segunda-feira, 15 de julho de 2013

Francisco deve enfrentar a “nova juventude católica” durante JMJ

 Fonte Isto É

Além de espiritualidade, jovens fieis querem acabar com a pobreza e discutir tabus.
por Jarbas Aragão


Francisco deve enfrentar a “nova juventude católica” durante JMJ 

A Jornada Mundial da Juventude será no Rio de Janeiro entre 22 e 29 de junho. Ela marca o primeiro compromisso do papa Francisco fora da Itália. Ele deverá ainda fazer uma visita a cidade de Aparecida, em São Paulo.
Outrora o país com o maior numero de católicos do mundo, não há dúvida que a visita do papa encontrará um grupo de fiéis com perfil bem diferente do que encontraram outros pontífices.
Segundo a matéria de capa da revista IstoÉ dessa semana, depois de um longo período de preponderância da experiência religiosa individual, os jovens católicos optaram pelo engajamento social. Assim como a grande maioria dos brasileiros, eles esperam transformações profundas nas áreas de saúde e educação, além de defenderem um maior respeito às diferenças, a diminuição da violência e uma economia mais solidária.
Isso não deverá ser uma surpresa para quem foi cardeal na vizinha Argentina e conhece bem as dificuldades enfrentadas pelos latino-americanos. Mesmo assim, Jorge Mario Bergoglio recebeu das mãos de autoridades católicas do Brasil uma edição especial da revista “Jovens Conectados”. Eles foram a Roma para que Francisco se inteirasse do funcionamento da maioria das cerca de 60 comunidades de evangelização da juventude de expressão nacional.
Segundo a IstoÉ, a cúpula da Igreja brasileira inclusive modificou trechos dos discursos de Francisco para a Jornada evento no Brasil, onde ele deve dialogar e apontar caminhos para a juventude procurando conciliar os ensinamentos da palavra de Deus não apenas para cuidar da espiritualidade, mas para “ajudar a mudar o mundo”.
O paulista Leonardo Cavalcante, 23 anos, mostra bem como vive e pensa a “nova juventude católica do país”. Depois de ter frequentando por muito tempo grupos de oração da Renovação Carismática e participado de missas com teor mais festivo, agora está envolvido com a pastoral universitária e atua como colaborador voluntário no setor universidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Ele afirma querer participar da luta “por uma sociedade mais justa e igualitária”.
“A juventude quer colocar mais a mão na massa, mostrar que pode transformar o mundo”, afirma Cavalcante. Assim como ele, outras centenas de católicos que desejam transformar a sociedade estão ligados à Pastoral da Juventude e às Comunidades Eclesiais de Base. As CEBs, como são chamadas foram muito importantes entre os anos 1960 e 1980, mas perderam força nos dos últimos pontificados (Joao Paulo II e Bento 16). Hoje existem cerca de 107 mil CEBs no Brasil.
Os irmãos paulistanos Pedro Romero (16) e Taynah Romero (20), encarnam esse engajamento da nova geração. A mãe deles participava de uma CEB quando jovem.   “Fomos às manifestações do Movimento Passe Livre (MPL) e apresentamos uma de nossas bandeiras – a rejeição aos projetos de redução da maioridade penal… Vamos além da espiritualidade”, defendem os Romero.
O novo papa é jesuíta e sempre teve um forte discurso social. Certamente deve ter ficado feliz ao ler a pesquisa “Religião e Sociedade”, feita com brasileiros entre 15 e 24 anos religiosamente ativos.  A pesquisa de 2001 revela que 65,9% dos católicos  do país, se pudessem, acabariam com a miséria e a pobreza no país.
Mas entres as preocupações de Francisco está o fato de que, segundo o IBGE, a população católica entre 15 e 29 anos diminuiu 7,1%  entre 2000 e 2010. Além disso, Francisco encontrará outros tipos de ativismo em sua passagem pelo Brasil.
Rodolfo Viana, 28 anos, natural do Rio de Janeiro, é membro do Diversidade Católica, um grupo de gays católicos. Ele participava do movimento da Renovação Carismática, até ser expulso quando um dos seus coordenadores soube que Viana tinha um namorado.
“Como não conseguia ser ex-gay, me tornei ex-católico”, conta. Através do  Diversidade Católica ele retornou à igreja. “Hoje, não sou mais vítima da Igreja, que faz parte da minha cultura e formação moral. Bater o pé e não sair do banco do catolicismo é fazer política. Do contrário, estaria me amputando”, explica Viana. Nas reuniões quinzenais do grupo, que conta com a colaboração de padres e teólogos, procura-se “conciliar as identidades religiosa e sexual, numa demonstração de que tabus, como a homossexualidade, agora encontram espaço para discussão entre os fiéis”.
O Diversidade está promovendo um evento paralelo à Jornada Mundial da Juventude, onde  jovens católicos homossexuais irão debater como podem viver sua identidade religiosa e sexual. Eles dizem ter expectativa que Bergoglio expresse suas opinião sobre assuntos doutrinários, como ordenação feminina, segundo casamento e, principalmente, sexo.  Mas os estudiosos  não acreditam que ele o fará. Afinal, Desde o Concílio de Trento, no século XV, a Igreja não muda o discurso sobre a sexualidade.

