sexta-feira, 28 de junho de 2024

Memes para ajudar a derrotar os vereadores paulistas que perseguem os mais pobres e o Pe. Júlio com um projeto que multa quem faz caridade. Acompanha playlist contra a fome

 DERROTAR O FASCISMO NAS REDES, NAS RUAS E NAS URNAS! 



Os Ímpios produzem morte e os justos partilham o pão (24 sentenças paradoxais em tempos da perseguição ao padre Júlio Renato Lancelotti e aos sofredores de rua acrescidas da perversidade de nova lei inumana e imoral promulgada em São Paulo). 
Reflexão do Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior, assistente doutor da PUC-SP.  
1. Ímpios atacam aqueles e aquelas que pertencem a Igreja de Deus. Justos mostram Deus em suas vidas e em rostos transfigurados. São perseverantes apesar do ódio e da mentira. 
2. Ímpios atacam quem faz o bem, pois são filhos das trevas. Justos não tem medo da luz nem da verdade. Dois caminhos opostos. 
3. Ímpios vociferam mentiras e calunias. Justos mostram coerência entre práticas e palavras. 
4. Ímpios tem língua partida como serpentes venenosas. Justos proclamam o que creem e creem no que pregam.
5. Ímpios tem rabo preso com os donos do poder. Justos podem ser derrotados, mas nunca vencidos, pois a luta que empreendem é a causa nobre da defesa da humanidade.
6. Ímpios são infiéis, traindo e tergiversando. Justos cumprem promessas e assumem os riscos de salvar a vida dos vulneráveis.
7. Ímpios são arautos da morte. Justos são servos da Vida. 
8. Ímpios usam o dicionário do ódio e do rancor. Justos usam o idioma da justiça e da paz.
9. Ímpios destroem o que não é espelho para enfeitar suas vaidades e seu patológico narcisismo. Em geral são estéreis no amor. Justos não usam espelhos. São pessoas semente.
10. Ímpios se reúnem com outros depravados em sociedades malignas. Justos andam na companhia dos santos e dos profetas.
11. Ímpios são prepotentes e arrogantes. Justos são audazes e serenos.
12. Ímpios brotam como erva daninha pretendendo aniquilar plantios e jardins. Justos colaboram com a criação de Deus tal qual jardineiros de outro mundo possível. 
13. Ímpios formam grupos satânicos e persecutórios. Justos confiam no Senhor Deus, pai de Jesus. 
14. Ímpios são perversos. Justos são mansos e cordiais.
15. Ímpios usam da religião para domesticar e enganar. São idólatras. Justos cuidam dos irmãos.
16. Ímpios são serviçais adestrados dos opressores. Justos ficam ao lado dos empobrecidos.
17. Ímpios são filhos da corrupção. Justos são filhos da luz e da esperança.
18. Ímpios espalham contendas e raivas e nunca apresentam provas de suas mentiras. Justos plantam a paz e são transparentes e desnudos. A gente vê o coração do justo.
19. Ímpios vivem de subornos e depravações. Justos edificam e defendem valores éticos. 
20. Ímpios defendem Pilatos e Herodes. Justos são como Santo Estevão sempre ao lado de Jesus.   
21. Os Ímpios, ao final, naufragam em seu próprio lodaçal indo de mal a pior. Justos recebem a Graça infinita por sua fidelidade e emergem como óleo sobre água.  
22. Como dizia meu pai: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és”. Ímpios segregam e dividem envenenados pelo ódio. Justos constroem pontes guiados pelo amor.  
23. A perseguição diversionista contra padre Júlio e contra a Igreja Católica em São Paulo é claramente articulada por um grupo de vereadores ímpios e perversos da ultradireita fascista. Esta perseguição põe a nu, quem são os justos e onde estão os Ímpios. Quem são os filhos da luz e quem se tornou filho das trevas ao defender normas inconstitucionais e contra a solidariedade. Leis satânicas. Júlio Renato segue sendo o fio de prumo como proclamou em Israel o profeta Amós em tempos do opressor rei Jeroboão II, ao proclamar a verdade do Deus Vivo e Verdadeiro e indicar quem são os seguidores das obras de Satanás. As eleições de outubro permitirão ao povo separar o joio que tomou conta do trigal. 
24. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça! O tempo de Deus chegou! É hora da verdade! Seguiremos partilhando o pão e a esperança. Seguimos ao lado de padre Lancelotti contra os perversos senhores da morte. 
Ouçam a voz de Deus antes que seja tarde demais: Provérbios 14,31 : "Oprimir o povo é ultrajar o seu Criador, mas tratar com bondade o pobre é honrar a Deus".
Se não houver conversão dos vereadores perversos, estes conhecerão a justiça divina.Lista dos vereadores que votaram para multar os que dão pão aos pobres: 
Adilson Amadeu - União Brasil
André Santos – Republicanos
Atilio Francisco – Republicanos
Aurélio Nomura – PSDB
Beto do Social – PSDB
Bombeiro Major Palumbo – PP
Camilo Cristófaro – Avante
Coronel Salles – PSD
Cris Monteiro – NOVO
Danilo do Posto de Saúde – PODE
Dr. Nunes Peixeiro – MDB
Dr. Sidney Cruz – Solidariedade
Dra. Sandra Tadeu - União Brasil
Edir Sales – PSD
Eli Corrêa - União Brasil
Eliseu Gabriel – PSB
Ely Teruel – PODE
Fabio Riva – PSDB
Fernando Holiday – NOVO
George Hato – MDB
Gilson Barreto – PSDB
Isac Félix – PL
Janaina Lima – MDB
João Jorge – PSDB
Jorge Wilson Filho – Republicanos
Marcelo Messias – MDB
Marlon Luz – MDB
Milton Ferreira – PODE
Milton Leite - União Brasil
Missionário José Olimpio – PL
Paulo Frange – PTB
Rinaldi Digilio - União Brasil
Roberto Trípoli – PV
Rodolfo Despachante – PSC
Rodrigo Goulart – PSD
Rubinho Nunes - União Brasil
Rute Costa – PSDB
Sandra Santana – PSDB
Sansão Pereira – Republicanos
Thammy Miranda – PL
Xexéu Trípoli - PSDB - nunca mais devem ser eleitos. São gente de perversidade sem fim.



