São Pedro Pescador, padroeiro do Bairro Industrial e protetor dos pescadores da comunidade “Prainha”
Ivo Jeremias - Agência CMA — publicado 28/06/2024 14h15, última modificação 28/06/2024 14h43Comunidade de pescadores habita o local há mais de 40 anos e encontra no rio Sergipe o sustento das famílias
São Pedro Pescador, padroeiro do Bairro Industrial e protetor dos pescadores da comunidade “Prainha”
O 29 de junho, Dia de São Pedro, é uma das datas mais festejadas no calendário junino em todo o Nordeste. Em Aracaju, não é diferente. No Bairro Industrial, em particular, ao Santo é reservado um apreço distinto. É lá que se encontra a "Paróquia São Pedro Pescador", padroeiro do bairro e dos pescadores. Pedro, um dos 12 apóstolos, é personagem central da famosa passagem bíblica em que Cristo pede a ele que lance novamente a rede de pesca ao mar, após um dia pouco produtivo. Quando o pescador finalmente obedece, encontra dificuldade para recolher a rede de volta ao barco devido à quantidade de peixe apanhada.
A escolha de São Pedro como padroeiro do bairro não foi por acaso. De acordo com o pesquisador Jorge Edson dos Santos, Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), no artigo "De Maçaranduba ao Bairro Industrial: a produção do espaço urbano e a luta pelo reconhecimento da comunidade tradicional da Prainha", o Bairro Industrial abriga uma das mais antigas e tradicionais comunidades de pescadores em Aracaju.
"O bairro se limita a leste com o Rio Sergipe, a oeste com o bairro Santo Antônio, ao norte com o bairro Porto Dantas e ao sul com o Centro", escreve o pesquisador. Segundo Jorge Edson, o trecho do rio Sergipe que passa pelo Bairro Industrial possui uma pequena vila que conta com a infraestrutura de dois estaleiros. "Espremidos ao fundo de uma garagem de uma empresa de transportes se encontra uma pequena comunidade composta por vinte e quatro famílias, sendo que dezesseis são cadastradas e registradas na colônia de pescadores Z-141. Esses pescadores(as)/marisqueiras vivem e fazem parte da cultura do Bairro Industrial há mais de 40 anos e são dependentes da pesca ribeirinha/artesanal ou vinculados diretamente às atividades correlacionadas, como o beneficiamento e tratamento de pescados...", diz Jorge Edson no referido artigo.
Paróquia São Pedro Pescador
A Paróquia São Pedro Pescador está localizada na Avenida João Rodrigues, no Bairro Industrial. Em 2024, completou 43 anos de instalação canônica. Ela foi inaugurada em 14 de março de 1981 pelo então Arcebispo de Aracaju, Dom Luciano José Cabral Duarte. No entanto, a comunidade religiosa existe desde a década de 70. Os frades da Colina do Santo Antônio, a exemplo do Frei Antônio Gois, assistiam a população da localidade. Falecido recentemente, já próximo do centenário de nascimento, o Frei teve papel de destaque na criação da paróquia. Neste mês de junho, vários eventos estão sendo realizados no local.
As celebrações tiveram início no último dia 21 de junho, na Paróquia São Pedro Pescador, com a realização de uma novena e prosseguem todos os dias até o dia 30, com missas, procissões, quermesses e apresentações culturais, como a feita pela quadrilha junina Século XX, atual campeã do concurso da Rua São João. Neste ano, os fiéis e devotos irão meditar sobre o tema "São Pedro Pescador, no Ano da Oração, ensina-nos a ser peregrinos da esperança".
Desde 4 de setembro de 2019, o padre Anderson Gomes está à frente da Paróquia São Pedro Pescador. Ele conta que as características culturais e sociais da comunidade do Bairro Industrial foram determinantes na escolha do local para instalação da paróquia e até na escolha do nome.