Leia mais:

Tenda das JuventudeS na Jornada Mundial da Juventude - clique aqui

Espaço reunirá diversas organizações com o desejo de fomentar a luta pela vida da juventude
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 “Tenda das juventudes” e Santuário dos Mártires na JMJ


Conheça a programação da “Tenda das juventudes” com Santuário dos Mártires na JMJ. AQUI



Igrejas evangélicas servirão de abrigo para participantes do JMJ
Fonte: gospelprime  AQUI

Milhares de católicos estarão no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 para ver o papa Francisco.

por Leiliane Roberta Lopes

Os peregrinos que participarão da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro poderão se hospedar em centros de umbanda, clubes judaicos, igrejas evangélicas e anglicanas. Essas religiões estão abrindo seus espaços para receber os fiéis católicos e assim promover uma cultura de paz e tolerância.

O evento vai acontecer entre os dias 23 e 28 de julho e deve atrair mais de 300 mil pessoas vindas de todos os estados brasileiros e de outros países do mundo.

A Casa Irmandade Batuíra e Pai Miguel das Almas, localizada em Anchieta, no Subúrbio do Rio, vai receber 10 jovens. O espaço foi aberto por Sebastião Mauro de Sá, um ex-seminarista que deixa claro que no local ele vai apenas abrigar os viajantes, sem entrar em discussões religiosas.

“O peregrino vem com o objetivo dele, de ver o papa e participar de uma ação. Eu, no meu espaço, vou abrigar apenas, não vou discutir religião”, disse ele ao G1.

Já no Centro Cultural Afro Ojuobá Axé, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o espaço acolherá cerca de 70 jovens. A diretora do local é Luana Guimarães que já está acostumada em ter fiéis de outras religiões frequentando o espaço que oferece aulas de dança e capoeira.

A igreja evangélica Palavra Viva também está aberta para os jovens católicos, uma família italiana já tem lugar garantido para poder participar do evento. O pastor Silas Esteves, responsável pela igreja, diz que as diferenças religiosas geram distanciamento, mas se as pessoas forem maduras as mesmas diferenças podem causar a unidade.

“Somos diferentes, temos aspectos doutrináveis distintos, a forma de orar diferente, mas um mesmo corpo, o de Cristo”.

O discurso de tolerância entre as religiões também é assinado pelo bispo Philadelpho Oliveira, da Diocese Anglicana do Rio de Janeiro. As igrejas que fazem parte da diocese estarão entre os católicos participando da JMJ, além de abrigar jovens vindos da Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Além de apoiar e participar do evento, o bispo anglicano pretende se encontrar com o papa Francisco e conversar sobre as classes discriminadas e menos favorecidas. ““Gostaria que ele olhasse com carinho para os jovens marginalizados, que trabalhasse junto na questão da tolerância com os diferentes”.

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Jorge Alexandre Oliveira Alves (via facebook)
Alô galera pejoteira que vem pra JMJ e de forma especial para a tenda das juventudes:

Como a JMJ e a nossa Tenda da Juventudes já estão chegando, resolvi postar algumas dicas pra galera ficar “safa” na cidade, e não cair nas garras de vigaristas e aproveitadores. O Rio de Janeiro é associado com a malandragem há muito tempo. Para o bem e para o mal, infelizmente. Nós aqui no Rio tivemos que aprender a usar a malandragem a nosso favor, até pra evitar ser passado pra trás em algumas situações. Por outro lado, o Rio é uma cidade em que todo mundo vive na rua o tempo todo. Então é possível ir a TODOS os lugares com relativa facilidade mesmo. Assim, pra aproveitar bem a cidade e os eventos da JMJ, é necessário tomar alguns cuidados e usar da malandragem do bem (ou contra malandragem, se preferirem) para evitar sobressaltos, principalmente no uso dos transportes públicos. Postarei algumas dicas pra dar uma força pra galera que vem chegando na cidade nos próximos dias.