 A CNBB já se pronunciou? E a Arquidiocese de São Paulo?

O vírus da teocracia no Brasil atual

Padre Leonardo Lucian Dall’Osto

O ano é 1766. Na católica França, após a profanação de um crucifixo, uma histeria coletiva toma conta da cidade de Abbeville. Por intrigas e de forma caluniosa, um jovem Chevalier (Cavaleiro), portanto pertencente a nobreza local, chamado François-Jean Lefebvre de La Barre, foi acusado de cantar músicas blasfemas e de não ter tirado o chapéu diante de uma procissão pública. O juiz local o condenou a ter a língua perfurada, a mão direita cortada e a ser morto. O famoso filósofo e crítico eclesiástico, Voltaire interviu, tentando mostrar a monstruosidade e a inaplicabilidade de uma pena assim desproporcional ao Chevalier. Não obteve sucesso. O jovem teve sua pena comutada: não lhe foram perfuradas a língua nem teve a mão cortada, no entanto teve as pernas quebradas e após ser decapitado, teve seu corpo queimado juntamento com uma cópia do Dicionário Filosófico de Voltaire. Ele tinha 19 anos de idade.

Esse é um fato, ocorrido há 258 anos trás. Muito tempo? Será? O pêndulo da história está mostrando que o fanatismo religioso está em pleno vigor no século XXI e não apenas nos países islâmicos, como geralmente se veicula. Durante séculos o ocidente viveu sob a égide do fanatismo religioso, que regrediu, mas que nunca foi debelado totalmente. A religião perdeu os espaços de poder, isso trouxe oxigênio para as mentes dos teólogos e das lideranças religiosas, dando ao Estado a liberdade de afastar-se das armadilhas religiosas para assumir o cuidado da sociedade na sua totalidade. Houve muitos avanços nesse sentido.

