Rudá Ricci
1) Anísio Teixeira foi o educador com maior influência política no Brasil. Tanto que seu nome está inscrito no mais importante instituto que realiza exames educacionais, o INEP.
4) Para ele, a escola prepararia cada estudante para um futuro incerto, em um mundo dinâmico, cuja missão seria desenvolver a inteligência, da tolerância e da felicidade.
5) Para tanto, a memorização deveria ser substituída pela compreensão para proporcionar “um modo de agir”. Assim, só aprendemos algo, sustentava, quando assimilamos aquilo de tal forma que sabemos agir de acordo com o aprendizado, sabendo contextualizá‑lo.
6) Anísio antecipava o que se discutiria internacionalmente muitas década adiante: a educação não ensina apenas ideias, conteúdos ou fatos, mas também atitudes, ideais e o senso crítico.
8) O estudo passa a ser um exercício para a resolução de um problema ou a execução de um projeto. Educar significa, assim, guiar o aluno em uma atividade, em uma trajetória de elaboração de saberes e experiências.
9) Dessas ideias nasceu uma das experiências mais revolucionárias da educação brasileira: a Escola Parque, ou Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador/BA. Tratava-se de uma Escola de educação primária, cujo principal objetivo era dar às crianças uma educação integral.
12) Aqui, uma peculiaridade. A valorização da cultura popular alimentou a aproximação de Anísio com arquitetos que redesenharam a arquitetura escolar. Compreendia as contribuições da arquitetura como aliadas na formulação de seu ideário sobre o programa escolar.
13) A inspiração foi a organização escolar tipo platoon da Brady School, em Detroit: dois grupos disciplinares, ministrados alternadamente entre manhã e tarde, envolvendo o ensino das matérias fundamentais do curso elementar e o outro se ocuparia das matérias especiais
14) O programa desenvolvido era executado em áreas livres, externas, com jardins e horta, e áreas internas com 12 salas de aula, administração, gabinete médico e dentário.
16) Anísio defendia a democracia e foi perseguido pela Ditadura Militar. O educador foi encontrado morto num fosso de elevador, no Rio de Janeiro, em 14 de março de 1971. O corpo teria ficado no local três dias, até ser encontrado pela polícia. A versão oficial foi de acidente.
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