🌼 Nesta semana celebramos a vida e o legado de Clara Nunes, que completaria 82 anos em 12 de agosto de 2024. Seu canto, carregado de ancestralidade e brasilidade, continua a ecoar nos corações de todos que a ouviram. Clara, a guerreira das cantigas, permanece viva na música, na cultura e na alma do Brasil.
Feliz aniversário, Clara! Sua luz nunca se apagará.
Tenho muito orgulho em ter contado uma parte pouco conhecida da história de Clara através do olhar da sua irmã Dindinha Mariquita. É um filme sobre preservação de memória, altruísmo e amor.
Espero que goste! 💙
DIEGO ALEXANDRE
Diretor e Produtor do documentário
Clara Nunes e os orixás
As referências às religiões afro-brasileiras são peças fundamentais para a compreensão do trabalho de Clara Nunes, a cantora mineira que faria 82 anos neste 12 de agosto. Ela morreu em 2 de abril de 1983.
Seu repertório é repleto de referências ao candomblé, continuando a tradição do samba, que teve sua origem nos terreiros religiosos das tias baianas, como a célebre Ciata, no entorno da Praça Onze.
Nesta playlist, organizada por Joaquim Ferreira dos Santos, estão algumas dessas saudações de Clara aos orixás que, na vida pessoal, ela passou a seguir depois de criada numa família espírita.
Compositores históricos da afirmação cultural negra, como Nei Lopes (“Afoxé pra Logun”) e Candeia (“Sindorerê”), assinam essas músicas. Algumas descrevem as convicções religiosas da cantora, filha de Ogum com Iansã (como diz em “Guerreira”).
Entrevistas - Vagner Fernandes sobre Clara NunesTempo do episódio: 54:38
Entre as muitas coisas que ainda não eram bem aceitas para uma mulher no início da década de 1970, uma era a de cantar sambas. A mineira Clara Nunes gravou seu primeiro disco no Rio em 1966, um LP romântico, beirando o brega, sem qualquer repercussão. O seu primeiro encontro com o samba foi em 1969. O polêmico compositor, produtor e criador de problemas Carlos Imperial entregou a Clara um samba de Ataulfo Alves em que havia um verso dele, “Você passa, eu acho graça”. O sucesso fez com que Clara mudasse o perfil, virasse sambista.
Neste programa, Joaquim Ferreira dos Santos e Vagner Fernandes, autor da biografia “Clara Nunes, guerreira da utopia”, conversam sobre “Alvorecer”, disco da artista que está completando 50 anos em 2024. Nele, estão juntos o produtor Adelzon Alves, que no início da década apresentou os compositores tradicionais de samba à cantora (além de ser namorado dela), e o letrista Paulo Cesar Pinheiro, que viria a ser o autor dos próximos grandes sucessos de Clara (e seu marido). Na trilha sonora, entremeando a conversa, sambas que se tornariam clássicos a partir do lançamento de “Alvorecer”, como “Conto de areia” e “Menino Deus”.
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