O retrocesso, no entanto, se sente, se faz audível. O atual parlamento, lotado de fundamentalistas religiosos católicos e evangélicos é um reflexo de parte considerável da sociedade brasileira. Gente de parca formação, baixíssima capacidade cognitiva e de rompantes religiosos, se empossou do parlamento, tentando impor pautas religiosas a uma sociedade plural. E eles têm conseguido. Se não há mais retrocessos é porquê a magistratura atual, muito melhor formada e mais pautada pela laicidade do Estado e pelas linhas da Constituição de 1988, têm impedido retrocessos maiores. Porém, até quando? Logo mais esses grupos fundamentalistas estarão também nos espaços jurídicos, aliás, já estão entrando e com projetos reacionários.

O vírus da teocracia sobrevive na atual e frágil democracia ocidental. Quando parece que o ser humano não consegue mais pôr ordem na casa, volta-se a chamar a religião para colocar “cosmos no caos”, impondo à sociedade como tal pautas que pertencem a uma parte desta. Alguns dizem, frequentemente, que a sociedade é religiosa, apesar de o Estado ser laico. Verdade. Porém, o Estado deve governar, legislar e julgar para todos os cidadãos, não importando-se com os vínculos religiosos da maioria ou da minoria. O Estado laico deve pensar políticas públicas para o cristão e para o ateu de forma igual, sem dar mais peso a um que a outro. Somente um Estado fortemente laico pode defender o direito dos religiosos de viverem sua fé e dos ateus de viverem sua descrença. Urge sustentar a laicidade do Estado!

O passado já provou que quando a religião governa, o sofrimento é garantido. A teocracia é uma patologia da organização social, faz com que o Estado assuma a agenda religiosa como sua, imponha essa agenda, e ainda justifica a perseguição e o mal da forma mais perversa possível: é a vontade de Deus! Aliás, quando das cruzadas, entre os séculos XI e XIII, a expressão Deus vult (Deus o quer) era usada para justificar a morte dos “infiéis” muçulmanos. O filósofo Blaise Pascal advertiu que “os homens nunca fazem o mal de modo tão completo e animado como quando fazem a partir de convicção religiosa”. E a razão é simples: se uma “pauta” está explícita na vontade de Deus, ela é norma também política para toda a sociedade.

Que risco se corre no Brasil do século XXI se o fundamentalismo não receber um freio por parte do Estado? É algo para ser refletido com seriedade. O fanatismo religioso é perigoso, ele se organiza, se estrutura, cresce e domina. Fanatismo religioso é um problema de saúde pública, não dá mais para negar isso. Se a parcela da sociedade mais progressista e plural e o Estado não estiverem atentos, em breve poderemos ter que discutir não apenas retrocessos, mas também imposições causadas pela religião que se faz política. 

 (Sacerdote na Paróquia de São Francisco de Paula - RS. Auxilia nos cursos de Teologia da Diocese de Caxias do Sul, nas áreas de Teologia Sistemática e História da Igreja.)

Geração 68 Sempre na Luta
 · 
PL da Fome
Você consegue entender um vereador que se diz cristão colocar uma Lei que multa em 17 mil reais para quem distribuir marmita para pessoas em situações de rua? 
Impossível acreditar mas é verdade em SP.  O vereador do partido União Brasil Rubinho Nunes colocou em votação uma PL que passou em primeiro turno na Câmara paulista. 
E o pior (acreditem, tem pior) justifica a multa para “acabar com tráfico de marmitas” e contra o trabalho da Pastoral realizado por Padre Júlio Lancellotti. 
A população de SP não pode deixar isso ir adiante!







DOM & RAVEL CANÇÃO DA FRATERNIDADE


SEU NOME É JESUS ​​CRISTO





É sempre hora dessa gente bronzeada e seus aliados mostrarem o seu valor.. Playlist para antes e depois do podpapo da Professora Ivonete Cuz sobre Politicas Culturais em Aracaju com Zezito de Oliveira

Canal da Professora Ivonete Cruz no Youtube

As canções dessa sequência apontam para a necessidade de investimento financeiro em arte e cultura, assim como uma legislação mais amiga da arte e da cultura, bem como  formação e qualificação técnica permanente em políticas, gestão, produção e ação cultural para agentes culturais.