USANDO TRANSPORTES NA CIDADE:

As formas mais rápidas para fazer deslocamentos na cidade são o metrô e a rede de trens. Infelizmente os trens circulam até as 23:00hs durante a semana e até as 22:00 nos fins de semana. São rápidos, mas em alguns ramais o intervalo entre e as composições pode demorar um pouco. Aos sábados e domingos, esse intervalo varia entre 30 minutos e 1 hora. Já o metrô normalmente circula em intervalos bem menores (a cada 3 minutos na linha 1 e 6 minutos na linha 2 – é, são apenas duas linhas mesmo pra essa cidade enorme!!! - durante a semana). Entretanto o metrô somente funciona até a meia noite.
Os ônibus funcionam até a 00:30h, mas existem algumas linhas que rodam a noite toda, com intervalos de 1 hora, até as 05:30h. Pra quem vai ficar hospedado nas zonas Norte, Oeste e da Leopoldina, é bom ficar ligado por que a oferta de veículos fica escassa, principalmente depois das 22:00h. Pra quem for ficar na região da Tijuca, no Centro e na Zona Sul, a oferta é boa, mas pode acontecer de alguém ter que andar um pouquinho mais pra chegar na hospedagem, se resolver conhecer a noite carioca.
O mais complicado mesmo é usar os táxis. Principalmente nos aeroportos e na rodoviária. Primeiro é bom saber que os táxis convencionais são amarelos com uma faixa azul. Cobram a tarifa básica de táxis (que é a terceira mais barata dentre as capitais do país). O problema é que a fiscalização é precária por parte da prefeitura. Esses táxis funcionam com as seguintes características:
Bandeirada - R$ 4,70 (o taxímetro começa a rodar a partir desse valor, em intervalos de R$ 0,25).
Quilometragem (bandeira I) - R$1,70 (de segunda a sábado, das 6h às 21h)
Quilometragem (bandeira II) - R$ 2,04 (de segunda-feira a sábado, nos domingos e feriados, das 21h às 6h. A SMTR autoriza a cobrança na tarifa 2 das corridas com destino a áreas de ladeiras íngremes, sem discriminação horária. Como a prefeitura decretou feriado entre os dias 23 e 29 de Julho, pode ser que os táxis cobrem a bandeira 2 nesse período. Acabei de olhar a
Transporte de volumes com dimensões entre 60 centímetros por 30 centímetros: R$ 1,70.
E aí que os problemas começam. Na rodoviária, há uma “cooperativa”, a NovoRioCoop, de táxis convencionais (aliás, existem muitas no Rio – é a forma segura de andar de táxis pela cidade, mas a da rodoviária é enganação). Mas eles têm uma autorização especial da prefeitura (que absurdo!!!) para cobrar as corridas de acordo com uma tabela própria (com valor fixo – no “tiro” como dizemos aqui – e não pelo taxímetro) que é bem mais cara se fosse pelo taxímetro. Então há muita trapaça mesmo e que vem pela primeira vez à cidade acaba sendo vítima desses espertalhões... Então os cariocas costumam fazer o seguinte: Ao sair dos ônibus de viagem, a gente se dirige para o embarque da rodoviária (sobe as escadas rolantes e vai pro outro lado). Lá tem outra saída pra rua com um monte de gente chegando à rodoviária de táxi. Aí é simples, basta esperar alguém desembarcar de um táxi de cooperativa (um táxi de cooperativa vem com o nome desta na faixa azul do táxi, após a porta de trás do carro e o número de cadastro do veículo) e embarcar nele. Isso é permitido e bastante gente faz isso. Tome cuidado com umas pessoas que ficam oferecendo serviços de táxi na área do embarque. São táxis clandestinos (piratas) e muitas vezes estão mancomunados com bandidos para assaltar os passageiros. Nunca aceitem esses serviços!!!
Nos aeroportos, a situação é pior. Somente duas cooperativas de táxis convencionais estão autorizadas a parar no setor de desembarque do aeroporto Tom Jobim (Galeão), a Aerocoop e a Aerotáxi. Outro dia eles agrediram um taxista de outra cooperativa que parou no desembarque desse aeroporto para pegar um passageiro. O passageiro fica em uma verdadeira loteria da sorte porque parcela desses táxis têm seus taxímetros adulterados, e uma corrida pode custar um pequena fortuna nesse esquema, podendo custar até o triplo do valor real da corrida. No aeroporto Santos Dumont (que fica colado ao Centro da cidade), tem uma cooperativa (a Aerodumont) que é a ,mesma coisa. Sempre desconfiem de cooperativas que começam com Aero. As demais são muito bem fiscalizadas pelos próprios cooperados. Um taxista pego com irregularidade pode fazer todos os cooperativados perderem a licença de táxi. Não sei como esse pessoal do aeroporto consegue...
No caso dos aeroportos, a dica é tentar ir para o setor de embarque e fazer o mesmo que sugeri no caso da rodoviária. Se não der certo, tente pegar um “frescão” na área de desembarque (ônibus turístico que faz linhas urbanas). Isso vale pra quem vai pra Zona Sul ou pra Barra. Custa em torno de R$8,00. Na rodoviária, no setor de embarque passa um também. Eles são da empresa Real e têm a cor azul-marinho.

Entrevista

"Francisco significa o aprofundamento do conservadorismo"

Presidente do grupo Católicas pelo Direito de Decidir critica o conservadorismo da Jornada Mundial da Juventude e o financiamento do Estado para a visita do pap.  AQUI

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