“Esse título de São Pedro Pescador é justamente por conta da característica do Bairro Industrial e pelo fato de a paróquia estar às margens do rio Sergipe”, afirma o padre Anderson. “A colônia de pescadores, que sempre existiu aqui por conta do rio Sergipe e da prainha do Bairro Industrial, influenciou inclusive no título. No livro de tombo, que registra a história da paróquia, as celebrações não eram no mês de junho, e sim no mês de fevereiro, quando se comemora a cátedra de São Pedro, uma data litúrgica que a igreja celebra em 22 de fevereiro. Depois de criada a paróquia, o padre Inaldo César, que foi o primeiro pároco, e o cônego Raimundo Cruz observaram o perfil cultural da comunidade de pescadores e transferiram a festa para junho, mês em que há a possibilidade de celebrar São Pedro e São Paulo, os santos que concluem esse ciclo junino”, complementa.
Pescadores da Prainha do Bairro Industrial
Às margens do Rio Sergipe, na Orlinha do Bairro Industrial, o pescador José Ginaldo Bispo dos Santos se reúne com um grupo de amigos - também pescadores - e discutem assuntos do cotidiano enquanto redes e canoas de pesca, atracadas por cordas em tocos de madeira, aguardam o retorno de seus donos ao trabalho.
O pescador José Ginaldo, que diz ser mais conhecido como Nado, trabalha com a pesca há 40 anos no Rio Sergipe e faz parte da colônia de pescadores do Bairro Industrial. Ele relata tempos difíceis para os que vivem da pesca naquela região e devota a São Pedro a esperança de um futuro melhor. “Pedimos sempre a ele que nos ajude a pegar o peixe, a ter saúde. A vida de pescador é sofrida. O peixe tem diminuído com o passar dos anos. A população cresceu, o desemprego também, e com isso apareceu muito pescador. O número de pescadores triplicou e a quantidade de peixe acabou diminuindo”, declarou José Ginaldo. “Sempre que tem procissão aqui no Bairro Industrial participamos. Alguns pescadores soltam fogos, apesar de muitos não terem condições financeiras de comprar fogos, fazem um esforço. A fé em São Pedro é forte, é o nosso padroeiro que sempre nos traz uma esperança”, afirmou o pescador.
São Pedro e o exemplo para os dias atuais
O padre Anderson destaca o legado e a mensagem que São Pedro deixou para os fiéis e o trabalho desenvolvido pela paróquia com a população mais carente, por meio de ações como a “Sopa Solidária” e o projeto “Banho para Todos”, que atendem pessoas em situação de rua.
“A humanidade precisa redescobrir o valor da fraternidade. Respeitar a diversidade, respeitar as pessoas em sua dignidade humana. Olhar para Pedro apóstolo, Pedro pescador, remonta nossa história. A história de nossa família, de nossos pais, das pessoas humildes, operários, pessoas comuns. Precisamos redescobrir o valor da família. O mundo está passando por várias tempestades, crises de democracia, de relações humanas, de tantos extremismos. Podemos ser capazes de saber tudo, dominar várias teorias, mas se não formos capazes de entender a alma humana não teremos feito nada no mundo. A grande mensagem de São Pedro como apóstolo e pescador é a redescoberta da fraternidade e do respeito”, concluiu o padre Anderson.
Publicado em: https://www.aracaju.se.leg.br/institucional/noticias/sao-pedro-pescador-padroeiro-do-bairro-industrial-e-protetor-dos-pescadores-da-comunidade-201cprainha201d
PEDRO, PAULO E NÓS - Chico Alencar
(breve reflexão para cristãos ou não)
Neste domingo celebra-se a festa de São Pedro e São Paulo, apóstolos pilares do cristianismo.
Pedro e Paulo, tão diferentes. Pedro, rude e franco pescador. Paulo, estudioso escudeiro da lei judaica.
Pedro e Paulo, tão iguais: um nega Cristo três vezes, outro persegue centenas de cristãos.
Um se arrepende amargamente, outro cai do cavalo, literalmente, ao ouvir a voz da consciência, da conversão.
Iguais na diferença: Pedro será pedra sobre a qual se erguerá uma comunidade de fiéis. Que, nos seus primórdios, era guiada pelo amor e pela partilha, não por poder e riqueza.