Bomfim - Naurêa

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Karina Buhr - Ciranda do Incentivo

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3 - As canções dessa sequência apontam para a necessidade de cuidarmos mais e melhor das nossas crianças e adolescentes para a vida nos dar flores mais bonitas e frutos mais saudáveis, e não apenas no campo da criação artística e produção cultural, mas tendo essas como base estruturante.







4 - As canções dessa sequência apontam para a importância de fortalecermos a nossa identidade e diversidade cultural, mas sem precisar deixar de apreciar e valorizar a diversidade cultural de outros povos e nações. 




5 - As canções dessa sequência apontam para a necessidade de valorizarmos a memória , a sociabilidade e o cuidado com a saúde e com o bem estar por meio da arte e da cultura. 






5 a seco - lua cheia - acústico [OFICIAL]


 




PROJETO ECARTE NA TV








Golpe militar na Bolivia. A extrema-direita aliada ao imperialismo prossegue tentando destruir os avanços e conquistas das lutas pela democracia e pelos direitos humanos na América Latina. .

 

Golpe na Bolívia não fracassou; ainda está sendo preparado

Forças armadas da Bolívia são altamente reacionárias e vinculadas ao imperialismo americano e os agentes da CIA estão profundamente infiltrados entre os militares do país.

O que houve nesse dia 26 de junho na Bolívia ainda não foi um golpe de Estado. Foi um putsch fracassado dado pelo comandante das Forças Armadas, Juan José Zuñiga, de maneira improvisada, acreditando que seria apoiado pelos outros oficiais golpistas.
Mas Zuñiga se precipitou.

Ele havia declarado, dois dias antes, em uma entrevista, que não aceitaria uma nova candidatura de Evo Morales à presidência da República. Como a declaração causou uma enorme polêmica, o presidente Luis Arce anunciou que Zuñiga seria exonerado. Então, o militar se antecipou, organizou um grupo do Regimento Especial de Challapata “Mendez Arcos” e tentou invadir o Palácio do Governo.

Mas ninguém mais o acompanhou. Nenhum quartel se levantou, em nenhum lugar do país. Contudo, ao contrário do que pode se pensar, a polícia não desempenhou um papel preponderante na contenção do putsch. Embora ela também não tenha aderido à aventura de Zuñiga, ela é ainda mais reacionária que o exército e esteve na vanguarda do golpe de 2019.



Sobre Adélia Prado. Chico Alencar, Embaixada de Portugal no Brasil

 Chico Alencar   · 

MOMENTO

Enquanto eu fiquei alegre,

permaneceram um bule azul com um descascado no bico,

uma garrafa de pimenta pelo meio,

um latido e um céu limpidíssimo

com recém-feitas estrelas.

Resistiram nos seu lugares, em seus ofícios,

constituindo o mundo pra mim, anteparo

para o que foi um acometimento:

súbito é bom ter um corpo pra rir

e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo

alegre do que triste. Melhor é ser.

(Adélia Prado)

BOA NOVA! Adélia Prado ganhou o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. O prêmio é atribuído ao conjunto da obra. 

Adélia já havia conquistado, semana passada, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL).

“Estou duplamente em festa. Quero dividir minha alegria com todos os amantes da língua portuguesa, essa fonte poderosa de criação”, disse ela.

Nascida em 1935, em Divinópolis (MG), onde reside até hoje, Adélia lecionou por 24 anos. Só publicou o primeiro livro de poemas, “Bagagem”, em 1976.

A poesia de Adélia é memória, é experiência do vivido, é aprofundar sem se afogar. A cada poema seu abre-se uma nova janela para enxergar o mundo com uma cor diferente.

“Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,

mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,

atravessou minha vida,

virou só sentimento.”

Suas palavras honram o tempo, recuperam o passado e aliviam o presente – tão machucado ultimamente.

Sorte a nossa tê-la!

Viva Adélia Prado!

PS: quem sabe o governador Zema, de MG (do Novo/velho), se interessa agora em conhecer sua obra? Em entrevista a rádio da cidade natal da poeta, ano passado, ele mostrou não ter ideia de quem era Adélia, indagando se ela trabalhava ali...

A Embaixada de Portugal no Brasil felicita Adélia Prado pelo Prémio Camões 2024, a maior distinção da literatura em língua portuguesa. Segundo o júri, "Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras

"Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo..", Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa".

