quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pais protestam na Escola Estadual Júlia Teles em Socorro

10/07/2013 - 10:10
Fonte: Infonet

Segundo a Seed, as providências já estão sendo adotadas
 
Pais reclamam das condições da escola (Foto: Portal Infonet)
Pais de alunos da Escola Estadual Júlia Teles, localizada no conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro, realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 10.  A reivindicação é por melhorias na segurança e estrutura física.

A falta de segurança no período da noite é a principal reclamação dos pais. Manoel Antônio dos Santos tem um filho que estuda no 2º ano do Ensino Fundamental. Ele conta que a escola em um ano já chegou a ser assaltada 21 vezes. “A nossa reivindicação é por melhorias na escola e na segurança. A escola continua sem vigilante à noite e já bateu recorde em assaltos”, reclama Manoel.
Cansados do descaso os pais e alunos decidiram realizar uma manifestação em frente à escola com cartazes pedindo melhorias. A moradora Vânia Santos lembra que estudou na escola em 1994 e explica que a situação era outra. “Tenho dois filhos que estudam aqui e dois filhos já se formaram. Uma realidade totalmente diferente de quando eu estudava. A escola possui mais de 20 anos e nunca passou por reformas”, lembra Vânia.
A falta de segurança é a principal reclamação
A representante da Associação Renovada do Conjunto Jardim, Auxiliadora dos Santos, explica que outra problemática é a falta de professores. Com a lista na mão, Auxiliadora afirma que no período noturno faltam professores nas disciplinas de Educação Física, Ciências, Biologia, Sociologia, Filosofia, Português, Espanhol e Redação.

Segundo Auxiliadora, os alunos da noite acabam retornando para casa por falta de aula. “A situação na escola é complicada, pois não há professores e a iluminação é precária à noite. Além disso, a quadra da escola está interditada e a escola possui uma área extensa que precisa ser reaproveitada”.

O morador Manoel Antônio dos Santos afirma que muitos professores concursados se recusam a ensinar na escola. “A informação é de que eles acham perigoso ensinar no bairro à noite. E a comunidade como fica?”, questiona.
Direção
Representante da comunidade afirma que situação é precária
O diretor Anselmo da Paixão informou que a direção já enviou vários ofícios para a Secretaria de Estado da Educação (Seed) sobre as condições da escola. " Uma comissão já se reuniu com o secretário e na oportunidade apresentamos as condições da escola. Ele incluiu a escola na lista de reforma, que não estava, mas ainda não há previsão para início da obra", explica o diretor.
Seed
A assessoria de comunicação da Seed enviou nota sobre as reclamações:
"A Secretaria de Estado da Educação já está tomando as providências para consertar parte do muro que caiu e está fazendo um projeto para restaurar a quadra. Há cerca de três meses foram feitas pequenas intervenções na estrutura física da escola pela equipe de manutenção da SEED, porém, a equipe vai voltar á unidade para verificar se surgiram novas necessidades.
Escola foi assaltada várias vezes
Sobre a falta de professores, a SEED já solicitou a convocação dos docentes aprovados em concurso e está aguardando a nomeação por parte da Seplag para fazer a lotação.
Com relação à segurança, como a unidade fica numa área mais vulnerável às ações de delinquentes, existe uma dificuldade de colocar vigilantes para trabalhar no turno da noite e nos finais de semana, até porque nossos vigilantes não trabalham armados. Para amenizar esse problema, a SEED está reforçando a ronda escolar no entorno das escolas, especialmente à noite e nos finais de semana.

Preocupado com esse problema de violência, o secretário Belivaldo Chagas se reuniu no dia 23 de abril com a cúpula da SSP para pedir reforço policial no entorno das unidades de ensino que vêm, frequentemente, sendo atingidas por assaltos e roubos, sobretudo nos horários de entrada e saída dos alunos e nos finais de semana.

Participaram da reunião o secretário da Segurança Pública João Eloy, o comandante geral da PM, coronel Maurício Iunes, o comandante da PM na Capital, coronel Jackson Nascimento, o secretário-adjunto de Segurança Pública, João Batista, a superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitosa, e a coordenadora da Polícia Civil na Capital, Viviane Pessoa.
Belivaldo Chagas levou ao conhecimento das autoridades policiais casos de práticas criminosas nas áreas externa e interna de escolas da rede estadual. Preocupado com a segurança e com o bem estar de alunos, professores e funcionários, o secretário solicitou reforço policial em colégios em que as práticas acontecem com mais frequência.

Na ocasião o secretário de Estado de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, prometeu reforçar o policiamento, inicialmente, nas escolas apontadas por Belivaldo Chagas. "A SSP irá intensificar as rondas da PM nessas escolas nos horários mais críticos. A Polícia Civil vai analisar todos os boletins de ocorrência envolvendo delitos nas escolas para identificar os autores e colocá-los à disposição da Justiça", garantiu Eloy.

Prevenção
Por sugestão do coronel Iunes, será estabelecida uma parceria entre as Secretarias da Segurança Pública e da Educação no tocante ao trabalho de prevenção contra as drogas.
A ideia é que seja estabelecida uma agenda de ações a serem implementadas nas unidades educacionais coordenada por instrutores policiais militares ligados ao Programa Educacional de Resistência as Drogas (Proerd) e professores que já trabalham em projetos de prevenção contra as drogas".
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna

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