Paulo, do latim "pequeno", engrandecerá a fé, a esperança e a caridade mundo afora: "tristes, mas sempre alegres, pobres mas enriquecendo a muitos, nada tendo mas possuindo tudo" (2 Coríntios 6, 10).
Pedro e Paulo, semelhantes na fragilidade. Papa Francisco lembra que suas vidas "não foram límpidas nem lineares. Eles cometeram erros enormes, mas nas suas quedas descobriram a força da misericórdia de Deus. Falharam, mas encontraram um Amor maior do que todos os seus fracassos". Como nós...
Pedro e Paulo, iguais também no fim, na prisão e no martírio sob o Império de Nero (século I da nossa era).
Pedro como seu xará Casaldáliga (1928-2020), "militante derrotado de causas invencíveis".
Paulo como seu xará Freire (1921-1997): "mais que esperar é preciso esperançar, e viver docentemente".
Pedro e Paulo - gerados por Marias - inspiradores. E nos indicam caminhos: do coração e da razão, na fé e na luta!
(C.A.)
São Pedro e São Paulo - El Greco (1541-1614)
A conversão de Paulo - Caravaggio (1571-1610)
Viver a fé como acolhida - Marcelo Barros
Festa de S. Pedro e S. Paulo - Mt 16, 13-19
Viver a fé como espaço de acolhida e doação
Neste domingo, no Brasil, a Igreja Católica vive a festa dos apóstolos Pedro e Paulo. A segunda leitura da celebração deste dia (Gl 1, 11- 20) contém o testemunho do apóstolo Paulo sobre como ele vê a sua missão. O evangelho (Mt 16, 13- 19) é escolhido por causa da palavra de Jesus na qual ele teria confiado a Pedro uma função especial na comunidade dos apóstolos: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.
A Igreja Católica construiu toda uma teologia sobre o ministério de Pedro e de seus sucessores que uma tradição muito antiga situa em Roma. Sem dúvida, é direito da Igreja apoiar-se em uma tradição. Mas, com os estudos exegéticos avançados que existem, é difícil sustentar como histórico que Jesus tivesse querido fazer de Pedro o chefe da Igreja Universal. Nem na época de Jesus, nem quando a comunidade de Mateus escreveu esse evangelho, se poderia pensar em Igreja como um conjunto de comunidades, menos ainda em uma instituição centralizada chamada Igreja Católica. Também não se pode imaginar que Jesus tivesse pensado em Pedro como o que hoje se chama de “papa” e de ter sucessores com esse “poder”.
O padre José Comblin escreveu: “Do texto de Mateus não se pode concluir que Pedro teria um sucessor. (…) Quando o Evangelho foi escrito, Pedro tinha morrido provavelmente um quarto de século antes e o Evangelho não fala ainda em qualquer sucessão” ” [1].
Seja como for, podemos descobrir neste texto do evangelho de hoje uma palavra para nos ajudar a viver a fé e a discernir o papel do pastor que quer ser como Pedro na Igreja Católica atual (o papa).
A primeira observação é de que Jesus nos dá essa palavra, quando estava no território estrangeiro (do outro lado do Mar da Galiléia). Ele se sentia clandestino e em situação de crise pessoal (poderíamos dizer, em crise de vocação). Por isso, põe em avaliação a sua missão. Faz com os discípulos uma revisão de vida, a respeito do que o povo pensa da sua pessoa e da sua missão. A resposta dos discípulos mostra que o povo não compreende a proposta de Jesus. Ele escuta isso e pergunta aos próprios discípulos e discípulas: “E vocês mesmos o que dizem a respeito do Filho do Homem? Esta maneira de Jesus falar dele mesmo é misteriosa. Pedro responde em nome de todos: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”(v. 16). A tal ponto, Jesus vive a sua vocação de consagrado, que só pode ser mesmo “filho de Deus”. Quando Pedro confessou: “Tu és o Filho de Deus”, nem Pedro, nem a comunidade do evangelho pensavam em dizer que Jesus é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, de natureza igual ao Pai.