Adélia Prado nasceu em Divinópolis, no estado de Minas Gerais, em 1935. O seu primeiro livro de poesia "Bagagens" (1976) foi elogiado por poetas como Drummond de Andrade. "Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo", escreveu

Drummond à época.

Na semana passada, recebeu o conceituado Prêmio Machado de Assis, atribuído pela Academia Brasileira de Letras.


Veja cinco livros para conhecer Adélia Prado, poeta vencedora do Camões
Escritora mineira recebeu o reconhecimento máximo entre os escritores de língua portuguesa
Por Agências
Publicado em 27 de junho de 2024 | 19:01

A poeta Adélia Prado, uma das maiores em atividade no Brasil, foi agraciada dentro de uma semana com os prêmios Machado de Assis e Camões. O primeiro é a principal premiação da ABL, e o segundo é o reconhecimento máximo entre os escritores de língua portuguesa.

Os troféus vieram às vésperas de seu próximo lançamento, "Jardim das Oliveiras", que marca seu retorno à literatura depois de mais de dez anos.

Confira abaixo uma seleção de obras, em poesia e prosa, que marcaram a carreira da escritora mineira.

BAGAGEM (1976)
Editora: Record; R$ 59,90 (144 págs.)

O primeiro livro de Adélia Prado foi lido com empolgação por Carlos Drummond de Andrade. Os poemas reunidos nesta obra abordam temas variados como o amor carnal e divino, as cores e dores da vida e o fazer poético. Mas, apesar da diversidade temática, os textos formam uma unidade, marcados pelo estilo inconfundível da autora.

O CORAÇÃO DISPARADO (1978)
Editora: Record; R$ 59,90 (160 págs.)

O livro vencedor do Prêmio Jabuti se entranha ainda mais na religiosidade, tema que depois se tornou marca de sua obra. Através de poemas míticos, a autora compartilha sua experiência religiosa a partir de vivências de natureza comum.

A FACA NO PEITO (1988) 
Editora: Record; R$ 37,90 (ebook)

Este livro é centrado na figura de Jonathan, um personagem que representa Deus, o sexo masculino e a crença religiosa. Jonathan, para a autora, representa a fuga e a eterna busca por realização.

O HOMEM DA MÃO SECA (1994)
Editora: Record; 192 págs.

Um dos principais trabalhos da autora em prosa, a obra conta a história do casal Antônia e Thomaz. O título faz referência a passagem da Bíblia em que Jesus cura milagrosamente um homem de mão seca, condição que representa a incapacidade humana de dar e receber.

MISERERE (2013)
Editora: Record; R$ 54,90 (96 págs.)

Neste seu livro mais recente, antes que a autora entrasse num "deserto criativo", Prado reúne 38 poemas que articulam lembranças de infância, o desejo de desfrutar o presente e incertezas quanto ao futuro.


Para saber mais:




Adélia Prado, considerada uma das maiores poetas vivas, vence prêmio Machado de Assis

Escritora mineira foi reconhecida pelo conjunto da obra e já inspirou outros grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond e Clarice Lispector


RUBEM ALVES E ADÉLIA PRADO

A poetisa mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Camões de Literatura 2024, considerado o mais importante da língua portuguesa. O júri comentou que “Adélia é lírica, bíblica e existencial”. A premiação, no valor de 100 mil euros, é concedida pelos governos de Portugal e do Brasil. Nesta mesma semana, a escritora recebeu o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Adélia Prado é considerada a maior poetisa viva do Brasil. Em sua homenagem, a TV Unicamp resgata um bate-papo imperdível, gravado em 1990, entre a poetisa e o escritor Rubem Alves, na época professor da Unicamp. No encontro, os dois falam sobre literatura, silêncio poético, prosa, licença poética, emoção, produção literária, arte e neurose. Roteiro e apresentação: Silvio Anunciação Imagens: Arquivo TV Unicamp Acervo: Cristina Toledo Edição: Kleber Casabllanca Capa: Paulo Cavalheri Coordenação: Patrícia Lauretti



quarta-feira, 26 de junho de 2024

56 anos da passeata dos 100 mil contra a ditadura militar

 


100 mil vozes

Em 26 de junho de 1968,  as ruas da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foram ocupadas por diversas pessoas que se preparavam para marchar contra a ditadura militar.

