sexta-feira, 28 de junho de 2024

Memes para ajudar a derrotar os vereadores paulistas que perseguem os mais pobres e o Pe. Júlio com um projeto que multa quem faz caridade. Acompanha playlist contra a fome

 DERROTAR O FASCISMO NAS REDES, NAS RUAS E NAS URNAS! 



Os Ímpios produzem morte e os justos partilham o pão (24 sentenças paradoxais em tempos da perseguição ao padre Júlio Renato Lancelotti e aos sofredores de rua acrescidas da perversidade de nova lei inumana e imoral promulgada em São Paulo). 
Reflexão do Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior, assistente doutor da PUC-SP.  
1. Ímpios atacam aqueles e aquelas que pertencem a Igreja de Deus. Justos mostram Deus em suas vidas e em rostos transfigurados. São perseverantes apesar do ódio e da mentira. 
2. Ímpios atacam quem faz o bem, pois são filhos das trevas. Justos não tem medo da luz nem da verdade. Dois caminhos opostos. 
3. Ímpios vociferam mentiras e calunias. Justos mostram coerência entre práticas e palavras. 
4. Ímpios tem língua partida como serpentes venenosas. Justos proclamam o que creem e creem no que pregam.
5. Ímpios tem rabo preso com os donos do poder. Justos podem ser derrotados, mas nunca vencidos, pois a luta que empreendem é a causa nobre da defesa da humanidade.
6. Ímpios são infiéis, traindo e tergiversando. Justos cumprem promessas e assumem os riscos de salvar a vida dos vulneráveis.
7. Ímpios são arautos da morte. Justos são servos da Vida. 
8. Ímpios usam o dicionário do ódio e do rancor. Justos usam o idioma da justiça e da paz.
9. Ímpios destroem o que não é espelho para enfeitar suas vaidades e seu patológico narcisismo. Em geral são estéreis no amor. Justos não usam espelhos. São pessoas semente.
10. Ímpios se reúnem com outros depravados em sociedades malignas. Justos andam na companhia dos santos e dos profetas.
11. Ímpios são prepotentes e arrogantes. Justos são audazes e serenos.
12. Ímpios brotam como erva daninha pretendendo aniquilar plantios e jardins. Justos colaboram com a criação de Deus tal qual jardineiros de outro mundo possível. 
13. Ímpios formam grupos satânicos e persecutórios. Justos confiam no Senhor Deus, pai de Jesus. 
14. Ímpios são perversos. Justos são mansos e cordiais.
15. Ímpios usam da religião para domesticar e enganar. São idólatras. Justos cuidam dos irmãos.
16. Ímpios são serviçais adestrados dos opressores. Justos ficam ao lado dos empobrecidos.
17. Ímpios são filhos da corrupção. Justos são filhos da luz e da esperança.
18. Ímpios espalham contendas e raivas e nunca apresentam provas de suas mentiras. Justos plantam a paz e são transparentes e desnudos. A gente vê o coração do justo.
19. Ímpios vivem de subornos e depravações. Justos edificam e defendem valores éticos. 
20. Ímpios defendem Pilatos e Herodes. Justos são como Santo Estevão sempre ao lado de Jesus.   
21. Os Ímpios, ao final, naufragam em seu próprio lodaçal indo de mal a pior. Justos recebem a Graça infinita por sua fidelidade e emergem como óleo sobre água.  
22. Como dizia meu pai: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és”. Ímpios segregam e dividem envenenados pelo ódio. Justos constroem pontes guiados pelo amor.  
23. A perseguição diversionista contra padre Júlio e contra a Igreja Católica em São Paulo é claramente articulada por um grupo de vereadores ímpios e perversos da ultradireita fascista. Esta perseguição põe a nu, quem são os justos e onde estão os Ímpios. Quem são os filhos da luz e quem se tornou filho das trevas ao defender normas inconstitucionais e contra a solidariedade. Leis satânicas. Júlio Renato segue sendo o fio de prumo como proclamou em Israel o profeta Amós em tempos do opressor rei Jeroboão II, ao proclamar a verdade do Deus Vivo e Verdadeiro e indicar quem são os seguidores das obras de Satanás. As eleições de outubro permitirão ao povo separar o joio que tomou conta do trigal. 
24. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça! O tempo de Deus chegou! É hora da verdade! Seguiremos partilhando o pão e a esperança. Seguimos ao lado de padre Lancelotti contra os perversos senhores da morte. 
Ouçam a voz de Deus antes que seja tarde demais: Provérbios 14,31 : "Oprimir o povo é ultrajar o seu Criador, mas tratar com bondade o pobre é honrar a Deus".
Se não houver conversão dos vereadores perversos, estes conhecerão a justiça divina.Lista dos vereadores que votaram para multar os que dão pão aos pobres: 
Adilson Amadeu - União Brasil
André Santos – Republicanos
Atilio Francisco – Republicanos
Aurélio Nomura – PSDB
Beto do Social – PSDB
Bombeiro Major Palumbo – PP
Camilo Cristófaro – Avante
Coronel Salles – PSD
Cris Monteiro – NOVO
Danilo do Posto de Saúde – PODE
Dr. Nunes Peixeiro – MDB
Dr. Sidney Cruz – Solidariedade
Dra. Sandra Tadeu - União Brasil
Edir Sales – PSD
Eli Corrêa - União Brasil
Eliseu Gabriel – PSB
Ely Teruel – PODE
Fabio Riva – PSDB
Fernando Holiday – NOVO
George Hato – MDB
Gilson Barreto – PSDB
Isac Félix – PL
Janaina Lima – MDB
João Jorge – PSDB
Jorge Wilson Filho – Republicanos
Marcelo Messias – MDB
Marlon Luz – MDB
Milton Ferreira – PODE
Milton Leite - União Brasil
Missionário José Olimpio – PL
Paulo Frange – PTB
Rinaldi Digilio - União Brasil
Roberto Trípoli – PV
Rodolfo Despachante – PSC
Rodrigo Goulart – PSD
Rubinho Nunes - União Brasil
Rute Costa – PSDB
Sandra Santana – PSDB
Sansão Pereira – Republicanos
Thammy Miranda – PL
Xexéu Trípoli - PSDB - nunca mais devem ser eleitos. São gente de perversidade sem fim.