É nesse contexto que Jesus chama Simão de Pedro ou pedra. Conforme alguns exegetas, na época de Jesus, na Galileia, o povo tinha o costume de escavar as rochas para daí tirar pedras para construir casas. Era um tipo de pedra mais mole, que pode nos recordar nossa pedra-sabão, usada por vários artistas para esculturas em pedra. Era um tipo especial de pedra, mais facilmente possível de ser quebrada e partida para dar lugar a abrigos. Os buracos formados nas rochas recebiam na língua aramaica o nome de kepha. As pessoas pobres e sem casa se abrigavam nestas cavernas e as usavam como casas. Assim sendo, o nome Kepha pode ser traduzido por pedra ou gruta escavada na rocha que servia de abrigo para os pobres sem-teto. De acordo com essa versão da história, a tradução mais literal da palavra atribuída a Jesus seria: “Tu és Pedro e sobre ti como gruta que serve de abrigo aos mais empobrecidos quero construir a minha comunidade (Igreja)”.
As comunidades cristãs primitivas acentuavam que a pedra da Igreja é o Cristo (Cf. 1 Cor 10, 11 e 1 Pd 2, 6). Vários salmos e orações da Bíblia dizem que o Senhor é o rochedo da nossa salvação (Cf. Sl 1 8, 3 e 32; 31, 4; 61, 4; 95, 3; 144, 1). Jesus tinha dito que toda pessoa que escuta e pratica a Palavra (O termo Simão quer dizer o ouvinte e obediente) é como quem constrói a sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24). “No edifício da igreja, ninguém pode colocar outro fundamento, a não ser o Cristo Jesus, pedra angular” (1 Cor 3, 11).
Mateus é o único evangelista que usa a palavra ‘Igreja’ e no seu contexto significa a comunidade local: a assembleia dos cidadãos e cidadãs do reino de Deus. Pedro é o apoio, a pedra que deve dar segurança ao edifício no sentido da fé. Para a comunidade de Mateus, Pedro é símbolo do discípulo a quem o Senhor confia o encargo de “confirmar na fé aos seus irmãos”. Em outra tradição, Jesus lhe diz: “Simão, eu orei por ti para que, sendo tu confirmado, confirmes a teus irmãos”(Lc 22, 31- 32).
Embora Jesus entrega a todos/as a missão de testemunhar o Reino, conforme Mateus (e é o único evangelho que diz isso), Jesus entrega a Pedro as chaves do Reino. É um modo de falar próprio da linguagem apocalíptica e se baseia em Isaías 22. No capítulo 18 deste mesmo evangelho, esta função que aqui Jesus dá a Pedro, ele passa a toda a comunidade (Mt 18, 18). De certo modo, somos todos/as pastores e pastoras, chamados/as a viver a fé como rocha de segurança e acolhida para todos os nossos irmãos e irmãs.
Hoje, a maioria das igrejas históricas parecem dispostas a aceitar a necessidade de um ministério de coordenação e de unidade que pode ser realizado pelo bispo católico de Roma, o papa. Independentemente de ser, literalmente, sucessor de Pedro, desde tempos muito antigos, o bispo de Roma exerce uma função de servidor da unidade das Igrejas. Há mais de 25 anos, o papa João Paulo II pediu a cristãos e cristãs de todas as Igrejas que o ajudassem a rever a forma e o estilo no qual o ministério do bispo de Roma pode ser realizado. Recentemente, o Dicastério para a unidade das Igrejas retomou as respostas enviadas ao Vaticano sobre essa pergunta e publicou um documento que confirma a necessidade de se superar a função do papado nos tempos de Cristandade. Que todos e todas nós possamos ajudar o papa Francisco a viver o seu ministério de unidade dentro de uma Igreja sinodal que seja a comunhão de Igrejas locais, cada uma com o direito de ter o seu estilo e forma de ser próprios e inseridos na cultura local.