A marcha teve início às 14h, com aproximadamente 50 mil pessoas, e uma hora depois esse número já havia dobrado.

Além dos estudantes, artistas, intelectuais, políticos e diversos setores da sociedade brasileira se juntaram à manifestação, tornando-a uma das maiores e mais significativas da história republicana do Brasil.

Ao passar pela igreja da Candelária, a marcha parou para ouvir o discurso emocionado do líder estudantil Vladimir Palmeira, que destacou a morte de Edson Luís e exigiu o fim da ditadura militar.

Com uma enorme faixa à frente com os dizeres "Abaixo a Ditadura. O Povo no poder", a passeata durou três horas, terminando pacificamente em frente à Assembleia Legislativa, sem conflitos graves com o robusto aparato policial que acompanhou todo o percurso da manifestação.

A passeata foi um ato de resistência corajoso, da juventude, artistas e intelectuais.

#DitaduraNuncaMais 

#democraciasempre

Prefeitura de Aracaju ignora Sistema Nacional de Cultura e mantém formato antidemocrático na gestão cultural da capital.

 

A lei nº 14.835 instituiu o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC), estabelecendo critérios para a formatação dos conselhos de cultura dos entes federativos. Apesar de ser reconhecida como um avanço para o setor, a prefeitura de Aracaju decidiu ignorar as diretrizes do texto para perpetuar um modelo ficcional de Conselho de Cultura.

Em sua 4ª seção, o marco regulatório desenha o modelo que deve ser seguido pelos entes federativos que aderiram ao SNC, como Aracaju. Segundo o artigo 16 da lei, nos conselhos deve, no mínimo, haver composição paritária da sociedade civil em relação aos membros do poder público, com esses representantes da sociedade sendo “escolhidos por meio de eleição direta por seus pares”.

Em nota conjunta, o Comitê Estadual Paulo Gustavo e o Ministério da Cultura questionam como as nomeações se deram, sem eleição ou transparência, contrariando o SNC. Além disso, ressaltam que “a eleição dos representantes da sociedade civil é crucial para a legitimidade e eficácia do Conselho”.

Uma fala do vereador Elber Batalha (PSB) deixa inapelável que as nomeações se deram de maneira pouco transparente. O vereador teria encontrado Luciano Correia, presidente da Funcaju, e questionado sobre o Conselho de Cultura, ficando acordado um diálogo com os vereadores sobre sua reestruturação. O vereador, no entanto, fora surpreendido com a nomeação dos membros do conselho no mesmo dia, com a estrutura antiga, que garante ao Executivo a palavra final.
[...]
Ignorado pela gestão de Edvaldo Nogueira, o Conselho Municipal de Política Cultural não pode ser mais um órgão fictício, devendo ser um órgão ativo e verdadeiramente democrático. Dando aos membros da sociedade civil condições reais de direcionarem os rumos da cultura, superando o atual modelo que garante ao Executivo que sua vontade saia vitoriosa. Esse modelo antidemocrático representa o compromisso com o erro e ignora um modelo de construção cultural que valoriza as diversas vozes que diuturnamente constroem e dão vida à nossa cultura.

O Sergipense entrou em contato com a Funcaju, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

“Além de não garantir a eleição dos representantes, o atual formato do Conselho não exige que diferentes expressões artísticas estejam representadas, nem tece sobre considerar a diversidade territorial e cultural de Aracaju. O atual formato corrompe a paridade e o poder da sociedade ao garantir ao presidente, que na lei é o secretário especial da cultura, o direito de desempate — garantindo que o posicionamento da gestão seja vitorioso”.