 A CNBB já se pronunciou? E a Arquidiocese de São Paulo?

O vírus da teocracia no Brasil atual

Padre Leonardo Lucian Dall’Osto

O ano é 1766. Na católica França, após a profanação de um crucifixo, uma histeria coletiva toma conta da cidade de Abbeville. Por intrigas e de forma caluniosa, um jovem Chevalier (Cavaleiro), portanto pertencente a nobreza local, chamado François-Jean Lefebvre de La Barre, foi acusado de cantar músicas blasfemas e de não ter tirado o chapéu diante de uma procissão pública. O juiz local o condenou a ter a língua perfurada, a mão direita cortada e a ser morto. O famoso filósofo e crítico eclesiástico, Voltaire interviu, tentando mostrar a monstruosidade e a inaplicabilidade de uma pena assim desproporcional ao Chevalier. Não obteve sucesso. O jovem teve sua pena comutada: não lhe foram perfuradas a língua nem teve a mão cortada, no entanto teve as pernas quebradas e após ser decapitado, teve seu corpo queimado juntamento com uma cópia do Dicionário Filosófico de Voltaire. Ele tinha 19 anos de idade.

Esse é um fato, ocorrido há 258 anos trás. Muito tempo? Será? O pêndulo da história está mostrando que o fanatismo religioso está em pleno vigor no século XXI e não apenas nos países islâmicos, como geralmente se veicula. Durante séculos o ocidente viveu sob a égide do fanatismo religioso, que regrediu, mas que nunca foi debelado totalmente. A religião perdeu os espaços de poder, isso trouxe oxigênio para as mentes dos teólogos e das lideranças religiosas, dando ao Estado a liberdade de afastar-se das armadilhas religiosas para assumir o cuidado da sociedade na sua totalidade. Houve muitos avanços nesse sentido.