Um Olhar Sobre a Cidade - Erros e acertos de Pedro - 29.6.1982
Meus queridos amigos
Hoje é o dia de Sao Pedro. Ele está na lista dos Santos mais queridos do povo. É conhecido como porteiro do céu e os nossos pescadores o tem como colega de pesca. A gente sabe, também, que entre os doze apóstolos, escolhidos pelo próprio Cristo, ele sempre foi tido como o chefe, como o líder. Um dia Cristo deu todos os poderes de sua Igreja a Pedro.
Logo depois, deu os mesmos aos apóstolos, reunidos com Pedro.
Como Cristo fundou sua Igreja para ficar a serviço da humanidade, enquanto existir um vivente em nosso mundo, os poderes que Ele deu a Pedro continuam nas mãos do Papa (São Pedro foi o primeiro Papa) e os poderes que Cristo deu aos apóstolos, unidos com Pedro, continuam com os bispos unidos com o Papa.
Mas Cristo deixou muito claro que Ele só entende autoridade como Ele ensinou a ser autoridade, ele não veio ser servido, mas servir. Os grandes da Terra querem ser servidos. Os bispos e o Papa, com os padres, os religiosos, os agentes leigos da pastoral não podem ter autoridade como os poderosos deste mundo que querem ser servidos. Quem quiser ser o maior, seja o menor, e quem quiser mesmo seguir a Cristo tem que servir.
Pessoalmente, o que mais me encanta em Sao Pedro é descobrir como nós nos parecemos com ele… Ele tinha arrancadas formidáveis que arrancavam grandes elogios de Cristo, mas minutos depois era capaz de derrapagens terríveis que Nosso Senhor não deixava passar sem alertá-lo, não raro, de modo grave.
Ele era discípulo de Joao Batista. Quando o Batista encontrou Cristo, a quem ele vinha anunciar, cujos caminhos ele devia preparar, Joao não vacilou, quis que seus discípulos, inclusive Pedro, seguissem o Mestre, o Messias, o Salvador…
Quando, depois de uma noite inteira tentando pescar sem nada conseguir, Cristo mandou que Pedro e seus companheiros de pesca lançassem a rede do lado direito, foi tanto peixe, tanto peixe, que Pedro caiu de joelhos e disse ao Mestre: “Senhor! Vá embora. Eu não mereço a Sua companhia”. E Nosso Senhor lhe disse: “Até hoje você foi pescador de peixes. De hoje em diante vai ser pescador de homens”.
Quando Cristo perguntou quem pensavam que Ele era, Pedro respondeu imediatamente: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”.
Cristo diante da resposta tão rápida e tão segura disse que o Espírito Divino o inspirara e que ele era Kefas (Pedra) e sobre esta Pedra Ele ergueria a sua Igreja. Momentos depois, quando Cristo anunciou que seria preso, torturado e morto, e que todos os Apóstolos fugiriam, Pedro garantiu que ao menos ele não fugiria, ficaria com Cristo até a morte. Cristo anunciou que antes do galo cantar, Pedro o negaria três vezes.
Quem de nós não tem impulsos de amor a Deus, arrancadas de amor ao próximo, mas depois, no mesmo dia, é capaz de atitudes terríveis? Peçamos a Cristo que nossas fraquezas, nossos tombos, jamais abalem nossa confiança na misericórdia infinita do Pai. Que nos lembremos, e sempre, que se Sao Pedro é Sao Pedro, mesmo depois de três vezes ter negado o Cristo, quem o salvou foi a confiança absoluta na misericórdia do coração de Cristo. Terça-feira, 29.6.1982
Obs: *Mais uma das crônicas escritas por Dom Helder Camara para o seu programa de rádio UM OLHAR SOBRE A CIDADE, exibido na rádio Olinda às 06h55 de 01 de abril de 1974 a 22 de abril e 1983. Está crônica está publicada no livro “Meus Queridos Amigos”, que reúne 200, das centenas de crônicas lidas por Dom Helder ao longo dos nove anos de duração do programa.
Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo
Papa: seguir a missão de Pedro, de conversão e humildade ao encontro do Senhor
Após a celebração eucarística na Basílica Vaticana neste sábado (29/06), de Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus e refletiu sobre a missão que Jesus confiou a Pedro, dando as chaves do Reino dos céus. Chaves que podem estar em poder de todos nós que são aquelas "das virtudes como a a paciência, a atenção, a constância, a humildade, o serviço", dadas a quem é humilde e honesto, e não perfeito, como Pedro.
Espetáculo sobre Pedro e Paulo traz os dois santos padroeiros de volta às ruas de Roma
Neste domingo, 30 de junho, às 21h na Itália, 16h no horário de Brasília, no átrio da Basílica Vaticana, o espetáculo teatral "Pedro e Paulo em Roma", de Michele La Ginestra: "gostaria de trazer à tona a humanidade desses dois grandes santos".
Vatican News
Um espetáculo para "trazer Pedro e Paulo de volta às ruas de Roma" nos anos em que estiveram juntos na cidade. É o que animará o átrio da Basílica de São Pedro neste domingo, 30 de junho, às 21h na Itália, 16h no horário de Brasília, por e com Michele La Ginestra. O evento, intitulado "Pedro e Paulo em Roma", foi ilustrado nos últimos dias por Frei Agnello Storia, pároco de São Pedro, durante a apresentação do cardeal Mauro Gambetti, vigário geral do Papa para a Cidade do Vaticano, e monsenhor Baldo Reina, vice-gerente da diocese de Roma, da iniciativa "Quo Vadis", promovida pelos Vicariatos da diocese de Roma e da Cidade do Vaticano, por ocasião da solenidade dos Santíssimos Apóstolos Pedro e Paulo na Basílica de São Pedro.
O texto, apresentado por La Ginestra, é "um texto muito profundo", explicou Frei Agnello, "mas também muito romano em sua cultura e gíria, nascido graças à astúcia, à escrita fluida e à inventividade" do artista, que no palco assumirá o papel de Pedro ao lado de Agusto Fornari, no papel de Paulo, com direção de Roberto Marafante e música de Emanuele Friello.
La Ginestra: imaginei a humanidade dos dois santos
"É uma grande responsabilidade", explica Michele La Ginestra à mídia do Vaticano. "Imaginei o encontro, ou melhor, uma série de encontros entre Pedro e Paulo em Roma. Não temos nenhuma confirmação, mas parece que houve. Imagino que sim, os dois estavam em Roma". Acima de tudo, explica o ator e diretor, "imaginei a humanidade desses dois santos se confrontando sobre questões de fé, sobre a vida cotidiana, sobre como eles comiam, mas também sobre a jornada de fé de cada um. Fiquei intrigado com o tema, escrevi essa peça às pressas e, enquanto estudava, queria trazer à tona a humanidade de cada santo".
O local do espetáculo é "um lugar maravilhoso", diz o artista, "e o público será formado por pessoas de dentro, então, qualquer coisa pode ser usada contra mim", brinca ele. O desejo de La Ginestra é que possamos oferecer "um produto de alta qualidade" que "não se limite a um simples momento de celebração", mas que possa "estimular a reflexão e a discussão entre as pessoas".
Antonio Cardoso na Canção e a Prece: "Canção de Pedro"
O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje: “Cristo olha para cada um de nós”…
AQUIÓbolo de São Pedro: aumentam as doações para a caridade do Papa
Publicado o Relatório do Óbolo de São Pedro: em comparação a 2022, as doações recebidas aumentaram em quase 5 milhões de euros.
Papa a peregrinos do Brasil e Portugal: como os santos Pedro e Paulo, nutrir a fé
Ao final da Audiência Geral, Francisco convidou especialmente os peregrinos de língua portuguesa a se inspirar nos santos padroeiros de Roma, cuja solenidade a Igreja celebra no próximo final de semana (29/06 na Itália e 30/06 no Brasil), para continuar partilhando o amor de Cristo em comunidade. O Papa também pediu para rezar aos apóstolos para que "as populações que sofrem com a guerra" - Ucrânia, Terra Santa e Mianmar - possam logo encontrar a paz novamente.
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