Chico Alencar ·
Morreu, aos 88 anos, Alain Delon, ator-galã que marcou época, principalmente nos anos entre 1960 e 1980.
Francês, ganhou o mundo e virou sinônimo de beleza masculina (na minha adolescência dizia-se "fulano é um Delon", como "uma Liz Taylor" ou "Sophia" ou "Cardinalle", para as mulheres bonitas).
Por conta da fama, seu nome batizou muitos filhos de contemporâneos de geração, inclusive brasileiros.
No fim da vida, passada a grande visibilidade, abateu-se pela melancolia: “Envelhecer é uma merda! E você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, perde a visão. Você levanta e, caramba, seu tornozelo dói”, disse em entrevista em 2019.
Talvez estivesse surpreso com o efêmero da "glória" terrena, da beleza física...
Se foi sucesso no cinema (não era só beleza, foi bom ator tb), na política errou feio: era próximo da extrema direita francesa de Marine Le Pen.
Delon, à sua maneira, cumpriu. Despediu-se da existência cercado por seus familiares ("Foi pacificamente ao encontro de Maria, entre as estrelas que Lhe são caras"- diz o comunicado da família, nesse dia de N S da Glória).
Que esteja sereno e reconciliado com o bem da Vida, que está muito além da estética.
Alain Delon na Wikipédia
Meu adeus a Alain Delon, eterno Rocco, no filme da minha vida
Mutantes eternizou a beleza de Alain Delon em verso da ‘Balada do louco’
Com estampa referencial no cinema, ator francês – morto hoje – também é citado em música lançada em 1998 pela banda paraibana de forró Magníficos. AQUI
Alain Delon, guardião de uma era
Ele foi a encarnação e perpetuação de mundos desabados do pós-guerra. Ninguém foi mais nem por tanto tempo o rosto do cinema europeu. Na política, um fiel seguidor do gaullismo. Foi até comentarista esportivo. As cortinas de uma época se fecham…
https://outraspalavras.net/poeticas/alain-delon-guardiao-de-uma-era/
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