Se isso na primeira fase foi interrompido pelo golpe militar de 01 de abril, na década de 1980 , no segundo caso, começa a ser interrompido pela ascensão do neoliberalismo no Brasil, em especial a partir da eleição de Fernando Collor em 1989.
Neoliberalismo que busca privatizar o máximo que pode e que não se for interrompido não demorará a cobrar pelo ar que respiramos. E cujo melhor exemplo no campo da politica cultural é a Lei Rouanet, uma lei em que o empresário direciona a aplicação do recurso público com a chancela técnica do ministério da cultura.
Ele falará sobre o momento de efervescência cultural existente no Brasil e em Sergipe, desde o final da década de 1970 até meados da década de 1990.
Isaac irá trazer histórias da Federação de Teatro Amador de Sergipe (FETAS), de grupos de teatro amador existentes e à época, destacavam-se o grupo “Opinião”, “Imbuaça” (teatro de rua), “Mamulengo do Cheiroso” (teatro de bonecos), “Raízes” e “Experimental da UFS”; tendo como personagens centrais ou que lideravam, “as irmãs Sandes” (Walmir e Walkyria Sandes); Lindolfo Amaral, Mariano Antônio (in memorian), Pierri Feitosa, Valdice Teles( in memorian), Isabel Santos: Augusto Barreto, Aglaé D’Avila Fones de Alencar; Jorge Lins; Tadeu Machado, Lânia Conde Duarte, Amilton Andrade, Benedito Letrado, ator e diretor João Costa (in memorian) , jornalista, autor, escritor, diretor e ator Vieira Neto, Luiz Carlos Dussantus e Virgínia Lúcia.
Nessa live do dia 08 de junho, às 19 horas pelo canal da Ação Cultural no youtube contaremos com a presença de Isaac Galvão, ator e técnico/gestor cultural e com muita gente inspirada e inspiradora na audiência. Compareça!!
https://www.youtube.com/@acaoculturalsergipe1
(*) - “Houve um tempo, diz-nos Roberto Schwarz, em que o país estava irreconhecivelmente inteligente. Política externa independente, reformas estruturais, libertação nacional, combate ao imperialismo e ao latifúndio: um novo vocabulário – inegavelmente avançado para uma sociedade marcada pelo autoritarismo e pelo fantasma da imaturidade de seu povo – ganhava a cena, expressando um momento de intensa movimentação na vida brasileira.”
HOLLANDA, Heloisa e GONÇALVES, Marcos. Cultura e participação nos anos 60. São Paulo: Brasiliense, 1982. p.8)
A expressão cunhada por Roberto Schwarz um país "irreconhecivelmente inteligente" aplicada para a década de 1950 até março de 1964, foi apropriada por este que escreve incluindo também o período dos anos finais da década de 1970 até meados de 1990.
Zezito de Oliveira
A canção símbolo dessa live.
"É" A gente quer viver uma nação. A gente quer ser um cidadão.
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2 comentários:
Que emblemática essa frase se torna, "(...) o país irreconhecivelmente inteligente", quando nos deparamos com esse país atual em que o "elogio à burrice" é que parece predominar. Mas seguimos "chegando daqui e dali, de todo lugar" na persistência por reverter esse cenário da pós-verdade, meu caro Zezito! Afinal, "luta pra nós é verbo".
Tânia, sempre grato! Além de bastante participativa neste blog e muito inteligente, você tem um compromisso ético e estético fantástico... Por artistas cidadãs como você, vale a pena estar junto nessa luta por um mundo transformado em festa, trabalho e pão. Como escreveu outro querido, José Carlos Capinan na canção Viramundo,com melodia e interpretação de mais um querido, Gilberto Gil.
Viramundo
Gilberto Gil e Capinan
Letra
Significado
Sou viramundo virado
Nas rondas da maravilha
Cortando a faca e facão
Os desatinos da vida
Gritando para assustar
A coragem da inimiga
Pulando pra não ser preso
Pelas cadeias da intriga
Prefiro ter toda a vida
A vida como inimiga
A ter na morte da vida
Minha sorte decidida
Sou viramundo virado
Pelo mundo do sertão
Mas inda viro este mundo
Em festa, trabalho e pão
Virado será o mundo
E viramundo verão
O virador deste mundo
Astuto, mau e ladrão
Ser virado pelo mundo
Que virou com certidão
Ainda viro este mundo
Em festa, trabalho e pão
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