A forma como a prefeitura de Aracaju instala esse conselho confirma solenemente o arcaismo do pensamento da politica cultural em Aracaju e nos demais municipios, a exceção menos pior é São Cristóvão, observem bem, menos pior.. Ou seja, a grande obra das oligarquias de Sergipe Del Rey, da destruição da identidade cultural sergipana caminha em passos largos. E isso vem de longa data, a despeito de uma aparente preocupação com a cultura. 
Quanto a fala do Élber Batalha, ele teve um deslize, quando afirmou que a inclusão de um secretário de administração, sem este cargo não existir formalmente foi um "vacilo" da Funcaju, mas o fato dele dizer que não faria sentido o assento de um secretário de administração porque este teria mais o que fazer.. E é aqui onde é mostrado o vacilo do vereador. 
Ora bolas! Pensar a cultura como politica estruturante até poderia dispensar o secretário da administração, mas não poderia prescindir de um secretário da fazenda. Ou seja, a discussão sobre cultura em termos contemporâneos é muito importante para ficar apenas a cargo de artistas e intelectuais.

A fala do Élber Batalha foi traduzida pelo editor deste blog .

Quanto a este imbróglio do Conselho de Aracaju. O que fazer? Entrar no MP?

ZdO


O video com a fala completa do vereador Élber Batalha encontra-se abaixo:

https://www.youtube.com/live/n4VC3aFK5UkAr

Para encontrar arraste o cursor a partir de 1:27:30

Naurêa - Bomfim - Sambaião Ao Vivo



É muito chão, é muito sol 
Muito sinal, muito desdém 
É muito mais além

É muito santo e proteção 
Muito trabalho e oração 
É muita perdição

É muita dor, muito suor 
Muito swing e carnaval 
É música afinal

É muito frio, muito calor 
Muito pedir, tanto favor 
Bondade mata, meu senhor, iô iô iô

No fim a gente ganha 
Bomfim a gente ganha 
Sim senhor 2x

Minha menina 
Estrela matutina 
Brinco sem dinheiro 
Como é bom ser brasileiro

Minha menina 
Estrela matutina 
Vivo só brincando 
Como é bom ser sergipano



ONDE ESTÁ ESCRITO CAICÓ PODE-SE LER "ARACAJU".
Ah! Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer

Ah! Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer

É com, é sem
Milhão e vintém
Todo mundo e ninguém
Pé de xique-xique, pé de flor

Relabucho, velório
Videogame oratório
High-cult simplório
Amor sem fim, desamor

Ah! Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer

Sexo no-iê
Oxente, oh! Shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkman
Sexo no-iê
Oxente, oh! Shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkman

Ah! Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer

USAR NÃO É CRIME Descriminalização da maconha: o que muda após decisão do STF Decisão é histórica e representa avanço, mas não significa que as pessoas poderão fumar maconha livremente pelas ruas; entenda

 "Eis que vos tenho dado toda erva verde que se encontre na superfície da Terra. Esta vos será para mantimento"

Gênesis, 1:29/30

Palavra de Deus.


O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão histórica nesta terça-feira (26): determinou, após formar maioria em julgamento, que portar pequenas quantidades de maconha para uso pessoal não configura crime. Foram 8 votos a favor da descriminalização e 3 contrários.

O julgamento, iniciado em 2015, se arrastou por quase 10 anos. A análise focou na constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), partindo de um caso concreto de prisão por porte de 3 gramas de maconha. A lei não especificava critérios claros para diferenciar usuários de traficantes, e o julgamento do STF buscou estabelecer essa diferenciação. A quantidade de maconha considerada para uso pessoal, ou seja, que não configura crime, deve ser fixada entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

Embora a Lei de Drogas já não previsse a prisão de usuários, o porte de maconha ainda era considerado crime, resultando em inquéritos policiais e processos judiciais. Com a decisão do STF, o porte deixa de ser crime e, se um usuário for flagrado com pequena quantidade, estará cometendo apenas um ilícito administrativo, sujeito a sanções administrativas e socioeducativas, como advertências sobre os efeitos das drogas e participação em programas ou cursos educativos.

Dário de Moura, ativista pela legalização da maconha filiado ao PSOL, explica de maneira objetiva:

"Se a polícia te pegar fumando e/ou carregando uma quantidade (que ainda não foi definida, mas deve ser entre 40g e 60g), você ainda será encaminhado para a delegacia e sua maconha será apreendida. Mas você NÃO SERÁ PRESO e isso é o que mais importa", esclarece.

