quinta-feira, 13 de junho de 2024

A CORRIDA DE OBSTÁCULOS DOS FAZEDORES DE CULTURA PARA ACESSAR OS RECURSOS DA LEI PAULO GUSTAVO.

  


Muitos fazedores de cultura buscando informações de diversas naturezas na Funcap e na Funcaju . Em muitos casos sobre o rebaixamento de projetos classificados e selecionados na primeira lista, para não selecionados na segunda.. Em outros casos sobre abertura de contas, se especifica ou se pode utilizar uma conta existente, mas zerada. Em outros casos sobre entrega de documentos. Há telefones que não atende, e-mails não respondidos...

Tenho vivência com isso e tenho acompanhado nos grupos, 

É problema atrás de problema,  o que comprova o quanto os orgãos culturais estão desaparelhados para cuidar da Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc (PNAB). Caso não contratem mais gente qualificada e liberada pra se dedicar a PNAB, veremos a repetição do que acontece na Lei Paulo Gustavo (LPG). Um ponto importante para debate com os candidatos a prefeito e a vereador  nestas eleições...

O primeiro obstáculo a ser superados nos primeiros 100 metros da corrida é a inscrição de um bom projeto para ser selecionado por uma comissão de pareceristas, e torcendo para serem sempre independestes e fazerem o julgamento mais técnico e artístico-cultural do que motivados por outros interesses.

Imagine se os 5% dos recursos destinados aos estados e municípios para operacionalização da lei não fossem colocados pelos legisladores? O que comprova o quanto estados e municípios também precisam destinar recursos para melhor preparar seus órgãos em termos estruturais,  para lidarem com a democratização das fontes de acesso à cultura gerados pelas LPG e PNAB. E aqui concurso público é o mais ideal, mas se isso não for possível no curto prazo, é urgente a formação de equipes exclusivas, qualificadas e com salários condizentes  para ficarem  à frente da gestão da  PNAB. 

Como antes das leis de fomento o relacionamento se dava basicamente com artistas mais, ou menos consagrados,  e com empresas de produção de eventos, a gestão era bem mais fácil.

Zezito de Oliveira - Educador e agente/produtor cultural.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito triste ter um trabalho aprovado no primeiro resultado e desaprovado no segundo. Enquanto uma mesma pessoa tem 5 projetos aprovados outros tem o seu excluído na segunda lista.

AÇÃO CULTURAL disse...

É isso mesmo! As razões para desaprovação até podem existir por conta dos recursos que podem elevar a mota de uns em detrimento de outros, inclusive por razões plausiveis, no entanto o problema é falta de informações, de transparência...
Quanto a quantidade de projetos há um limite, nem sempre pode-se um por categoria, mas não havendo pode-se acontecer isso mesmo. Por isso defendemos o investimento em formação e qualificação cultural continuada, e não apenas oficinas de curta ou curtissma duração depois de aberto o edital, como acontece em algumas situações...
Zezito de Oliveira..