O retrocesso, no entanto, se sente, se faz audível. O atual parlamento, lotado de fundamentalistas religiosos católicos e evangélicos é um reflexo de parte considerável da sociedade brasileira. Gente de parca formação, baixíssima capacidade cognitiva e de rompantes religiosos, se empossou do parlamento, tentando impor pautas religiosas a uma sociedade plural. E eles têm conseguido. Se não há mais retrocessos é porquê a magistratura atual, muito melhor formada e mais pautada pela laicidade do Estado e pelas linhas da Constituição de 1988, têm impedido retrocessos maiores. Porém, até quando? Logo mais esses grupos fundamentalistas estarão também nos espaços jurídicos, aliás, já estão entrando e com projetos reacionários.

O vírus da teocracia sobrevive na atual e frágil democracia ocidental. Quando parece que o ser humano não consegue mais pôr ordem na casa, volta-se a chamar a religião para colocar “cosmos no caos”, impondo à sociedade como tal pautas que pertencem a uma parte desta. Alguns dizem, frequentemente, que a sociedade é religiosa, apesar de o Estado ser laico. Verdade. Porém, o Estado deve governar, legislar e julgar para todos os cidadãos, não importando-se com os vínculos religiosos da maioria ou da minoria. O Estado laico deve pensar políticas públicas para o cristão e para o ateu de forma igual, sem dar mais peso a um que a outro. Somente um Estado fortemente laico pode defender o direito dos religiosos de viverem sua fé e dos ateus de viverem sua descrença. Urge sustentar a laicidade do Estado!

O passado já provou que quando a religião governa, o sofrimento é garantido. A teocracia é uma patologia da organização social, faz com que o Estado assuma a agenda religiosa como sua, imponha essa agenda, e ainda justifica a perseguição e o mal da forma mais perversa possível: é a vontade de Deus! Aliás, quando das cruzadas, entre os séculos XI e XIII, a expressão Deus vult (Deus o quer) era usada para justificar a morte dos “infiéis” muçulmanos. O filósofo Blaise Pascal advertiu que “os homens nunca fazem o mal de modo tão completo e animado como quando fazem a partir de convicção religiosa”. E a razão é simples: se uma “pauta” está explícita na vontade de Deus, ela é norma também política para toda a sociedade.

Que risco se corre no Brasil do século XXI se o fundamentalismo não receber um freio por parte do Estado? É algo para ser refletido com seriedade. O fanatismo religioso é perigoso, ele se organiza, se estrutura, cresce e domina. Fanatismo religioso é um problema de saúde pública, não dá mais para negar isso. Se a parcela da sociedade mais progressista e plural e o Estado não estiverem atentos, em breve poderemos ter que discutir não apenas retrocessos, mas também imposições causadas pela religião que se faz política. 

 (Sacerdote na Paróquia de São Francisco de Paula - RS. Auxilia nos cursos de Teologia da Diocese de Caxias do Sul, nas áreas de Teologia Sistemática e História da Igreja.)



Geração 68 Sempre na Luta
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PL da Fome
Você consegue entender um vereador que se diz cristão colocar uma Lei que multa em 17 mil reais para quem distribuir marmita para pessoas em situações de rua? 
Impossível acreditar mas é verdade em SP.  O vereador do partido União Brasil Rubinho Nunes colocou em votação uma PL que passou em primeiro turno na Câmara paulista. 
E o pior (acreditem, tem pior) justifica a multa para “acabar com tráfico de marmitas” e contra o trabalho da Pastoral realizado por Padre Júlio Lancellotti. 
A população de SP não pode deixar isso ir adiante!







DOM & RAVEL CANÇÃO DA FRATERNIDADE


SEU NOME É JESUS ​​CRISTO




Sábado, 29 de junho de 2024
Rubinho Nunes contra a marmita


Ex-MBL voltou atrás, mas sua campanha continua.