"Ou seja, portar e fumar na rua CONTINUA ILEGAL e você pode receber medidas administrativas: assistir palestras, ser encaminhado para o SUS para tratar o uso problemático. O que é uma vitória, pois inibe o encarceramento e o uso é tratado na saúde, não pela polícia", prossegue Moura.

O STF não "legalizou" a maconha. A descriminalização do porte para consumo pessoal não implica a legalização total, pois a produção, venda e distribuição de maconha ou qualquer outra droga continuam proibidas no Brasil.

O efeito prático da decisão é impedir que pessoas flagradas portando pequenas quantidades de maconha, desde que comprovado o uso pessoal, sejam penalizadas. Atualmente, a Lei de Drogas considera crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal, prevendo penas como prestação de serviços à comunidade.

A interpretação do que é quantidade para "consumo pessoal" e o que configura tráfico, no entanto, é inicialmente feita pelas polícias, que frequentemente consideram pretos e pobres como traficantes e brancos, de classe média ou alta, como usuários. O julgamento do STF visa alterar esse cenário, definindo exatamente qual quantidade de droga pode ser considerada para uso pessoal.

Em entrevista à Fórum, o advogado Max Telesca, especialista em Direito Penal e Processual Penal, afirma que o STF, na prática, acabou com o entendimento de que portar drogas, "apesar de não ser punível com prisão, é crime e, por essa razão, é obrigação do policial conduzir o autor do fato ao juízo competente ou à delegacia, para registro do termo circunstanciado e, em alguns casos, prisão".

"O STF, em realidade, busca sanar uma questão prática apontada pelas estatísticas forenses, mais especificamente da Associação Brasileira de Jurimetria, que mostrou que jovens negros e analfabetos, ao serem presos com quantidades de maconha com as quais alegaram ser apenas posse para consumo próprio, foram considerados traficantes, enquanto brancos com ensino superior foram, em sua maioria, considerados usuários", pontua Telesca.

Nathália Oliveira, cientista social, cofundadora e diretora executiva da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, disse em entrevista à Fórum que "a decisão acabou reduzindo a discussão apenas para cannabis e não para todas as drogas", mas pondera:

"Ao mesmo tempo, considero que o voto dos ministros sofreu uma qualificação substancial na luta por justiça racial ao trazer o reconhecimento público de que a proibição afeta desproporcionalmente a população negra".

Embate com o Congresso Nacional

A decisão do STF foi proferida em meio à tensão com o Congresso Nacional, já que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou recentemente um parecer do deputado Ricardo Salles (PL-SP) que endurece a criminalização dos usuários, independente da quantidade de drogas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por sua vez, criticou a decisão da Corte de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. O senador, autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a proibição do porte de quaisquer quantidades de substâncias ilícitas, afirmou que houve uma “invasão da competência do Congresso”.

Segundo Nathália Oliveira, da Iniciativa Negra, "a decisão do STF é uma pequena brecha para desinterdição no debate sobre regulamentação da cadeia produtiva". A socióloga, no entanto, chama a atenção para o avanço no Congresso Nacional da PEC que busca intensificar a criminalização dos usuários.

"O resultado acontece no mesmo período no qual enfrentamos um legislativo ultraconservador que deve reagir a essa decisão através do endurecimento das leis de drogas, como é o caso da PEC 45. Por outro lado, uma interpretação por parte da Suprema Corte sobre esse assunto pode mobilizar setores que estavam em cima do muro sobre a pauta", analisa.

"Sabemos que esse primeiro passo terá reação no Congresso Nacional, aumentando o risco da aprovação da PEC 45. Sigamos atentas e mobilizadas para garantir essa vitória também nas ruas".

O advogado Max Telesca, por sua vez, afirma que a decisão do STF coloca o Congresso Nacional "em uma posição difícil".

"Há, ainda, a questão colocada no Congresso Nacional de uma PEC que criminaliza a posse de qualquer tipo de droga, mas com o julgamento do STF, o Congresso fica numa posição difícil, pois quem determina o que é compatível com a Constituição Federal é o STF".


A diferença entre usuário e traficante sempre foi medida pela paleta de cores e pelo cep do indivíduo!