos para resolver ou atenuar velhos problemas, o que também pode garantir a criação de um antídoto para evitar o retrocesso de condução antidemocrática das decisões, a partir da eleição de partidos ligados às velhas elites dirigentes, após suceder-se um governo de esquerda.

No segundo caso, democratizar o acesso aos meios de produção artística e dos meios de produção e difusão da informação, com orçamento decente e gestores comprometidos, preparados e que saibam ouvir os interessados no assunto, o que resultará em diretrizes e ações que garantirão à maioria da população a possibilidade de se expressar de maneira que não fiquem apenas se comportando como meros consumidores de um bocado de lixo que é comercializado como produto cultural e cujos conteúdos -- carregados de intolerância (inclusive religiosa), vulgarização do sexo, preconceitos vários, individualismo exacerbado, banalização da violência, etc., -- vão na direção contrária de tudo aquilo que defendemos, formando o “caldo” da cultura que conduz ao retorno e sustentação da nova/ velha direita.

E isso é tudo que muita gente que ousa lutar e acreditar em outro país menos deseja, mas que será inevitável, caso opiniões como a nossa não sejam levadas em consideração a tempo.

P.S.: Segundo o pensador italiano Norberto Bobbio a esquerda orienta-se por um sentimento igualitário e a direita aceita a desigualdade como natural. Embora no Brasil seja praticamente impossível perceber a diferença através dos discursos e propaganda em época de campanha eleitoral.

Quanto as questões que apresento no texto acima percebo que o modelo de gestão do Ministério da Cultura aponta para o que escrevi acima. Apesar da necessidade de aumento do orçamento e da capacitação técnica e redução da burocracia para o acesso dos pequenos empreendedores culturais do interior e das periferias aos editais. Em Recife, em visitas a comunidades periféricas e em conversas com artistas e arte-educadores populares e também com o Secretário de Cultura, João Roberto Peixe, que nos concedeu audiência de quase duas horas no ano de 2004, pude perceber que muito daquilo que queremos/sonhamos já é realidade. Na oportunidade, o secretário me entregou cópias do relatório de gestão 2000/2004 e da I Conferência Municipal de Cultura do Recife, da qual tive a honra de participar.

José de Oliveira Santos - “Zezito” Professor de história e ativista cultural

Quanto tempo e trabalho será necessário para refundar/reconstruir este país?

GM - Essa é  A pergunta, meu amigo. 

PM: Essa é a grande pergunta. A destruição é muito grande. Precisamos nos preparar  para o que vão tentar fazer de Outubro a janeiro.

Zezito de Oliveira: Sem dúvida! E até depois. Será uma verdade corrida de obstáculos... As lives de Romero e dos canais progressistas ajudam bastante... Em especial as que abordam o tema extrema-direita e as co-relações...             

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XB - O estrago é tamanho!

AB - Olhe se tudo der certo, o Brasil sairá do buraco, mas não voltará mais a ser o que já foi um dia?!

MM - decadas meu amigo


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