Nesta semana, os vereadores paulistanos aprovaram em primeiro turno o PL 445-23, de Rubinho Nunes, do União Brasil, que previa multa de R$ 17 mil a quem doasse alimentos para a população de rua da cidade. O projeto foi aprovado com a justificativa infame de acabar com o "tráfico de marmita". 


Na teoria, a ideia era criar "protocolos de segurança alimentar para pessoas em vulnerabilidade social”. Na prática, dificultava que ONGs e pessoas físicas distribuíssem voluntariamente marmitas a sem-teto. O projeto foi aprovado em 32 segundos. 


Foi só depois de uma intensa reação da sociedade que Nunes voltou atrás – suspendeu a tramitação do projeto e falou em "erro". Diz que não se 'atentou ao valor da multa'. 


Mas é preciso colocar as coisas em perspectiva: o PL da fome, foi apelidado, não é uma iniciativa isolada. Ele faz parte de uma cruzada maior, orquestrada desde o fim do ano passado. 


Seguindo a cartilha do MBL, Rubinho Nunes aprendeu a capitalizar politicamente em cima da polêmica em redes sociais antagonizando com a esquerda – e foi exatamente isso que ele fez desta vez.


Há meses, o vereador vem empreendendo uma cruzada contra o padre Júlio Lancellotti. As acusações de Nunes contra o religioso, conhecido por seu trabalho com a população em situação de rua na capital paulista, vão de "máfia da miséria" à associações com pedofilia. 


Rubinho Nunes está em uma saga para tentar emplacar uma CPI para "máfia da miséria" que atuaria na Cracolândia. No começo deste ano, vários vereadores que haviam endossado a CPI retiraram a assinatura quando viram que a investigação seria direcionada ao padre. 


Em março deste ano, houve outro pedido de CPI, já mirando Padre Júlio, desta vez para investigar supostos abusos sexuais contra pessoas vulneráveis. Lancellotti nega todas as acusações.


Denúncia parecida já havia sido feita por outro ex-MBL, Arthur do Val, em 2020. Segundo ex-membros do movimento, a máquina de moer reputações do MBL usou um vídeo fabricado como "prova" contra Lancellotti em acusações de pedofilia. O objetivo: impulsionar a candidatura de Val, conhecido como Mamãe Falei. Essa história é contada em uma reportagem na revista piauí


As investigações contra o padre foram arquivadas pelo Ministério Público na época. Mas acusações semelhantes ressurgiram – de novo, em ano eleitoral. 


Desta vez, a narrativa orquestrada de Rubinho Nunes contra Padre Júlio e organizações de caridade ficam claras nos anúncios do vereador no Facebook. Ele gastou ao menos R$ 15 mil só em anúncios que miram o religioso, entre fevereiro e março deste ano. 


Em um deles, o vereador lamentava que Câmara estivesse "se ajoelhando para um pedófilo". Pedia apoio para conseguir assinaturas para a CPI. O anúncio custou R$ 3 mil e atingiu 100 mil pessoas.


Em outro, Nunes dizia que 'fluxo' na Cracolândia aumentou em 140% depois que o Fernando Haddad criou o 'Bolsa Crack' em SP". "As ONGs esquerdistas se multiplicaram no período. Agora, elas querem boicotar a CPI que vai investigá-las", dizia a propaganda. (O que aumentou mesmo foi a Cracolândia de Ricardo Nunes: 43% só no segundo semestre de 2023.)


Só que, agora, Rubinho Nunes e seus pedidos de CPI entraram na mira da Polícia Civil. O órgão irá investigar a conduta do vereador a pedido do Ministério Público de São Paulo. 


O pedido inicial foi feito pelo Instituto Padre Ticão, ONG que acusa Rubinho Nunes de abuso de autoridade por tentar abrir a CPI "mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político". 


O MPSP entendeu que o caso deveria ser melhor esclarecido. Como mostrou a votação do PL da Fome, o ex-MBL conseguiu emplacar sua cruzada dentro da Câmara – mas a sociedade mostrou que não está disposta a comprar essa campanha do lado de fora. Que os vereadores aprendam. Afinal, é ano eleitoral.

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