100 mil vozes
Em 26 de junho de 1968, as ruas da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foram ocupadas por diversas pessoas que se preparavam para marchar contra a ditadura militar.
A marcha teve início às 14h, com aproximadamente 50 mil pessoas, e uma hora depois esse número já havia dobrado.
Além dos estudantes, artistas, intelectuais, políticos e diversos setores da sociedade brasileira se juntaram à manifestação, tornando-a uma das maiores e mais significativas da história republicana do Brasil.
Ao passar pela igreja da Candelária, a marcha parou para ouvir o discurso emocionado do líder estudantil Vladimir Palmeira, que destacou a morte de Edson Luís e exigiu o fim da ditadura militar.
Com uma enorme faixa à frente com os dizeres "Abaixo a Ditadura. O Povo no poder", a passeata durou três horas, terminando pacificamente em frente à Assembleia Legislativa, sem conflitos graves com o robusto aparato policial que acompanhou todo o percurso da manifestação.
A passeata foi um ato de resistência corajoso, da juventude, artistas e intelectuais.
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